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Brasil: o país campeão de pior retorno de impostos entre 30 países

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 16/07/2025 às 20:33
impostos no Brasil - tributos - carga tributária
Fonte: IA
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Estudo revela que brasileiros trabalham até 153 dias por ano apenas para pagar tributos – e o retorno à população segue entre os piores do mundo

O Brasil aparece, mais uma vez, na lanterna de um ranking internacional sobre o uso dos tributos arrecadados. De acordo com o 14º Índice de Retorno ao Bem-Estar da Sociedade (IRBES), o país ocupa o último lugar entre 30 nações com as maiores cargas tributárias. Apesar da alta carga tributária, o país oferece um dos piores retornos sociais à população.

No topo do ranking estão Irlanda, Suíça, Estados Unidos e Austrália — todos países com alto índice de retorno social. O estudo, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), reforça um cenário já conhecido pelos brasileiros: o de um contribuinte que paga muito, mas recebe pouco.

Mesmo com uma das maiores cargas tributárias do planeta, o Brasil perde em eficiência até para vizinhos como Argentina e Uruguai.

Quanto o brasileiro trabalha para sustentar o sistema?

O estudo do IBPT mostra que, com o recente aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), os brasileiros precisam trabalhar ainda mais para bancar o sistema tributário. Em 2024, eram necessários 149 dias de trabalho apenas para quitar todos os impostos no Brasil. Para 2026, a estimativa já chega a impressionantes 153 dias — mais de cinco meses do ano dedicados a financiar o Estado.

Impostos sobre veículos: o carro que você compra não é só seu!

Comprar um carro zero no Brasil é quase um ato de resistência econômica. Estima-se que até 44% do valor final de um veículo seja destinado a tributos. São camadas de impostos no Brasil como IPI, ICMS, IPVA, PIS e Cofins que, juntos, tornam o automóvel um dos bens mais onerados da economia nacional.

Enquanto isso, em países como os EUA, a tributação sobre veículos é bem menor. Na média dos países da OCDE, o Imposto de Renda das empresas (incluindo tributos sobre lucro) fica em 23,6%, contra os 34% brasileiros.

E o corporativo, será que também sente o peso fiscal?

A situação também é crítica no mundo corporativo. O IRPJ e a CSLL podem atingir até 34% do lucro das empresas no Brasil, afastando investimentos estrangeiros e prejudicando o ambiente de negócios. Essa combinação de carga tributária elevada e baixo retorno social gera um ciclo de desconfiança e estagnação.

Enquanto países desenvolvidos utilizam os tributos para proporcionar saúde, educação e mobilidade pública de qualidade, o Brasil ainda falha em entregar o básico. A carga tributária alta não se reflete em ruas seguras, escolas equipadas ou hospitais bem estruturados. O problema, portanto, não está apenas em quanto se arrecada — mas em como (e para quem) se gasta.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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