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Bom, bonito e barato. Será mesmo ? Confira agora porque os carros elétricos chineses são tão em conta e ultrapassam até mesmo as montadoras “veteranas”

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 09/02/2024 às 11:05
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Foto: Divulgação/Uol Carros

Com cada vez mais espaço no mercado, os carros elétricos chineses vêm conquistando milhares de clientes pelo mundo. Mas, já se perguntou o porquê de eles serem tão acessíveis?

Os carros elétricos chineses estão ganhando cada vez mais espaço no mercado global, oferecendo qualidade e preços competitivos que desafiam os concorrentes tradicionais. Mas como eles conseguem ser tão acessíveis? Uma análise da UOL Carros revela que a estratégia agressiva das marcas chinesas, aliada ao peso do parque industrial e ao mercado interno gigantesco, tem sido determinante para essa revolução nos preços.

Especialistas consultados apontam que os fabricantes chineses adotaram uma estratégia agressiva de preços para ganhar participação de mercado e se tornarem mais conhecidos, especialmente em países onde estão chegando agora. “Eles estão dispostos a vender carros elétricos aqui sem ganhar muita coisa. Isso vale como um investimento de marketing”, afirma Cassio Pagliarini, da consultora Bright Consulting.

Além disso, o mercado interno favorável à criação de níveis de escala imensos e o fornecimento local de itens complexos, como as baterias, têm contribuído para o baixo custo dos carros elétricos chineses. A China é o lar da maior fabricante de baterias do mundo, a CATL, e a terceira maior, a BYD, o que garante um fornecimento inesgotável de tecnologia indispensável aos veículos elétricos.

Decisão estratégica: a aposta da China nos carros elétricos

Há cerca de 20 anos, a China tomou uma decisão estratégica de investir na mobilidade elétrica, incluindo carros elétricos, híbridos, híbridos plug-in e sistemas de carregamento. Essa aposta colocou o país entre cinco e dez anos à frente de todos os outros, segundo Pagliarini.

A disparidade de valores também se deve ao alto custo de produção no Brasil, que inclui mão de obra, turnos mais extensos e trabalho aos fins de semana. Para competir, seria necessário investir mais em eficiência, impostos e tecnologia para se equiparar às condições oferecidas na China aos seus fabricantes, destacam os especialistas.

Exportações chinesas e protecionismo: desafios e estratégias

O volume exportado de carros elétricos pela China cresceu 12% no ano passado, enfrentando desafios como o protecionismo de alguns mercados, como Europa e Estados Unidos. No entanto, as marcas chinesas têm contornado essas barreiras, inclusive instalando fábricas em países como a Hungria. No Brasil, as taxas de Imposto de Importação podem ultrapassar o custo extra de fazer os modelos localmente, o que tem incentivado as gigantes chinesas BYD e GWM a produzirem automóveis no país ainda em 2024.
A situação atual dos carros chineses é bem diferente da primeira leva que chegou ao Brasil. Antigamente, esses veículos eram associados a produtos baratos e de baixa qualidade. No entanto, a realidade mudou, e hoje eles oferecem um custo-benefício atraente, competindo de igual para igual com as marcas tradicionais.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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