Para não perder a concorrência com o etanol, a Petrobras reduz preço da gasolina; em contrapartida, diesel fica mais caro na tentativa de equilibrar a alta do petróleo Brent, que mantém preços firmes acima de 90 dólares.
A Petrobras surpreendeu o mercado ao anunciar uma redução de 4% nos preços da gasolina vendida em suas refinarias, em um movimento estratégico para recuperar espaço perdido para seu concorrente etanol. Essa decisão foi tomada tendo em mente o elevado fator de utilização das refinarias da Petrobras, indicando um esforço em ampliar sua penetração no mercado interno de combustíveis.
Em contrapartida a petroleira aumentou o preço do diesel em R$ 0,25 por litro o seu preço médio de venda de diesel A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 4,05 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,56 a cada litro vendido na bomba.
Petróleo Brent mantém preços firmes acima de 90 dólares o barril
O mercado internacional de petróleo Brent mantém preços firmes acima de 90 dólares por barril, o que, à primeira vista, pode parecer contraditório com a redução do preço da gasolina. No entanto, essa ação parece ser motivada pelas condições de oferta e demanda no mercado doméstico e pela crescente concorrência do etanol hidratado no Brasil que tem causado um recuo no consumo de gasolina.
- Crise sem fim! Volkswagen enfrenta demissões em massa e crise tecnológica: será o próximo caso Kodak e Nokia?
- Umas das maiores BR do Brasil será transformada! Rodovia terá duplicação de 221km e R$ 7 bi em investimentos, podendo gerar até 100 MIL empregos
- Noruega investe R$ 350 milhões em energia solar no norte de Minas Gerais
- Com investimento superior a R$ 20 BILHÕES, nova fábrica de celulose no Brasil irá gerar 10 mil empregos durante obra e terá uma produção astronômica de 2,8 milhões de toneladas de celulose por ano!
A diminuição média de 12 centavos por litro anunciada pela Petrobras, embora tenha sido superior à defasagem monitorada, sugere uma estratégia para alinhar os preços da gasolina com o mercado internacional e, ao mesmo tempo, combater a perda de “market-share” para o etanol hidratado.
Em setembro, as usinas do centro-sul aumentaram as vendas de etanol hidratado em 18,45% em comparação com o ano anterior, enquanto a comercialização de álcool anidro, que é misturado à gasolina, teve uma baixa significativa. Os dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), apontam para a contínua perda de mercado do combustível fóssil em favor de alternativas mais sustentáveis.
Em contrapartida, Petrobras aumentou o preço do diesel em 6,58%
Enquanto a Petrobras busca equilibrar sua posição no mercado de gasolina frente ao etanol, a empresa também anunciou um aumento de 6,58% no preço médio de venda do diesel às distribuidoras. Esse movimento pode ser uma resposta à demanda do mercado internacional e às necessidades domésticas, refletindo a complexidade das decisões da companhia no cenário atual.
A Petrobras está enfrentando desafios significativos em relação à concorrência e às mudanças no mercado de combustíveis. Com a crescente preferência do consumidor brasileiro pelo etanol e as flutuações nos preços do petróleo no mercado global, a empresa está adotando uma estratégia que combina redução de preços da gasolina para ganhar competitividade no mercado interno, enquanto aumenta o preço do diesel para se alinhar às demandas internacionais.
Estratégia para conquistar o consumidor
A Petrobras, ao tomar essas decisões, demonstra um compromisso com a inovação e a sustentabilidade, que são elementos essenciais no mercado de combustíveis moderno. A empresa enfrenta a concorrência do etanol, uma alternativa mais ecológica, e ajusta seus preços para se manter competitiva. O futuro do mercado de combustíveis será moldado por essas estratégias e pela resposta do consumidor às mudanças no cenário de preços.
A busca pela preferência do consumidor promete continuar a moldar o cenário dos combustíveis no Brasil nos próximos anos.