Produção de motos no Brasil deve crescer 11,5% em 2025, chegando a 1,95 milhão de unidades — o melhor resultado desde 2011, aponta Abraciclo.
A produção de motos no Brasil deve atingir quase 2 milhões de unidades em 2025, segundo projeção atualizada da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares).
O levantamento estima que 1,95 milhão de motocicletas sairão das linhas de montagem do Polo Industrial de Manaus (AM), representando um crescimento de 11,5% em relação a 2024.
A marca, se confirmada, será o melhor resultado da fabricação nacional desde 2011, ano de recorde histórico para o setor.
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A revisão otimista reflete o forte desempenho das fabricantes nos primeiros meses de 2025, impulsionado pelo aumento contínuo da demanda por motocicletas em todo o país.
Segundo Marcos Bento, presidente da Abraciclo, o crescimento está ligado às novas necessidades de mobilidade do brasileiro.
“A motocicleta se firmou como uma alternativa cada vez mais eficiente, acessível e alinhada às novas necessidades de mobilidade da população brasileira”, destacou.
Mercado de motos segue em alta no varejo
Além da expansão na fabricação de motos, a Abraciclo também revisou para cima suas projeções no varejo.
A estimativa é de 2,1 milhões de motocicletas emplacadas até o fim de 2025, o que representa alta de 11,9% em relação a 2024.
O crescimento constante no número de emplacamentos reforça o papel das motos como um dos principais meios de transporte no Brasil.
A praticidade, o custo mais baixo de manutenção e o uso crescente para entregas e deslocamentos urbanos têm sustentado a alta demanda.
Produção nacional atinge melhor desempenho em 14 anos
Nos nove primeiros meses de 2025, a produção nacional somou 1.496.169 motocicletas, o melhor desempenho para o período em 14 anos.
Apenas em setembro, foram produzidas 169.206 unidades, um avanço de 17,4% sobre o mesmo mês de 2024 — mesmo com uma leve queda de 9% em relação a agosto.
Entre as categorias mais produzidas, a Street, onde está a Honda CG 160, manteve a liderança, representando 49,2% da produção total com 83.205 unidades. Em seguida, aparecem as Trail (20,7%) e as Motonetas (14,3%).
As motocicletas de baixa cilindrada continuam dominando o mercado, somando 79,4% da produção de setembro. Já os modelos de média cilindrada responderam por 17,5%, e os de alta cilindrada, por 3,1%.
Vendas internas registram recorde histórico
No varejo, o desempenho também impressiona. Entre janeiro e setembro, foram 1.614.191 motocicletas emplacadas, um aumento expressivo de 14,4% frente ao mesmo período do ano anterior.
Somente em setembro, as vendas chegaram a 205.918 unidades, com crescimento de 31,5% em relação a 2024 e alta de 11% sobre agosto.
A média diária ficou em 9.360 motos vendidas, número que evidencia a força do mercado e a confiança dos consumidores.
Exportações de motocicletas também disparam
As exportações de motos fabricadas no Brasil acompanharam o bom momento do setor. De janeiro a setembro, 29.490 unidades foram enviadas ao exterior, um salto de 23,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Somente em setembro, 5.258 motocicletas foram exportadas, um aumento impressionante de 208,7% frente a setembro de 2024.
A estimativa da Abraciclo é que o ano feche com 35 mil unidades exportadas, representando um crescimento de 13%.
Perspectivas positivas para o setor de motocicletas
Com o ritmo atual de crescimento, o segmento de motos no Brasil vive um dos momentos mais promissores da última década.
A combinação entre aumento da fabricação, recordes de venda e crescimento nas exportações coloca o país novamente em destaque no cenário latino-americano.
A tendência é que 2025 se consolide como um ano histórico para a indústria de motocicletas, com potencial de impulsionar a economia e gerar mais empregos no Polo Industrial de Manaus, que concentra a maior parte da produção nacional.