Projeto de Lei 176/2023, aprovado pela Comissão de Viação e Transportes, endurece punições por maus-tratos, mas divide opiniões entre proteção animal e riscos de exclusão social para trabalhadores vulneráveis
A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 176/2023, apresentado pelos deputados Delegado Matheus Laiola (União-PR) e Delegado Bruno Lima (PP-SP). O texto prevê a criminalização do uso de veículos de tração animal e amplia a punição para casos de maus-tratos.
A proposta altera a Lei de Crimes Ambientais e estabelece penas de 1 a 4 anos de prisão, além de multa. Em situações de lesão grave ou morte do animal, a punição pode alcançar até 8 anos de reclusão.
O que muda com o projeto
Se aprovado em todas as instâncias, o projeto valerá em todo o território nacional. Ainda precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo Plenário da Câmara, antes de seguir ao Senado.
-
A 2ª melhor capital do Brasil para viver é uma ilha rodeada por mar verde, praias urbanas e infraestrutura de alto padrão: conheça
-
Isenção de R$ 5.000 por mês no IR muda o jogo para MEI? Veja por que só vale em 2026 e como lucros até R$ 600 mil seguem isentos com contabilidade
-
Dinheiro esquecido: brasileiros têm mais de R$ 10 bilhões disponíveis no SVR do BC
-
Presidente do STF diz que Judiciário apoia reforma administrativa, mas alerta: cortar garantias pode ferir a independência dos juízes e dos cidadãos
O texto proíbe o uso de equinos, asininos, muares, caprinos e bovinos para puxar carroças ou carregar mercadorias.
Também veta animais em circos, apresentações e atividades de entretenimento. Para essas situações, a pena varia de 2 a 5 anos, dobrando em caso de morte.
Apesar da rigidez, foram incluídas exceções. Entre elas, estão o uso de cavalos em esportes e lazer, como turfe e hipismo, além da equoterapia.
Também estão liberadas as montarias por forças de segurança e a agricultura familiar de subsistência, desde que sejam respeitadas boas práticas de manejo.
Argumentos contrários ao projeto
Embora a proposta tenha o objetivo de proteger animais, gerou forte reação de entidades sociais e setores ligados ao meio rural. O principal ponto levantado é a ausência de um plano de transição.
Milhares de trabalhadores dependem da tração animal para sobreviver. Catadores de recicláveis e famílias de baixa renda podem ser diretamente prejudicados.
Sem alternativas viáveis de transporte e geração de renda, a exclusão social tende a aumentar.
Em regiões rurais, o uso de animais ainda é indispensável para levar suprimentos e mercadorias em locais de difícil acesso.
Críticos alertam que, sem políticas públicas específicas, a criminalização pode aprofundar desigualdades.
Questões de constitucionalidade
Outro argumento levantado diz respeito à possível inconstitucionalidade da proposta. Para opositores, o projeto não garante condições mínimas de dignidade para trabalhadores que exercem atividades lícitas de sobrevivência.
Esse impasse coloca em pauta um dilema complexo: como equilibrar justiça social e proteção animal.
Enquanto defensores destacam a necessidade de punir maus-tratos, críticos lembram que direitos fundamentais de cidadãos em situação vulnerável também precisam ser respeitados.
Divergências no Congresso
O relator, deputado Bruno Ganem (Pode-SP), defendeu o projeto. Para ele, a tração animal já não tem peso relevante no transporte brasileiro.
O parlamentar destacou a importância de avançar no combate à crueldade contra animais.
Entidades como a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e representantes de catadores argumentam, no entanto, que qualquer mudança deve vir acompanhada de alternativas concretas.
Sem programas de apoio financeiro e geração de renda, afirmam, a proposta pode agravar a pobreza urbana e rural.
Entre avanços e desafios
Mesmo entre críticos, há reconhecimento de que o texto representa um passo importante para ampliar a proteção animal.
Porém, a falta de medidas de transição social é considerada um risco significativo.
Enquanto defensores comemoram a criminalização, setores sociais pedem responsabilidade e planejamento. Para eles, justiça ambiental não pode significar injustiça social.
O PL 176/2023 expõe a dificuldade de conciliar interesses distintos. De um lado, a urgência em combater maus-tratos.
Do outro, a necessidade de preservar a subsistência de trabalhadores em situação de vulnerabilidade. O desfecho dependerá do equilíbrio que o Congresso decidir adotar.
Com informações de Compre Rural.
Nos dias de hoje a humanização excessiva de animais está chegando a um nível tão insano que se coloca em pauta esse tipo de Projeto de Lei durante todo o curso da história da humanidade assim como nos dias de hoje animais foram usados para as mais diversas finalidades como transporte, auxílio nos trabalhos mais pesados e braçais do campo como arar a terra e manejo do solo, fornecimento de alimentos como carne e leite e etc tanto que esses animais domésticos urbanos e rurais como cães, gatos,****,****,porcos,cabras,****,jumentos,aves como frango, pato e etc só existem nos dias de hoje assim como diversas raças de **** por exemplo por que diversas tribos e civilizações antigas retiravam esses animais em seu estado selvagem da natureza e passaram a domesticá-los para diversas finalidades fazendo modificações genéticas e cruzamentos para que adquirisem a forma como conhecemos hoje realmente a sociedade hoje em dia está doente com seus valores completamente invertidos e subversivos as pessoas estão ficando cada vez mais insanas expressando todo tipo de sandice e maluquice hoje em dia é muito mimimi!!!!!
Não podemos maltratar os animais.
Só podemos mata-los e fazer churrasco com eles kkk
O problema é que essa lei no final da história vai ser apenas um trampolim para a criação de mais uma benefício social(esmola), do governo para manter uma parcela de votos garantidos.