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Brasil volta ao jogo: Senado dos EUA desafia Trump, aprova fim das tarifas e reacende negociações que podem redefinir o comércio entre os dois países

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 28/10/2025 às 23:09
Senadores dos Estados Unidos durante sessão no Capitólio que votou a revogação das tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil
Sessão no Senado dos EUA em 28 de outubro de 2025 aprovou resolução simbólica contra as tarifas de Trump, reacendendo negociações comerciais com o Brasil.
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Resolução aprovada em Washington expõe divisão entre republicanos e reacende esperanças de acordo com o governo brasileiro

O Senado dos Estados Unidos aprovou na noite de 28 de outubro de 2025 uma resolução que revoga as tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil, atingindo produtos como petróleo, café e suco de laranja.
A votação terminou em 52 votos a favor e 48 contra, revelando divisão interna entre republicanos. Mesmo com o resultado, o texto ainda enfrenta obstáculos na Câmara dos Representantes, sob controle conservador.

Senado desafia Trump e coloca tarifas em xeque

A proposta foi apresentada pelo senador democrata Tim Kaine, da Virgínia, e anula o estado de emergência nacional usado por Trump desde agosto para aplicar tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros.
O movimento tem caráter simbólico, mas expõe insatisfação crescente dentro do Congresso.
A liderança republicana da Câmara pretende barrar o texto, e Trump já indicou que poderá vetá-lo.
Durante a votação, cinco senadores republicanosSusan Collins (Maine), Mitch McConnell (Kentucky), Lisa Murkowski (Alasca), Rand Paul (Kentucky) e Thom Tillis (Carolina do Norte)romperam com a base trumpista e apoiaram a revogação das tarifas.

Economia em foco e divisões internas no Congresso

Para Tim Kaine, a votação destaca os efeitos negativos das tarifas na economia americana. Ele afirmou que as medidas aumentam a inflação e reduzem o crescimento.
O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO) confirmou, em setembro de 2025, que as tarifas elevaram custos de produção e reduziram o consumo nos Estados Unidos.
Mesmo assim, Trump mantém o discurso protecionista, dizendo que as taxas fortalecem a indústria nacional.
O resultado no Senado revela o enfraquecimento da unidade republicana e reacende o debate sobre a política econômica americana.

Lula e Trump retomam o diálogo comercial

A votação coincidiu com a retomada das negociações entre Brasil e Estados Unidos, após a reunião entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, em 26 de outubro de 2025, em Washington.
Durante os 45 minutos de conversa, Lula enfatizou a importância do diálogo econômico. Ele disse: “Não queremos confusão, queremos resultado”.


Trump, por outro lado, foi cauteloso. Ele declarou: “A conversa foi muito boa, mas isso não garante um acordo imediato”.
No dia seguinte, 27 de outubro, Mauro Vieira, Márcio Rosa e Audo Faleiro lideraram a primeira rodada técnica de reuniões, focando nos setores mais afetados pelas tarifas.

Lula e Trump se encontram.

Brasil cobra reciprocidade e equilíbrio comercial

Durante o encontro, o governo brasileiro questionou as justificativas americanas.
Lula entregou um relatório a Trump mostrando um superávit acumulado de US$ 410 bilhões dos Estados Unidos na balança comercial com o Brasil nos últimos 15 anos.
Ele destacou que, “no G20, apenas Brasil, Reino Unido e Austrália têm superávit com os EUA”.
A conversa foi cordial e objetiva, e os dois líderes manifestaram interesse em visitas oficiais, ainda sem data marcada.

Setores produtivos apostam em acordo e estabilidade

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Amcham Brasil consideraram o diálogo um avanço concreto e esperam um acordo tarifário em breve.
O vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin declarou que não existem temas proibidos nas negociações, mencionando etanol, açúcar e minerais estratégicos.
Ainda assim, analistas afirmam que, mesmo com o gesto do Senado, a resolução deve continuar travada na Câmara.
Enquanto isso, o Brasil mantém sua estratégia de ampliar o comércio com Washington, buscando equilíbrio entre diplomacia e resultados econômicos.

Diante desse cenário, será que o movimento simbólico do Senado americano abrirá caminho para um novo ciclo de cooperação entre Brasil e Estados Unidos?

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e feedbacks, faça contato no e-mail: avizzcaio12@gmail.com.

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