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Brasil deve receber US$ 23 bilhões em investimentos em projetos do setor de petróleo e gás natural offshore em 2023, aponta projeções da consultoria Rystad Energy

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 10/03/2023 às 16:26
Após alcançar a marca de US$ 100 bilhões em 2022, o setor de petróleo e gás natural offshore global deve se manter acima dessa marca em 2023. A Rystad Energy destaca que o Brasil será o grande destaque na atração de investimentos ao segmento neste ano.
Fonte: Wilson Sons

Após alcançar a marca de US$ 100 bilhões em 2022, o setor de petróleo e gás natural offshore global deve se manter acima dessa marca em 2023. A Rystad Energy destaca que o Brasil será o grande destaque na atração de investimentos ao segmento neste ano.

A consultoria Rystad Energy está com grandes projeções sobre a presença do Brasil no mercado internacional de petróleo e gás natural offshore em 2023. As expectativas são de um recebimento de US$ 23 bilhões em investimentos no setor nacional. O cenário de busca por campos de óleo e gás com baixa intensidade de carbono contribuirá para os projetos offshore no território nacional ao longo do ano.

Setor de petróleo e gás natural offshore deve se manter aquecido no cenário internacional, com forte atração de investimentos ao mercado brasileiro 

Após ser fortemente abalado pelo isolamento social durante a pandemia do Covid-19 nos últimos anos, o setor de petróleo e gás natural offshore volta aos holofotes do mercado global.

A consultoria Rystad Energy está projetando uma grande atração de investimentos no ramo ao longo do ano de 2023.

Em 2022, o setor conseguiu alcançar a marca de US$ 100 milhões em atrações. Agora, a expectativa é de que o número se mantenha, ou seja elevado, entre 2023 e 2024.

Para a companhia, o Brasil se manterá como o grande destaque no desenvolvimento de projetos de exploração e produção de petróleo e gás natural offshore.

O segmento é um dos mais lucrativos do mercado nacional ao longo das últimas décadas, em razão dos altos investimentos em pesquisa e inovação para a exploração das bacias nacionais.

A consultoria Rystad Energy estima que o offshore representará 68% de todos os projetos convencionais sancionados no mundo entre 2023 e 2024. Entre os anos de 2015 e 2018, antes da pandemia global, o número girava em torno de 40%.

Para a empresa, o cenário atual de mudança nos projetos dos grandes players do segmento contribui com o mercado brasileiro offshore. Isso, pois as companhias petroleiras estão cada vez mais voltadas para a exploração de áreas com baixa pegada de carbono.

Dessa forma, os campos offshore do território nacional se destacam como os mais rentáveis para a produção de petróleo e gás natural.

Oriente Médio deve ser o grande motor dos investimentos em projetos de óleo e gás natural offshore no cenário internacional, aponta Rystad Energy

Para a Rystad Energy, as companhias de produção dos combustíveis ainda estão focadas na busca por campos rentáveis e seguros para uma exploração de baixo carbono.

No Brasil, os projetos de petróleo e gás natural offshore se destacam quanto à produtividade, bem como o compromisso ambiental.

Segundo relatório da Wood Mackenzie, a disponibilidade de barris ambiental e economicamente vantajosos é escassa no mundo.

Assim, a tendência é que as empresa se voltem para investimentos em locais como as bacias nacionais para os próximos meses.

Além disso, a Rystad Energy projeta que o Oriente Médio seja o grande motor dos investimentos em projetos do setor em 2023.

Com gigantescos empreendimentos em desenvolvimento na Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos, os investimentos chegarão US$ 33 bilhões este ano, e subirão para US$ 41 bilhões em 2025.

Por outro lado, a Noruega também contará com crescimento na atração de novos projetos, com expectativa de arrecadação de US$ 21,4 bilhões neste ano.

Para a Rystad Energy, o Brasil segue sendo um dos maiores players do mercado de petróleo e gás natural internacional.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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