MME firma parceria com a Windey Energy Technology Group e o SENAI CIMATEC para impulsionar energias renováveis, tecnologias e armazenamento no Brasil, com foco em hidrogênio verde, energia eólica e desenvolvimento regional sustentável.
Em meio à missão diplomática liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na China, um novo capítulo na cooperação internacional sobre energia foi iniciado. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou da assinatura de um memorando de entendimento com a estatal chinesa Windey Energy Technology Group e o SENAI CIMATEC, reforçando o compromisso do Brasil com o avanço das energias renováveis e soluções de tecnologia limpa.
O acordo visa acelerar a pesquisa, o desenvolvimento e a implementação de sistemas sustentáveis, como energia eólica, hidrogênio verde e armazenamento de energia, com atuação em diversas regiões do país.
Parceria foca em inovação e infraestrutura para energias renováveis
O documento firmado no último domingo (11/5) estabelece bases para a criação de projetos conjuntos, com destaque para um centro de pesquisa e desenvolvimento no Brasil.
-
Energia renovável em Minas Gerais ganha incentivo com nova medida tributária
-
Energias renováveis se tornarão a maior fonte de eletricidade do mundo até 2026
-
Eis o hidrogênio branco: “combustível do futuro” limpo, barato e abundante que especialistas dizem estar pronto para ser explorado
-
China alterou a rotação da Terra com uma de suas obras — e não aprendeu a lição: agora quer uma ainda maior e gera tensão geopolítica
O foco será a inovação em tecnologias de geração e distribuição de energia renovável, especialmente em áreas agrícolas remotas que ainda enfrentam limitações no acesso à eletricidade limpa.
Além disso, a parceria deve incentivar a instalação de fábricas de equipamentos no país, fortalecendo a indústria nacional e reduzindo a dependência de importações.
Armazenamento de energia entra na pauta estratégica
Um dos pontos centrais do acordo é o desenvolvimento de soluções voltadas ao armazenamento de energia, um dos desafios atuais do sistema elétrico brasileiro.
A iniciativa está diretamente ligada ao primeiro leilão nacional de baterias, anunciado pelo governo federal.
“Vamos publicar, em breve, uma portaria estabelecendo as normas para o primeiro leilão de bateria do Brasil. Então, toda solução para estabilização do sistema é muito bem-vinda”, afirmou Alexandre Silveira.
O ministro destacou ainda a necessidade de capacitação profissional e busca por novas tecnologias para atender a crescente demanda do setor elétrico por soluções inteligentes e sustentáveis.
Hidrogênio verde e energia eólica como protagonistas
A presença da Windey Energy Technology Group e do SENAI CIMATEC nessa cooperação reforça o protagonismo do Brasil no desenvolvimento de fontes como o hidrogênio verde e a energia eólica, consideradas essenciais na transição para uma matriz energética de baixo carbono.
O centro de P&D previsto no acordo atuará como polo de pesquisa aplicada, com potencial para gerar empregos, formar mão de obra qualificada e atrair novos investimentos para o país.
Conexão com políticas públicas e a COP30
Para garantir que as ações estejam em sintonia com as diretrizes do governo federal, será instituído um Comitê de Estratégia. O grupo será responsável por coordenar os projetos, avaliar resultados e orientar decisões técnicas e políticas.
A iniciativa também prevê a participação brasileira e chinesa de forma conjunta na COP30, conferência climática que será realizada em Belém (PA), em novembro.
O objetivo é apresentar os avanços da parceria como exemplo de colaboração internacional na agenda climática.
Vigência e expectativa de continuidade
O memorando terá validade inicial de 24 meses, com possibilidade de renovação.
A expectativa é que, com o apoio das instituições envolvidas, o Brasil acelere a adoção de energias limpas, fortaleça sua posição no cenário global de sustentabilidade e gere benefícios concretos para a população, especialmente nas regiões mais carentes de infraestrutura energética.