Sedã híbrido plug-in da BYD ganha pacote ADAS 2, atualização do motor a combustão para atender ao Proconve L8, ajustes visuais discretos e reposicionamento de preço, em nova tentativa de rivalizar com o Toyota Corolla no Brasil.
O BYD King chega à linha 2026 no Brasil com foco em segurança ativa, leve ajuste de design e mudanças na mecânica para atender ao Proconve L8.
O sedã híbrido plug-in mantém 235 cv de potência combinada na versão GS e 209 cv na GL, passa a oferecer pacote ADAS 2 e tem reposicionamento de preço na topo de linha, agora em R$ 175.990, enquanto a GL segue em R$ 169.990.
No entanto, a autonomia em modo elétrico do GS, medida pelo padrão brasileiro do Inmetro, passou a 62 km na ficha técnica mais recente.
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Mudanças no conjunto mecânico
Para cumprir as exigências de emissões da fase L8 do Proconve, a calibração do motor a combustão foi revista.
O 1.5 aspirado a gasolina, que antes entregava 110 cv, agora rende 98 cv e tem 12,5 kgfm de torque.
Os componentes elétricos permanecem os mesmos, preservando os 209 cv (GL) e 235 cv (GS) de potência combinada informados pela fabricante.
Dessa forma, o desempenho declarado não muda: 0 a 100 km/h em 7,9 s (GL) e 7,3 s (GS).
Ainda que o documento técnico oficial da marca traga valores NEDC para a autonomia elétrica e, em versões anteriores de ficha, a potência do 1.5 a combustão como 110 cv, a atualização para 98 cv com o L8 é apontada por publicações especializadas e comunicados de lançamento da linha 2026.
Em síntese, o trem de força híbrido não foi redesenhado.
A adequação ambiental reduziu apenas a potência do motor térmico, preservando a entrega total do sistema.
Autonomia elétrica e baterias
Na prática, a versão GS continua com a bateria Blade de 18,3 kWh e a GL mantém o conjunto de 8,3 kWh.
Segundo a ficha técnica destinada ao mercado brasileiro, a autonomia elétrica do GS pela metodologia do Inmetro (PBEV) é de 62 km, enquanto a GL tinha 32 km no material anterior.
A marca não detalhou alteração para 2026 nessa versão de entrada.
Vale lembrar que os 120 km (GS) e 55 km (GL) divulgados nas fichas são números de ciclo NEDC, um padrão distinto do utilizado pelo Inmetro.
Além da capacidade, mudam também os recursos de recarga de cada configuração.
O King GS oferece carregamento AC de 6,6 kW e função V2L, enquanto o GL traz carregador AC de 3,3 kW e não dispõe de V2L.
Essas diferenças ajudam a explicar o alcance e o uso cotidiano de cada versão, sobretudo para quem pretende maximizar o uso em modo elétrico no ciclo urbano.
Visual discreto e cabine conhecida
Por fora, a atualização foi contida.
O sedã ganhou novo tom de azul na paleta e rodas de 17 polegadas com desenho inédito, mas preserva as proporções e a assinatura visual conhecidas.
Na cabine, seguem o painel de instrumentos digital de 8,8”, a tela multimídia rotativa de 12,8” com espelhamento, o console central elevado e acabamento com áreas macias ao toque.
A versão GS mantém ar-condicionado de duas zonas e sistema de som com oito alto-falantes.
A GL tem uma zona e seis alto-falantes.
Segurança: pacote ADAS 2
O principal avanço da linha 2026 está na inclusão do pacote ADAS 2, antes ausente no King vendido no país.
Entre as funções, o sedã passa a contar com piloto automático adaptativo (ACC), frenagem autônoma de emergência com alerta de colisão, alerta de ponto cego e assistente de permanência/centração em faixa.
Em algumas comunicações também aparece o limitador inteligente de velocidade, recurso que interage com a leitura de placas.
A chegada desse conjunto aproxima o BYD de rivais diretos e atende a uma demanda recorrente do segmento.
Preços e posicionamento frente ao Corolla
Houve reposicionamento de preços na gama.
A GS ficou R$ 15.910 mais barata, passando a R$ 175.990, enquanto a GL permanece a R$ 169.990.
Em paralelo, ainda é possível encontrar unidades 2025 com descontos pontuais em concessionários para escoar estoques.
Ao mesmo tempo, a BYD reforça que o King mantém autonomia combinada de até 1.200 km quando se soma um tanque cheio e a bateria carregada, número alinhado ao material oficial da marca.
No duelo com o Toyota Corolla híbrido flex, o BYD King busca se destacar pelo conjunto plug-in, que permite rodar diariamente em modo elétrico e, quando necessário, recorrer ao motor a combustão sem ansiedade de autonomia.
A chegada do ADAS 2 também ajuda a reduzir a desvantagem em assistências de condução, enquanto o novo preço da versão topo de linha tenta ampliar a competitividade sem abrir mão de equipamentos de conforto e conectividade.
Equipamentos de série
A lista de itens continua extensa nas duas versões.
Desde a base GL, o modelo oferece câmera 360°, painel digital de 8,8”, tela giratória de 12,8”, chave presencial, carregamento por indução para celular, monitoramento de pressão dos pneus e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro.
A GS agrega o ar de duas zonas, sistema de som superior e a recarga AC de 6,6 kW com V2L, além do novo pacote completo de assistências ADAS 2.
As diferenças de equipamentos, somadas às baterias de capacidades distintas, ajudam a delinear públicos.
Quem prioriza preço e uso misto pode optar pela GL.
Já quem pretende explorar mais o modo elétrico e as conveniências extras tende a mirar a GS.
Autonomia de ficha e mundo real
Há um ponto de atenção para o consumidor.
As fichas técnicas da BYD citam autonomias NEDC de 55 km (GL) e 120 km (GS), ciclo que costuma ser mais favorável e não é o usado nos rótulos do Inmetro.
Na prática brasileira, a referência é o PBEV, no qual a GS consta com 62 km de alcance elétrico na linha 2026.
Antes, a comunicação local falava em 80 km.
Essa mudança de metodologia e de calibração explica a distância entre números de divulgação e valores de etiqueta.
Com ADAS 2, preço revisto e eficiência conhecida do trem de força DM-i, o BYD King 2026 tenta encurtar a diferença para o Corolla híbrido em um segmento de clientes sensíveis a tecnologia e custo de uso. Qual item pesa mais para você na escolha de um sedã eletrificado?