A gigante alemã conseguiu trazer para a produção a próxima evolução dos chips automotivos. Eles serão fundamentais para a evolução da indústria, principalmente para veículos elétricos.
A chegada do carro elétrico significou uma revolução na indústria. Em pouco tempo, fabricantes e empresas secundárias se concentraram na criação e evolução de componentes específicos para veículos movidos a bateria. A Bosch, uma gigante da indústria, conseguiu desenvolver a próxima geração de semicondutores, chips de carboneto de silício (SiC), que prometem ser especialmente válidos para veículos elétricos.
Leia também
- Volkswagen, Bosch, Nissan, USP e UNICAMP estudam tecnologia com etanol e realizam o sonho do carro elétrico rodar sem bateria
- Bosch, a líder em equipamentos, ferramentas automotivas e industriais, convoca candidatos com e sem experiência para 98 vagas de emprego em suas fábricas do RJ, SP e mais regiões brasileiras
- WEG integra o sistema de produção único no mundo e revolucionário para a mobilidade elétrica criado pelas líderes globais Volkswagen, Bosch, ABB e Siemens
- Após Bosch e Volkswagen, Nissan aposta na célula de etanol para abastecimento de motor de carros elétricos e fecha parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, ligado à USP, para desenvolver o bioetanol no Brasil
“O futuro dos semicondutores de carboneto de silício é brilhante. Queremos ser líderes globais na fabricação de chips SiC para veículos elétricos”, disse Harald Kroeger, membro do conselho da Robert Bosch GmbH. Há dois anos, os fornecedores de tecnologia e serviços anunciaram que prosseguiriam com o desenvolvimento e a produção de chips SiC.
A Bosch desenvolveu seu próprio processo de fabricação altamente complexo. Desde o início de 2021, tem sido usado na fabricação de semicondutores especiais, inicialmente como amostra para verificação do cliente. “O boom dos carros elétricos preencheu nossas ordens de compra”, diz Kroeger.
- Toyota 4Runner TRD Surf Concept surpreende como picape baseada em SUV: um projeto que traz o verão para o asfalto
- Adeus, Honda Pop 110! Nova concorrente chega com 3 motos incríveis na faixa de R$ 9 mil para dominar o mercado e desbancar até a Yamaha!
- Toyota revela o novo SUV popular mais esperado de 2024: inspirado na mini Hilux, off-road compacto e barato será lançado em novembro e promete vender que nem água
- Carros modernos exigem mais que motores potentes: descubra por que o processador é essencial para uma experiência de condução completa e sem travamentos
Recentemente a Bosch, em colaboração com a Porsche e a Fraunhofer, estava imersa em um projeto revolucionário que eles chamaram de projeto SiCeffizent. Agora, esse estudo valeu a pena e a empresa alemã já começou a fabricar os chips que prometem revolucionar a indústria em meio à crise global de semicondutores. Pouco a pouco, eles chegarão aos fabricantes e aos primeiros modelos comerciais que melhorarão as taxas de consumo.
Os semicondutores desenvolvidos pela Bosch com tecnologia de carboneto de silício fazem uso particularmente eficiente da energia, por isso são especialmente úteis para aplicações que consomem energia, como eletromobilidade. Os chips SiC garantem 6% de eficiência maior do que seus homônimos convencionais de silício, fazendo melhor uso dos recursos do veículo e estendendo a autonomia da bateria a um nível mais alto.
No futuro, a Bosch planeja expandir a capacidade de produção de semicondutores de energia SiC para centenas de milhões de unidades. Com isso em mente, a empresa já começou a expandir seu espaço de sala limpa em sua fábrica de Reutlingen. Ao mesmo tempo, o trabalho está sendo feito em chips SiC de 2a geração. Isso é ainda mais eficiente e deve estar pronto para a produção em massa até 2022.
O segredo dos chips perfeitos para carros elétricos fabricado pela Bosch
O segredo por trás desse grande rendimento está no minúsculo átomo de carbono que é introduzido na estrutura cristalina do silício ultrapuro. Isso faz com que a matéria ofereça propriedades físicas especiais. Como exemplo: os semicondutores SiC suportam frequências de comutação mais altas, perdendo apenas metade da energia na forma de calor. Chips são especialmente importantes para sistemas de 800 volts, onde permitem recarga mais rápida e melhor desempenho.
As vantagens parecem ilimitadas, e a Bosch espera que seu uso se estenda ao longo dos anos, pois permitirá uma produção mais barata do veículo elétrico, exigindo menos sistemas de resfriamento do que os modelos atuais. Embora a produção já tenha começado, os semicondutores de carboneto de silício em breve começarão a ser fornecidos a diferentes fabricantes, seja como chips soltos ou instalados em sistemas eletrônicos desenvolvidos pela empresa, como a caixa de engrenagens CVT apresentada há muito tempo ou o novo cabo de carregamento Tipo 2.
Embora estejamos no meio da crise global devido à falta de semicondutores, a Bosch estima que nos próximos anos o mercado mundial crescerá 30%. Para fazer isso, ele investiu grandes quantias de dinheiro, não apenas no estudo e desenvolvimento de tecnologia, mas também na construção de instalações específicas onde realizar a fabricação. Mais de 1.000 metros quadrados já foram adicionados, e outros 3.000 serão adicionados até o final de 2023. Tudo está preparado para focar o futuro em uma direção mais eficiente e elétrica.
Em um movimento contrário aos de Ford e Chevrolet, a multinacional fabricante de autopeças Bosch decidiu trazer sua produção dos EUA para o Brasil
A multinacional alemã fabricante de autopeças Bosch foi de contra ao movimento das fabricantes de automóveis Ford, Chevrolet, Honda e Audi, que decidiram retirar ou diminuir produções no Brasil, e trouxe para o Brasil a produção de injetores e bicos de injetores para caminhões que eram produzidos em suas fábricas nos Estados Unidos, ampliando assim a divisão de sistemas de injeção diesel em sua fábrica de Curitiba.
De acordo com o engenheiro especialista em eletrônica e telecomunicações, Antônio Jorge Martins, a estratégia da Bosch reflete, sobretudo, o enorme potencial do mercado brasileiro no setor.
Além disso, a intenção da multinacional alemã é abastecer não só o mercado interno, mas também exportar uma grande quantia – que pode chegar a até metade da produção. Confira a matéria completa aqui.