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Bomba geopolítica: Rússia e Coreia do Norte fecham pacto militar explosivo – petróleo por tropas e armas alimenta novas guerras

Escrito por Ana Alice
Publicado em 26/11/2024 às 23:17
Rússia e Coreia do Norte firmam pacto: petróleo russo por armas e soldados. Acordo desafia sanções da ONU e aumenta tensão global. (Imagem: Reprodução/Canva)
Rússia e Coreia do Norte firmam pacto: petróleo russo por armas e soldados. Acordo desafia sanções da ONU e aumenta tensão global. (Imagem: Reprodução/Canva)

Um pacto militar entre Rússia e Coreia do Norte desafia sanções e preocupa líderes globais. Pyongyang envia tropas e armas para a Ucrânia, enquanto Moscou fornece petróleo e tecnologias avançadas. Essa aliança ameaça a segurança mundial e redefine o equilíbrio de poder entre regimes autocráticos.

A revelação de um acordo militar clandestino entre Rússia e Coreia do Norte está movimentando o cenário geopolítico internacional.

Imagens de satélite e investigações de especialistas indicam que os dois países estão trocando recursos estratégicos: Pyongyang envia armas e soldados para a guerra na Ucrânia, enquanto Moscou fornece petróleo e possivelmente outras tecnologias avançadas.

Esse pacto desafia sanções internacionais e aumenta os riscos de desestabilização em várias regiões do mundo.

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Uma troca estratégica: petróleo por soldados e armas

Desde março de 2024, investigações revelaram que a Rússia forneceu mais de um milhão de barris de petróleo à Coreia do Norte, excedendo em muito o limite de 500 mil barris anuais impostos pelas Nações Unidas.

Em contrapartida, a Coreia do Norte enviou projéteis de artilharia, foguetes e tropas para apoiar os esforços russos na Ucrânia.

Essas transações foram registradas em imagens de satélite, que mostram petroleiros indo e vindo entre os dois países.

Joe Byrne, pesquisador do Open Source Centre, destaca que essas operações ocorrem de forma silenciosa e contínua. “Os navios frequentemente desativam seus rastreadores para evitar detecção”, explica.

As análises revelam que os petroleiros transportam volumes de combustível que sustentam 90% da capacidade militar norte-coreana, essencial para operações como o transporte de tropas e a movimentação de lançadores de mísseis.

Violações e o impacto das sanções

Essa parceria viola diretamente sanções da ONU impostas para conter o desenvolvimento de armas nucleares pela Coreia do Norte.

Em março de 2024, a Rússia vetou a continuidade de um painel da ONU responsável por monitorar violações de sanções, permitindo que tais transações continuassem sem supervisão internacional.

De acordo com Ashley Hess, ex-integrante do painel, essa decisão foi crucial para a intensificação da aliança militar entre os países.

“Tínhamos evidências iniciais dessas transferências antes de nosso trabalho ser interrompido”, relata. Sem esse mecanismo de fiscalização, a Coreia do Norte agora desfruta de uma estabilidade energética inédita, enquanto a Rússia continua a alimentar sua máquina de guerra na Ucrânia.

Tecnologia militar como moeda de troca

Especialistas também alertam para a possibilidade de que a Rússia esteja compartilhando tecnologias sensíveis com Pyongyang.

Autoridades sul-coreanas levantaram preocupações sobre o envio de conhecimentos sobre satélites espiões e mísseis balísticos intercontinentais à Coreia do Norte, o que pode representar um avanço significativo em sua capacidade militar.

Go Myong-hyun, do Instituto de Estratégia de Segurança Nacional da Coreia do Sul, observa que o petróleo pode ser apenas parte da equação.

“A troca de soldados e armas sugere um interesse norte-coreano em ganhos mais estratégicos, como tecnologia avançada”, analisa.

A aliança Moscou-Pyongyang: riscos globais

A colaboração entre Rússia e Coreia do Norte está mudando as alianças geopolíticas e ampliando os riscos para a segurança global.

Hugh Griffiths, ex-líder do painel da ONU, afirma que “o petróleo russo está sendo convertido em mísseis e munições norte-coreanos, alimentando a máquina de guerra de ambos os países”.

Além disso, ele alerta que essa parceria representa uma ameaça não apenas à Ucrânia, mas também à estabilidade na Península Coreana e no Indo-Pacífico.

A guerra na Ucrânia e as ambições nucleares da Coreia do Norte estão sendo diretamente impulsionadas por essa aliança, desafiando os esforços internacionais para conter ambas as crises.

Com a dissolução do painel de sanções, os países parecem estar operando com total impunidade, colocando em xeque a eficácia das medidas restritivas globais.

Uma nova estabilidade para Pyongyang?

Com o fornecimento contínuo de petróleo, a Coreia do Norte conquistou uma estabilidade energética que não experimentava desde 2017, quando as sanções mais severas foram implementadas.

Isso fortalece o regime de Kim Jong Un, que utiliza os recursos para alimentar fábricas de munições, veículos militares e lançadores de mísseis.

Por outro lado, milhares de soldados norte-coreanos estão sendo deslocados para a Ucrânia, onde participam de combates em apoio às forças russas.

Essa dinâmica reforça a dependência mútua entre os dois regimes, enquanto aumenta os temores sobre a escalada de conflitos em diferentes frentes globais.

Desafios para a comunidade internacional

Apesar de promessas de retaliação, como as feitas pelos Estados Unidos e pela Coreia do Sul, a capacidade de resposta internacional está limitada pela influência russa no Conselho de Segurança da ONU.

Ainda assim, líderes globais continuam a pressionar por medidas mais rigorosas contra Moscou e Pyongyang.

Com a aliança entre Rússia e Coreia do Norte ameaçando a segurança regional e internacional, a questão permanece: como a comunidade global pode reagir a essa nova dinâmica que desafia sanções e reorganiza o equilíbrio geopolítico?

E você, acredita que sanções mais duras podem realmente conter alianças como a de Rússia e Coreia do Norte, ou estamos vendo o surgimento de uma nova ordem global?

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Sebastião Miguel da Silva Junior
Sebastião Miguel da Silva Junior
28/11/2024 16:38

Ora, as sanções do Império acabaram por ensinar a Rússia como enfrentar, concretamente, suas artimanhas. A Rússia, desde o fim da URSS, não apoiou ou invadiu país algum… ao contrário do braço armado, OTAN, que se expandiu de 6 para 32 países… em direção a Moscou… Quem já está pagando a conta desse esforço de guerra e se desestabilizando economicamente, é a Alemanha… Outros virão. Os nacionalistas europeus terão que pagar, aos EUA, por um novo Plano Marshall… 🫏

Lufe Bittencourt
Lufe Bittencourt
28/11/2024 05:33

A aliança entre a Rússia e a Coreia do Norte é vital para forçar os eua e o ocidente é seus aliados no oriente a praarem de financiar guerras contra a Rússia e outras nações e para que tenhamos um mundo multipolar com diversos protagonistas. Financiar e armar a Ucrânia contra a Rússia com objetivo de enfraquecer a maior nacaodo mu do e a maior potencia nuclear foi o maior erro geopolítico de Washington em um século. Esperamos q os eua e o ocidente e seus aliados no oriente entendam q o mundo multipolar é o caminho para a paz mundial.

Ana Alice

Redatora e analista de conteúdo. Escreve para o site Click Petróleo e Gás (CPG) desde 2024 e é especialista em criar textos sobre temas diversos como economia, empregos e forças armadas.

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