Câmara aprova e governo criará estatal aeroespacial para lançar foguetes em Alcântara e avalia parceria com a SpaceX!

Projeto ambicioso: FAB planeja estatal para lançamentos em Alcântara com possibilidade de parceria com a SpaceX!

Na noite desta quarta-feira, 27, a Câmara dos Deputados deu a autorização para o governo Lula criar mais uma estatal. Trata-se da Alada, estatal aeroespacial subsidiária da NAV Brasil, outra estatal, de navegação aérea criada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

O governo não teve dificuldades para aprovar o projeto. O projeto de lei foi aprovado com 364 votos favoráveis e 47 contrários. Agora, o projeto irá para o Senado, onde existe um otimismo para a aprovação sem muitas dificuldades.

Objetivo do projeto

Ao enviar o projeto ao Congresso, o governo destacou que a Alada permitirá a exploração econômica da infraestrutura e navegação aeroespaciais, além de atividades relacionadas ao desenvolvimento de projetos e equipamentos do setor.

Em relatório apresentado nesta quarta-feira, o deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE) afirmou que a criação da Alada não gerará aumento de despesas públicas. Segundo ele, a subsidiária será responsabilidade da NAV Brasil, estatal que opera de forma independente do Tesouro Nacional.

Um estudo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) apontou empresas do setor aeroespacial como potenciais interessadas na Base de Alcântara, no Maranhão. Entre elas, estão a SpaceX, de Elon Musk, e a Blue Origin, de Jeff Bezos. A Força Aérea Brasileira pretende usar a Alada para intensificar os lançamentos de foguetes na região.

Desde o governo Dilma Rousseff (PT), as Forças Armadas pleiteiam a criação de uma estatal para concentrar as atividades aeroespaciais. A proposta previa que a nova estatal funcionasse como locadora de terrenos e equipamentos para lançamentos espaciais. Entretanto, enfrentou resistência devido à possibilidade de remoção de comunidades quilombolas para ampliação da base.

Em setembro, Lula (PT) firmou um acordo com as comunidades quilombolas de Alcântara, encerrando 44 anos de litígio com o Programa Espacial Brasileiro. Em 1980, cerca de 500 famílias foram desapropriadas pela Aeronáutica para a instalação da base aeroespacial.

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