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Caçadores de naufrágios encontraram um submarino perdido da Segunda Guerra Mundial, que desapareceu com 64 tripulantes

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 24/10/2024 às 23:27
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Foto: Reprodução

Um submarino da Segunda Guerra Mundial, perdido há décadas com 64 tripulantes, foi encontrado por caçadores de naufrágios. Entenda a importância dessa descoberta para a história e o mistério que ela carrega!

Em 1943, no auge da Segunda Guerra Mundial, o submarino britânico HMS Trooper desapareceu misteriosamente enquanto patrulhava o Mar Egeu. Com 64 homens a bordo, o navio partiu em uma missão que jamais seria concluída. Um grupo de caçadores de naufrágio tiveram uma grande descoberta.

Agora, após oito décadas de incertezas, uma equipe de caçadores de naufrágios acredita ter descoberto os destroços da embarcação, trazendo à tona um dos maiores mistérios navais da época.

O submarino estava programado para chegar ao porto de Beirute em 17 de outubro de 1943, mas nunca foi visto novamente. Sua tripulação, liderada pelo tenente John S. Wraith, não fez contato com a Marinha Real Britânica após a partida de Beirute no mês anterior. Por décadas, muitas expedições tentaram localizar o Trooper, mas todas falharam.

Agora, uma equipe de mergulhadores, sob a liderança do experiente Κostas Thoctarides, usou sonares avançados e veículos subaquáticos operados remotamente para localizar os destroços.

A descoberta ocorreu a uma profundidade de 830 pés (aproximadamente 250 metros), perto da ilha grega de Donoussa, no Mar Icário, uma área conhecida por suas águas agitadas e correntes fortes.

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A escotilha de carregamento de torpedos no convés dianteiro 
Foto – Kostas Thoctarides

A Descoberta e a Condição dos Destroços

Os destroços do HMS Trooper estão divididos em três grandes pedaços: a proa, o meio do navio e a popa. De acordo com Thoctarides, o submarino sofreu um “afundamento muito violento“, o que sugere que uma mina submarina alemã foi a responsável pelo naufrágio.

Registros históricos confirmam que um lançador de minas alemão posicionou 287 minas na área poucos dias antes do Trooper iniciar sua missão de patrulha.

A localização do submarino foi um grande avanço para os pesquisadores, que passaram anos buscando nas áreas erradas. Expedições anteriores focavam em regiões ao redor das ilhas de Leros, Kalymnos e Kos, locais mencionados em relatos de testemunhas que, na época, acreditaram ter avistado o Trooper.

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O lado inferior direito da torre de comando do submarino, uma plataforma elevada onde o oficial responsável teria sido posicionado 
Foto – Kostas Thoctarides

Entretanto, a equipe de Thoctarides adotou uma abordagem mais meticulosa, concentrando suas buscas em mapas alemães que mostravam a posição exata dos campos minados da época. Essa nova estratégia levou à descoberta do Trooper ao norte da ilha de Donoussa.

O Submarino e sua Última Missão

O Trooper estava sob as ordens de patrulhar as ilhas do Dodecaneso, uma região ocupada pela Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Além de patrulhar a área, o submarino também foi responsável por uma importante missão: deixar três agentes secretos e suprimentos na ilha de Evia. Após completar essa tarefa, o submarino retornou ao Mar Egeu para continuar sua patrulha.

No entanto, no dia 5 de outubro de 1943, o Trooper foi enviado para uma área entre as ilhas de Naxos e Ikaria, onde deveria continuar sua vigilância. A data prevista para seu retorno a Beirute era 17 de outubro, mas após o dia 5, o submarino desapareceu sem deixar rastros, levando a Marinha Real Britânica a declará-lo como perdido.

Impacto para os Descendentes e Respeito ao Local do Naufrágio

A descoberta dos destroços do HMS Trooper oferece não apenas um encerramento histórico, mas também emocional para os descendentes dos 64 tripulantes que perderam suas vidas.

Thoctarides e sua equipe enfatizaram que não irão perturbar o local, considerando o submarino como um túmulo de guerra. Eles esperam que a localização traga conforto às famílias das vítimas, que por tanto tempo buscaram respostas.

Um dos descendentes é Richard Wraith, filho do comandante John S. Wraith. Em uma declaração, ele expressou seus sentimentos sobre a descoberta: “Espero que os familiares daqueles que estavam a bordo possam finalmente ter um local para prestar suas homenagens e lembrar de seus entes queridos.”

A recuperação dessa história, tanto para os historiadores quanto para as famílias, oferece uma oportunidade de refletir sobre os sacrifícios feitos durante a guerra e de valorizar a memória daqueles que foram tragicamente perdidos no mar.

O caso do HMS Trooper, agora, não é mais um mistério. É uma lembrança do custo da guerra e da força do espírito humano em buscar a verdade, mesmo décadas após os eventos.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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