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Brasil receberá a sua primeira fábrica de fosfatados importada do Marrocos que vai gerar milhares de empregos

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 22/06/2022 às 13:14
Brasil é contemplado com a sua primeira fábrica de fosfatados importada do Marrocos
O Marrocos é um dos principais fornecedores de fósforo para o Brasil. (Foto: Mapa)

Empresa do Marrocos, OCP, anunciou a chegada da sua fábrica de fosfatados. A unidade será instalada em São Luís — Maranhão a seis quilômetros do Porto do Itaqui, gerando milhares de novos empregos.

O grupo marroquino, OCP, está planejando instalar uma nova fábrica no Brasil para a fabricação de produtos fosfatados. O anúncio veio do presidente e CEO do Grupo, Mostafa Terrab, durante um encontro em Rabat, com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Marcos Montes. A expectativa é que a fábrica da empresa do Marrocos seja construída em São Luís, no Maranhão.

OCP dará prioridade para o mercado brasileiro

O encontro também contou com a presença de parte da delegação do agronegócio que acompanha a missão, na sede da OCP, o executivo entrou em detalhes sobre os planos da empresa do Marrocos de investir no exterior e afirma que planeja fazer isso no Brasil.

Terrab afirma que será algo muito precioso ter a fábrica no Maranhão e a empresa está pronta para dar prioridade ao mercado brasileiro com fosfatados. Após a reunião, o presidente da OCP Fertilizantes no Brasil, Olavio Takenaka, afirmou à ANBA que será a primeira fábrica de fosfatados da empresa no Brasil e que os produtos serão feitos com rocha fosfática importada do Marrocos.

O projeto está em andamento e a empresa já possui o terreno, a seis quilômetros do Porto de Itaqui, no Maranhão. De acordo com o executivo, o projeto de Engenharia está sendo finalizado para que as autoridades aprovem. 

Empresa do Marrocos planeja fábrica de fosfato bicálcico

A unidade ficará em São Luís do Maranhão e de acordo com Takenaka, a companhia planeja inclusive, instalar uma fábrica de fosfato bicálcico para alimentação animal. O produto é utilizado como insumo e fonte de fósforo na alimentação animal.

A criação de gado brasileira, que está indo do Centro-Oeste para regiões mais ao Norte do Brasil, acompanhando a agricultura nacional, foi citada como motivo do projeto pelo executivo. O ministro da Agricultura do Brasil está no Marrocos justamente com o intuito de garantir que os fertilizantes não faltem ao mercado brasileiro e a OCP já é uma grande fornecedora dos produtos ao país, inclusive com sede e operações no Brasil.

É importante ressaltar que também estiveram presentes na reunião, Julio Bitelli, embaixador do Brasil no Marrocos, Nilson Guimarães, adido agrícola da embaixada e Celso Moretti, presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Além desses, também estiveram presentes executivos do Ministério da Agricultura e da Secretaria de Assuntos Estratégicos do Brasil, da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA).

Sobre a empresa

Mostafa Terrab comentou ao ministro brasileiro sobre a responsabilidade de possuir uma das maiores reservas de fosfato do mundo inteiro e torná-la disponível para a comunidade de outros locais, como é o caso do Maranhão.

O ministro Marcos Montes afirma ao executivo que o Brasil tem uma responsabilidade imensa no mundo, no que diz respeito ao papel do país na segurança alimentar global. É importante lembrar que a OCP é líder mundial na produção de fósforo e fosfatados.

A empresa possui 70% das reservas globais de fósforo. O presidente da empresa contou um pouco da história da OCP, que começou suas operações na década de 20, inicialmente com foco na produção de rocha fosfática apenas, e após um grande processo de desenvolvimento, chegou aos produtos finais.

A companhia gera desde o ácido fosfórico e fertilizantes como MAP, TSP, DAP, NP, NPKs, além de nutrientes para a alimentação de animais, entre outros.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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