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Brasil sobe no ranking como destino promissor para investimentos renováveis em energias limpas.

Escrito por Paulo S. Nogueira
Publicado em 20/12/2023 às 18:25
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Sofia Maia, chefe de pesquisa sobre Transição da BNEF (Foto: Divulgação) – Todos os direitos: EPBR

Diálogos da Transição: boom de investimentos em energia limpa, metas de energia renovável e instalações de energia eólica e solar impulsionam o mercado de eletricidade.

Os investimentos renováveis têm se destacado como uma das principais alternativas para impulsionar a transição energética e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Empresas de diversos setores estão direcionando recursos para projetos de geração de energia limpa, como solar, eólica e biomassa, visando não apenas retornos financeiros atrativos, mas também contribuir para a sustentabilidade do planeta.

Além disso, os investimentos em energias limpas estão ganhando cada vez mais espaço nos portfólios de instituições financeiras e fundos de investimento, sinalizando uma mudança de paradigma em direção a práticas mais sustentáveis. A busca por investimentos sustentáveis está impulsionando o crescimento do mercado de energias renováveis e abrindo oportunidades para novos projetos e tecnologias inovadoras.

Investimentos Renováveis Estão Em Alta No Brasil

Depois de cair para a 9ª posição no ranking de países emergentes com condições mais favoráveis aos investimentos em energias renováveis em 2022, o Brasil terminará o ano de 2023 como o quinto mais atrativo, de acordo com relatório Climatescope da BloombergNEF.

A Índia lidera a lista, seguida por China, Chile e Filipinas. O Climatescope analisa o progresso e a atratividade no setor de energia limpa em 110 economias. Juntos, esses países representam quase dois terços do total de adições de capacidade global de geração renovável em 2022 e 82% da população mundial.

No ano passado, ele teve uma queda maior na pontuação e foi para o 9º lugar. Este ano voltou a recuperar e ficará entre os cinco primeiros países do ranking. Esta mudança positiva é reflexo de uma política de compensação de energia nos últimos anos que atraiu uma quantidade gigantesca de investimentos, até porque foi anunciado que ia finalizar alguns incentivos.

Progresso de Países Como Índia e China

A Índia, na primeira posição, tem uma combinação de metas ambiciosas para substituir combustíveis fósseis, leilões de energia renovável e o crescente investimento em capacidade eólica e solar.

No caso da China, que ficou em segundo lugar, continua sendo o maior mercado para implantação de energia limpa, com oportunidades de crescimento significativas no futuro próximo.

Já o Chile, terceiro colocado no ranking, possui políticas bem estruturadas que impulsionam o investimento.

As Filipinas, em quarto lugar, subiram seis posições em relação ao ano passado, realizando dois leilões de energia renovável e têm uma estratégia ambiciosa para produção de energia eólica offshore.

Desafios e Oportunidades no Brasil

Sofia Maia, chefe de pesquisa sobre Transição da BNEF, explica que para atrair investimentos, as economias emergentes precisam de um mercado de eletricidade bem estruturado, com uma série de políticas em vigor para apoiar suas metas de energia renovável.

No caso da Índia, primeira colocada, a receita combina metas ambiciosas para substituir combustíveis fósseis, leilões de energia renovável e o crescente investimento em capacidade eólica e solar.

A energia limpa é um setor em ascensão no Brasil, que saltou de 8 GW no início de 2022 para 25 GW em novembro de 2023, ajudando a melhorar a atratividade do mercado brasileiro de investimentos sustentáveis. O país está buscando alcançar suas metas de energia renovável, apesar de ainda enfrentar algumas barreiras em relação à expansão da capacidade renovável.

Apesar de atrair investimentos crescentes em geração eólica e solar, o país tem dado passos para expandir a matriz com térmicas a gás e manter usinas a carvão em funcionamento até 2050 com a aprovação de políticas nesse sentido.

Fonte: EPBR

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Paulo S. Nogueira

Criador e divulgador de conteúdo na área do petróleo, gás, offshore, renováveis, mineração, economia tecnologia, construção e outros setores da energia.

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