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BNDES surpreende e aprova financiamento de R$ 500 MILHÕES para expandir a maior mineradora de lítio do Brasil

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 02/09/2024 às 22:11
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foto/reprodução: sigma

Sigma Lithium, controlada por grupo brasileiro, amplia suas operações no Vale do Jequitinhonha com apoio do BNDES, reforçando a posição do Brasil na transição energética global

A maior mineradora de lítio do Brasil, a Sigma Lithium, acaba de receber um impulso financeiro significativo. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 486,7 milhões para a expansão das operações da empresa. Esse montante, parte do Fundo Clima, será utilizado para aumentar a produção anual de lítio em suas jazidas localizadas em Araçuaí e Itinga, no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, de acordo com o site estadodeminas.

A Sigma Lithium, fundada no Canadá mas atualmente controlada por um grupo brasileiro, opera nas maiores reservas de lítio do país. Com esse investimento, a produção anual da empresa deverá alcançar 520 mil toneladas, um aumento expressivo que solidifica a importância do Brasil no cenário global de mineração e na cadeia de suprimento de baterias para veículos elétricos. Esse avanço é vital, considerando que o lítio é um mineral crítico para a transição energética mundial, com o uso cada vez maior de veículos elétricos.

Expansão e sustentabilidade: um passo à frente na mineração

A aprovação do financiamento pelo BNDES marca um ponto de virada para a Sigma Lithium e para a mineração de lítio no Brasil. O valor liberado, proveniente do Fundo Clima, não só permitirá à empresa ampliar sua produção em 270 mil toneladas anuais, mas também destaca a relevância da sustentabilidade nas operações mineradoras. O Fundo Clima foi criado para apoiar projetos que contribuem para a transição energética e descarbonização, e o lítio, essencial para a fabricação de baterias de veículos elétricos, se encaixa perfeitamente nessa estratégia.

Com isso, a Sigma reafirma sua posição de liderança no setor, ao mesmo tempo em que o Brasil se fortalece como um fornecedor crucial de minerais estratégicos. José Luís Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, destacou que o investimento posiciona o país como um ator-chave na transição energética global, aumentando sua relevância na cadeia de valor de baterias.

Desafios e oportunidades no Vale do Jequitinhonha

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foto/reprodução: sigma

As operações da Sigma Lithium no Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres do Brasil, trazem uma combinação de desafios e oportunidades. A empresa possui a maior reserva de lítio do país e prevê que as jazidas na área contenham até 27 milhões de toneladas de espodumênio, um minério essencial na extração de lítio. Isso garantiria a continuidade das operações por pelo menos 13 anos, consolidando a região como um polo estratégico para a mineração de lítio.

No entanto, nem tudo são flores. Nos últimos meses, as ações da Sigma despencaram devido à queda de quase 90% no preço do lítio no mercado internacional, principalmente por conta da desaceleração na fabricação de veículos elétricos. “É aquele famoso sobe e desce que deixa qualquer um de cabelo em pé”, poderia dizer um analista do setor. Mesmo com essas dificuldades, a Sigma continua a apostar na expansão e na exploração dessas jazidas, olhando para o futuro com otimismo.

Futuro promissor: Brasil como potência na cadeia global de lítio

O financiamento aprovado pelo BNDES e o foco no aumento da produção de lítio mostram que o Brasil não está apenas sentado em suas riquezas naturais, mas está tomando medidas ativas para transformar essas reservas em produtos de alto valor agregado. A Sigma, apesar de não fabricar carbonato de lítio e hidróxido de lítio – substâncias essenciais na produção de baterias –, está bem posicionada na cadeia de suprimentos, vendendo todo o lítio extraído logo após a concentração do minério.

O Ministério de Minas e Energia planeja lançar um programa ainda neste semestre para incentivar a extração e o beneficiamento de minerais críticos como lítio, cobre e níquel, fortalecendo ainda mais a posição do Brasil no mercado global. Com um futuro que promete um crescimento sustentável e uma participação cada vez maior na transição energética, a mineração de lítio no Brasil está preparada para desempenhar um papel fundamental na economia mundial. E, como sempre, com um olho no presente e outro no futuro, o Brasil segue firme na corrida do lítio.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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