O Brasil pode ser responsável, na próxima década, por metade do crescimento no setor de energia renovável
Segundo avaliação do presidente global da Enel, Francesco Starace, o Brasil pode se tornar potência mundial em fontes limpas durante a próxima década. Para o executivo, o país não representa atualmente o seu máximo potencial, porém, na próxima década, pode ser responsável por metade do crescimento da energia renovável.
O Brasil possui diversos projetos de energia limpa em andamento, além daqueles estimados para o futuro, que abrangem a geração eólica e solar, em adição a outras fontes. A própria Enel, por exemplo, tem 40% de seu crescimento em energia renovável atribuído a projetos ativados no país.
Ao contrário de outras nações, que estão sendo prejudicadas pelo esgotamento de seus espaços físicos para iniciativas renováveis, o Brasil possui grande área para a instalação de mais projetos deste âmbito, graças à sua dimensão geográfica.
- Alemães apostam no Brasil, investindo R$ 50 milhões para transformar o país em um dos líderes na produção de do combustível sustentável de aviação (SAF)
- SolaX Power: Pioneira em Tecnologia de Energia Limpa e Sustentável
- Incrível usina solar no meio do mar: China inaugura megaprojeto de 1,2 mil hectares com quase 3 mil painéis, revolucionando o setor energético
- E se, em vez de pagar, você ganhasse com a conta de luz? Tesla transforma lares em potentes usinas de energia com 7 mil baterias!
Brasil disponibiliza mais de 1 milhão de vagas de emprego relacionadas ao segmento de energias renováveis
Conforme dados divulgados pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), o Brasil apresenta mais de 1 milhão de vagas de empregos em energias renováveis, sendo um dos maiores geradores mundiais de empregos neste setor. Os dados demonstram, ainda, que as oportunidades são cada vez maiores, de modo a confirmar o forte trabalho realizado pelo país nesta área.
Ficando apenas atrás da China, o Brasil tem disponibilizado vagas em segmentos relacionados às áreas de biocombustíveis, energia hidrelétrica, energia eólica e energia solar, além de biomassa e biogás. O país possui, desde 2018, o maior volume de empregos em energia renovável em toda a América Latina.
Brasil ocupa 9° lugar em ranking da consultoria EY sobre a atratividade dos investimentos em energia renovável
O crescimento brasileiro em fontes renováveis é também reconhecido pela consultoria EY. No começo do ano de 2020, o Brasil evoluiu 3 posições no ranking EY Renewable Energy Country Attractiveness Index (RECAI), quando foi transferido do 19° para o 16° lugar. Hoje, o país já ocupa a 9° posição, o que pode ser compreendido como mais uma demonstração de seu desenvolvimento no ramo da energia renovável.
O ranking da consultoria EY classifica os 40 maiores mercados do mundo quanto ao nível de atratividade de seus investimentos em energia renovável e de suas oportunidades de implantação, que são parcela essencial da transição energética.
A Climate Scorecard, organização não-governamental que faz a análise das mudanças climáticas globais, destaca também o potencial do país. A instituição ressalta que o setor de energia no Brasil assegura 97% da eletricidade confiável nas residências do país, que tem a rede elétrica formada por quase 80% de fontes renováveis.
A ONG declara, ainda, que, ao avaliar o perfil energético do Brasil nas últimas décadas, é evidente que grande parte de seus recursos renováveis é proveniente de biocombustíveis e hidrelétricas. Levando-se em conta que as fontes renováveis dizem respeito a quase 45% da demanda de energia primária do Brasil, elas contribuem para que o seu setor energético seja um dos menos intensivos em carbono do mundo.
Sobre as fontes renováveis
A energia renovável é aquela obtida a partir de fontes que se regeneram de maneira espontânea ou por meio da intervenção adequada do homem. Entre as principais fontes renováveis, destacam-se: a solar; a eólica; a hidráulica; a de biomassa, entre outras.
No Brasil, a principal fonte renovável é a hidráulica, correspondente a mais de 60% da matriz elétrica no país. Ela é seguida pela energia eólica, com participação de 9%, pela biomassa e biogás, que também representam cerca de 9%, e pela energia solar centralizada, cuja participação é de 1%.