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Brasil fecha acordo histórico com a Argélia e libera exportação de ovinos vivos, fortalecendo uma relação que já movimenta bilhões em exportações

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 20/08/2025 às 20:13
O Brasil e a Argélia firmam um novo acordo para a exportação de ovinos vivos. Saiba como essa parceria estratégica abre um novo mercado e beneficia o agronegócio brasileiro.
O Brasil e a Argélia firmam um novo acordo para a exportação de ovinos vivos. Saiba como essa parceria estratégica abre um novo mercado e beneficia o agronegócio brasileiro.
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O Brasil e a Argélia firmam um novo acordo para a exportação de ovinos vivos. Saiba como essa parceria estratégica abre um novo mercado e beneficia o agronegócio brasileiro.

O Brasil confirmou na última terça-feira, (19/08), um novo acordo comercial que permitirá a exportação de ovinos vivos para a Argélia. A negociação, concluída após tratativas sanitárias entre os dois países, marca a 101ª abertura de mercado do agronegócio brasileiro em 2025.

A medida beneficia, principalmente, produtores do Norte e Nordeste, regiões onde a ovinocultura desempenha papel essencial na economia local.

O que está por trás do acordo com a Argélia?

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE), a autorização para exportação de ovinos vivos só foi possível após a definição de protocolos sanitários.

“A abertura representa uma oportunidade de negócios, especialmente para exportadores do norte e nordeste do Brasil, onde a ovinocultura tem importância econômica e social, promovendo a geração de empregos e o desenvolvimento regional”, revelou o ministério.

Esse tipo de negociação garante que os animais atendam às exigências de saúde e segurança alimentar do país importador.

A Argélia, com população estimada em 46 milhões de habitantes, já figura como importante parceiro comercial do Brasil.

Apenas em 2024, as exportações brasileiras para o país somaram US$ 2,2 bilhões, quase o dobro do registrado em 2021.

Impacto para o Norte e Nordeste do Brasil

A abertura desse novo mercado representa uma oportunidade estratégica para regiões que têm forte tradição na criação de ovinos.

No Nordeste, por exemplo, a ovinocultura é fonte de sustento de milhares de famílias e contribui para o desenvolvimento regional.

Com a demanda internacional em alta, espera-se que o acordo impulsione a geração de empregos diretos e indiretos, além de aumentar a renda dos pequenos e médios produtores.

O crescimento da exportação brasileira para a Argélia

Os números mostram que a relação comercial entre Brasil e Argélia vem se fortalecendo. Em 2021, as compras argelinas somaram cerca de US$ 1,3 bilhão, com destaque para produtos do complexo sucroalcooleiro, soja, cereais e farinhas.

Três anos depois, esse valor praticamente dobrou, reforçando a confiança do país africano no agronegócio brasileiro.

Agora, com a inclusão da exportação de ovinos, a expectativa é que o comércio bilateral ganhe ainda mais relevância nos próximos anos.

Mais de 400 aberturas de mercado desde 2023

O acordo com a Argélia soma-se às 401 aberturas de mercado conquistadas pelo Brasil desde 2023. Esse avanço vem em um momento crucial, já que tarifas impostas pelos Estados Unidos encareceram alguns produtos brasileiros exportados para o mercado norte-americano.

Assim, a diversificação de destinos tem sido fundamental para manter a competitividade do país no cenário global.

A negociação representa não apenas a chance de ampliar as vendas externas, mas também de valorizar a cadeia produtiva da ovinocultura no Brasil.

Ao conquistar novos mercados, os criadores ganham mais estabilidade, e o país fortalece sua posição como referência no comércio internacional de produtos agropecuários.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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