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Brasil acelera capacitação para energia eólica e aposta na formação técnica como motor da nova transição energética; movimento é liderado por parceria entre SENAI-RN e MME

Escrito por Rannyson Moura
Publicado em 31/10/2025 às 10:45
Com a expansão da energia eólica, o Brasil busca qualificar milhares de profissionais até 2030. SENAI-RN e MME destacam a urgência de formar técnicos e engenheiros para atender à crescente demanda do setor. Fonte: Senai-RN
Com a expansão da energia eólica, o Brasil busca qualificar milhares de profissionais até 2030. SENAI-RN e MME destacam a urgência de formar técnicos e engenheiros para atender à crescente demanda do setor. Fonte: Senai-RN
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Com a expansão da energia eólica, o Brasil busca qualificar milhares de profissionais até 2030. SENAI-RN e MME destacam a urgência de formar técnicos e engenheiros para atender à crescente demanda do setor.

O crescimento acelerado da energia eólica no Brasil e no mundo tem revelado um desafio estratégico: a carência de mão de obra qualificada. Atualmente, há uma demanda global de cerca de 25 mil profissionais especializados, e as projeções indicam que, até 2030, o número de novos trabalhadores necessários poderá ultrapassar 40 mil

A informação foi apresentada por Marco Antonio Juliatto, coordenador-geral de Articulação de Políticas para a Transição Energética do Ministério de Minas e Energia (MME), durante o evento Brazil Windpower, realizado nesta quinta-feira (30).

Segundo Juliatto, o setor eólico é uma das engrenagens mais importantes da transição energética mundial, mas ainda depende fortemente da qualificação técnica. “A demanda é crescente e exige que as instituições de ensino e a indústria caminhem juntas para preparar profissionais aptos a atuar nessa transformação”, pontuou o representante do MME.

SENAI-RN lança primeira pós-graduação do país em energia eólica offshore

Entre as principais ações voltadas à capacitação, o SENAI-RN anunciou a primeira pós-graduação brasileira em energia eólica offshore. O curso é uma resposta direta ao avanço da nova fronteira energética no país e busca antecipar a formação dos profissionais que atuarão na instalação e operação de parques eólicos no mar.

O diretor do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e da Faculdade de Energias Renováveis e Tecnologias Industriais (FAETI), Rodrigo Mello, destacou que essa iniciativa segue a mesma linha do movimento iniciado em 2011, quando foi criado o primeiro curso de especialização em energia eólica onshore do Brasil. “Nós temos de partir cedo para desenvolver profissionais que serão necessários para a nova fronteira energética”, afirmou.

De acordo com Mello, a transição energética envolve tecnologia e inovação, mas, sobretudo, pessoas. Ele lembrou que, desde 2007, o SENAI-RN atua fortemente na qualificação de técnicos e engenheiros para o setor, com um índice de empregabilidade superior a 80%, o que reforça a sintonia entre a formação e as demandas reais das empresas.

Parcerias estratégicas e o desafio do ‘apagão de engenheiros’

Outro ponto abordado durante o painel foi o déficit crescente de engenheiros no Brasil, um fenômeno que ameaça o ritmo de expansão da energia eólica. Mello classificou o cenário como um “apagão de engenheiros”, resultado da queda na procura por cursos de engenharia e da “aridez” percebida na formação tradicional. Segundo ele, é fundamental que as instituições criem caminhos mais atrativos e conectados à inovação, capazes de despertar o interesse dos jovens.

Para enfrentar esse desafio, o SENAI Nacional está firmando uma parceria com a Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica). O especialista em Desenvolvimento Industrial, Edilson de Oliveira Caldas, explicou que o acordo visa potencializar a mão de obra setorial nas principais regiões produtoras, como Rio Grande do Norte e Bahia, líderes nacionais em capacidade instalada e geração eólica.

“É um acordo de cooperação técnica para fortalecer a formação de profissionais e responder diretamente às demandas das empresas associadas à ABEEólica”, destacou Caldas. Dados preliminares da associação indicam que a maior carência está na área de operação e manutenção, segmentos cruciais para garantir eficiência e segurança nas usinas eólicas.

Formação técnica e inovação como pilares da transição energética

Durante o painel “Desenvolvimento Profissional e Capacitação: Setor Eólico Brasileiro”, realizado no Brazil Windpower, os especialistas reforçaram que o Brasil precisa acelerar a formação de talentos locais. A gerente de Projetos da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), Roberta Knopki, mediadora do debate, ressaltou que a troca de experiências e a integração entre academia, governo e setor privado são fundamentais para consolidar o país como potência em energia eólica.

A mobilização do SENAI-RN e do MME evidencia um esforço conjunto para evitar gargalos de qualificação e preparar o Brasil para a próxima década. Em um cenário em que a energia limpa ganha cada vez mais espaço, a capacitação profissional se torna o combustível essencial da transição energética sustentável.

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Rannyson Moura

Graduado em Publicidade e Propaganda pela UERN; mestre em Comunicação Social pela UFMG e doutorando em Estudos de Linguagens pelo CEFET-MG. Atua como redator freelancer desde 2019, com textos publicados em sites como Baixaki, MinhaSérie e Letras.mus.br. Academicamente, tem trabalhos publicados em livros e apresentados em eventos da área. Entre os temas de pesquisa, destaca-se o interesse pelo mercado editorial a partir de um olhar que considera diferentes marcadores sociais.

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