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Brasil caminha para recorde em 2025 com 62 bilhões de ovos, 15,4 milhões de toneladas de carne de frango e 5,420 milhões de toneladas de carne suína

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 22/08/2025 às 08:39
produção e exportação de ovos, aves e suínos
Foto: Reprodução
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Brasil projeta 62 bilhões de ovos, 15,4 milhões de toneladas de carne de frango e 5,42 milhões de toneladas de carne suína em 2025, reforçando liderança global no setor de proteínas.

Muitos ovos, aves e suínos. Em 2025, a avicultura e a suinocultura brasileiras tem a expectativa de avanço nas exportações e fortalecimento da posição do país como fornecedor global de proteínas.

A projeção foi apresentada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) em coletiva realizada em São Paulo, no último dia 20 de agosto.

Temos expectativas positivas para o fechamento deste ano, mesmo diante do grande desafio vivenciado pelo setor produtivo de aves. O mercado global segue altamente demandante por proteínas”, de acordo com  presidente da ABPA, Ricardo Santin.

As projeções indicam que o Brasil seguirá crescendo tanto em produção como em consumo interno, mas é no comércio internacional que se concentra o foco de expansão.

Ovos brasileiros ganham espaço no mercado internacional

Um dos destaques da coletiva foram as projeções para o setor de ovos. A produção deverá alcançar até 62 bilhões de unidades em 2025, número 7,5% maior do que em 2024.

No ano seguinte, a meta é de até 65 bilhões. O consumo interno é importante, mas as exportações ganharam centralidade no discurso da entidade.

A expectativa é que os embarques dobrem em relação ao ano anterior.

O Brasil pode exportar até 40 mil toneladas em 2025, resultado que representaria crescimento de 116,6% sobre as 18,4 mil toneladas enviadas em 2024. Para 2026, a meta é atingir 45 mil toneladas.

Esse avanço depende de fatores externos, como o impacto do tarifaço aplicado pelos Estados Unidos sobre alguns produtos brasileiros.

Mesmo assim, a ABPA projeta a reabertura de mercados estratégicos, com destaque para o Chile, altamente demandante da proteína.

Santin ressaltou que esse movimento pode levar o país a alcançar recordes históricos de exportação.

No consumo interno, a força também é visível. A projeção é que o brasileiro passe a comer 288 ovos por ano em 2025, entrando pela primeira vez no ranking dos dez maiores consumidores per capita do mundo.

Carne de frango mantém posição nas exportações

A carne de frango, principal proteína do Brasil no cenário internacional, também foi detalhada.

A produção deverá chegar a 15,4 milhões de toneladas em 2025, superando em até 30% o resultado de 2024. Para 2026, espera-se nova alta, chegando a 15,7 milhões.

Nas exportações, a previsão é de leve retração em 2025. Os embarques devem somar 5,2 milhões de toneladas, contra 5,29 milhões no ano passado.

Essa queda de até 2% reflete o impacto temporário da Influenza Aviária e as restrições impostas por alguns mercados.

No entanto, o setor já negocia a reabertura desses destinos e espera alcançar 5,5 milhões de toneladas exportadas em 2026, alta de 5,8%.

No mercado interno, a disponibilidade também cresce. Em 2025, o consumo deve atingir 47,8 quilos por habitante, um salto em relação aos 45,5 quilos de 2024.

Para a ABPA, isso garante estabilidade de produção e reforça a confiança de exportadores, que mantêm o Brasil no topo da lista de fornecedores globais.

Suinocultura amplia mercados e diversifica destinos

Na carne suína, o otimismo é evidente.

A produção deverá somar 5,42 milhões de toneladas em 2025, 2,2% a mais que no ano anterior.

Para 2026, a previsão é de 5,55 milhões, crescimento de 2,4%.

As exportações devem ser o motor da expansão.

O Brasil deve embarcar 1,45 milhão de toneladas em 2025, aumento de 7,2% em relação a 2024. Em 2026, a meta é 1,55 milhão de toneladas, alta de 7% adicional.

A ABPA destacou a mudança no mapa das vendas externas.

As Filipinas assumiram a liderança entre os importadores de carne suína brasileira, enquanto México, Singapura e países da América do Sul ampliaram sua participação.

Essa diversificação garante maior resiliência ao setor, reduzindo a dependência de mercados específicos e fortalecendo a posição global do país.

No consumo interno, a estabilidade predomina.

O brasileiro deve manter o consumo em torno de 18,8 quilos por habitante até 2026, consolidando a proteína como alternativa regular, mas sem avanços significativos.

Brasil reforça papel de potência exportadora

As projeções apresentadas pela ABPA confirmam que, apesar das dificuldades enfrentadas em 2024, a avicultura e a suinocultura retomam ritmo de crescimento.

O cenário internacional é o grande destaque, com expectativas de recordes em ovos e avanços expressivos nas exportações de carne suína.

O caso pontual da Influenza Aviária não alterou a confiança dos mercados importadores.

Muitos destinos já reabriram suas portas ao produto brasileiro, enquanto negociações seguem para garantir o retorno de outros parceiros.

O resultado esperado é de um Brasil mais consolidado como referência mundial em proteínas.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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