mas o prazo foi prorrogado e agora tem mais tempo para quitar a dívida com o governo, totalizando um montante expressivo de R$ 22,6 bilhões a serem devolvidos ao tesouro nacional. Além disso, a instituição financeira terá que realizar o pagamento completo em uma data posterior ao mês atual, cumprindo assim com suas obrigações.
O ministro Mercadante aguardava a aprovação da revisão do calendário de devolução dos recursos finais pelo TCU na quarta-feira, 22, mas a questão não foi analisada.
“Fomos informados que votarão na quarta-feira seguinte”, respondeu Mercadante sobre o novo prazo, enfatizando que a relação entre o banco e o TCU tem sido “muito colaborativa”. “Eles têm total soberania e autonomia, mas estamos muito confiantes de que teremos uma decisão positiva.”
Mercadante espera que o TCU aprove a revisão no cronograma de devolução dos recursos finais na próxima quarta-feira.
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O chefe do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou na quinta-feira, 23, que o Tribunal de Contas da União (TCU) irá deliberar na próxima quarta-feira, 29, acerca da restituição de R$ 22,6 bilhões de recursos retidos pelo banco para o Tesouro Nacional. O prazo original para o pagamento total termina neste mês, mas o BNDES concordou com o Ministério da Fazenda em adiá-lo, alegando que o ritmo de desembolsos do banco seria comprometido.
BNDES ampliará atuação no mercado financeiro
O ministro da Economia, Mercadante, declarou que a instituição bancária planeja avançar e fornecer consultoria financeira para ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, em inglês). Essa prática é extremamente lucrativa para os bancos de investimento, devido às altas comissões envolvidas, no entanto, tem sido pouco comum. O último IPO na B3 ocorreu em agosto de 2021.
Apesar disso, o BNDES reafirmou sua convicção de que não há conflito de interesses entre sua atuação e a dos agentes privados. “Estamos aumentando a concorrência no mercado de emissão. O BNDES contribui para o desenvolvimento do mercado e para a obtenção de taxas mais competitivas para as empresas”, afirmou Barbosa.
A colaboração também envolve a participação do BNDES no mercado financeiro. Uma parte significativa dessa atuação consiste na organização de emissões de empresas, atividade em que negociou um total de R$ 15,5 bilhões neste ano até o momento, mais que o dobro do valor observado em 2022. No terceiro trimestre, obteve R$ 500 milhões em comissões por esse serviço.
Em junho, o banco adquiriu R$ 1,8 bilhão dos R$ 3,8 bilhões em títulos emitidos pela concessionária de saneamento Iguá Rio, o que contribuiu para viabilizar a oferta em um período de mercado desfavorável. Em agosto, adquiriu R$ 1,9 bilhão dos R$ 5,5 bilhões em papéis de outra empresa do setor, a Águas do Rio. Ao todo, neste ano, registrou R$ 10,9 bilhões em debêntures em seu balanço.
O banco registrou um lucro líquido contábil de R$ 4,9 bilhões no terceiro trimestre, impulsionado por R$ 1,2 bilhão em dividendos provenientes da Petrobras. O lucro recorrente atingiu R$ 2,9 bilhões, representando um aumento de 21,3% em comparação com o ano anterior.
O diretor Financeiro e de Crédito Digital para MPMEs, Alexandre Abreu, destacou a ocorrência de uma combinação incomum de fatores ao longo do ano: o aumento da carteira de crédito e do lucro ao mesmo tempo em que a inadimplência diminuiu para apenas 0,01%. **Esse resultado demonstra um crescimento nos empréstimos, no lucro e uma redução na inadimplência**, afirmou o executivo.
Em uma visão tradicional, o banco de desenvolvimento concederá empréstimos correspondentes a 1,1% do Produto Interno Bruto nos próximos três anos. Considerando a situação principal, a expectativa é de que esse valor atinja 1,4% em 2026 e, no cenário mais positivo, chegue a 2% do PIB no final desse período.
Adiar os pagamentos ao Tesouro pode ser útil, mas o BNDES está confiante de que seu balanço está suficientemente sólido para crescer a médio prazo. O índice de Basileia do banco, que mede a reserva de liquidez, alcançou 34,4% no final de setembro, mais de 20 pontos percentuais acima do mínimo requerido pelo Banco Central e consideravelmente superior aos principais bancos comerciais.
Expansão da Carteira de Crédito do BNDES
Para a instituição financeira de incentivo, ampliar os retornos é fundamental para manter a velocidade de crescimento da carteira de empréstimos, que atingiu em setembro o valor mais alto em mais de quatro anos, alcançando R$ 495,2 bilhões. No terceiro trimestre, o BNDES liberou R$ 34,8 bilhões, um aumento de 18,4% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Planejamento Estratégico
O diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do banco, Nelson Barbosa, afirmou que o BNDES não tem a intenção de ultrapassar o tamanho relativo que possui atualmente, equivalente a 7% do PIB, bem distante dos 16% registrados em 2015. No entanto, a instituição deseja expandir a quantidade de crédito que disponibiliza. “Esperamos encerrar o ano com R$ 119 bilhões em empréstimos liberados”, afirmou. Para o próximo ano, a previsão otimista é atingir a marca de R$ 137 bilhões.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) precisa restituir ao governo os recursos que foram injetados no banco durante o período de 2008 a 2014. A soma total dos aportes atingiu R$ 440,8 bilhões. Desde 2015, o banco já reembolsou um total de R$ 689 bilhões, considerando os juros e a correção. Além disso, se forem contabilizados os dividendos pagos anualmente, a União recebeu um montante total de R$ 798,1 bilhões provenientes do BNDES nos últimos 14 anos.
No mês de outubro, o BNDES sugeriu ao governo a possibilidade de dividir o saldo restante em um período de oito anos, em parcelas anuais. O Ministério da Fazenda concordou com a proposta, porém a implementação desse cronograma ainda está sujeita à aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU).
Ao anunciar os resultados financeiros do terceiro trimestre, na sexta-feira, 17, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reiterou a importância de reavaliar o prazo para a devolução de recursos ao Tesouro Nacional. O banco ainda tem a obrigação de restituir R$ 22,6 bilhões à União e, de acordo com seus executivos, o pagamento integral neste mês, conforme previsto inicialmente, resultaria em uma redução significativa na concessão de crédito.
“Se nós pagarmos R$ 22,6 bilhões agora, isso impacta decisivamente a liquidez. Teríamos de retardar aprovações e parar o desembolso”, afirmou o presidente da instituição, Aloizio Mercadante, durante uma coletiva de imprensa. Ele ressaltou que essa pausa afetaria todos os setores, desde o agronegócio até os governos estaduais.
Fonte: InfoMoney