Apoio ao desenvolvimento: BNDES injeta R$ 150 milhões em capital de giro para fortalecer empresas do Rio Grande do Sul e acelerar a recuperação econômica e social do estado
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a liberação de mais R$ 150 milhões em crédito para capital de giro destinado a quatro empresas do Rio Grande do Sul.
Esta medida faz parte do programa emergencial do BNDES, que já alcançou a marca de R$ 6,8 bilhões em capital de giro distribuído em 2.905 operações nos últimos dois meses.
O objetivo é apoiar empresas gaúchas atingidas por catástrofes naturais, como as enchentes recentes, e auxiliar na retomada das atividades econômicas locais.
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Uma das empresas beneficiadas por essa nova rodada de crédito é o Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, que recebeu R$ 80 milhões. A instituição de saúde passou por um período difícil, ficando inativa por 45 dias entre maio e junho. O hospital, que atende exclusivamente pacientes de convênios e particulares, sofreu com a evacuação completa, necessitando transferir seus pacientes para outras unidades.
Além disso, houve perdas significativas em maquinário e danos à estrutura física. O capital de giro proporcionado pelo BNDES será fundamental para a retomada das operações e a reestruturação da unidade, considerada de média e alta complexidade e uma das mais importantes da capital gaúcha.
Outra empresa que conseguiu aprovação para o crédito foi a Ferramentas Gedore, que solicitou R$ 30 milhões. A fábrica, localizada em São Leopoldo, foi gravemente afetada pelas enchentes, interrompendo as operações de 3 de maio a 25 de junho. Esse período de paralisação acarretou a perda de equipamentos e danos à estrutura da empresa, impactando diretamente a produção. O montante liberado pelo BNDES ajudará a empresa na recuperação e no reestabelecimento do seu ritmo de funcionamento.
A Epavi Vigilância, especializada em segurança patrimonial e gestão de serviços terceirizados, também está entre as empresas contempladas, recebendo R$ 20 milhões em capital de giro. Suas instalações em Canoas foram seriamente danificadas pelas enchentes, o que impossibilitou cerca de 700 funcionários de trabalhar durante o mês de maio. Mesmo assim, a empresa garantiu o pagamento integral dos salários. Com o crédito liberado, a Epavi espera restabelecer suas operações normais e reparar as estruturas físicas danificadas.
A empresa Frumar Frutos do Mar foi outra a receber o apoio financeiro do BNDES, também no valor de R$ 20 milhões. As unidades da empresa, localizadas dentro da Ceasa de Porto Alegre e em São Leopoldo, foram inundadas, afetando severamente a distribuição de pescados para os clientes. A operação em São Leopoldo ficou paralisada por 35 dias, enquanto a de Porto Alegre permaneceu fechada por 45 dias. Com o crédito liberado, a Frumar busca recuperar sua capacidade de distribuição e normalizar o fornecimento de seus produtos.
Mercadante falou sobre a liberação do crédito pelo BNDES
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou a rapidez com que o banco tem atuado no Rio Grande do Sul, priorizando o atendimento às empresas e produtores afetados pelas enchentes. Segundo Mercadante, o BNDES já mobilizou R$ 12,8 bilhões para apoiar empresas do estado atingidas pelas chuvas extremas, beneficiando 445 dos 497 municípios gaúchos em mais de 34 mil operações. O foco tem sido principalmente em pequenas e médias empresas, garantindo que elas tenham os recursos necessários para superar as dificuldades causadas pelas intempéries.
O ministro da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, destacou a importância do BNDES na retomada do crescimento econômico do estado. Segundo ele, os números recentes da economia gaúcha já começam a refletir os efeitos positivos do apoio financeiro do banco, que se consolidou como um parceiro essencial para os empresários locais.
Além dos R$ 6,8 bilhões liberados para capital de giro, o BNDES também aprovou R$ 1,3 bilhão para a compra de máquinas e equipamentos, e outros R$ 206 milhões para investimentos e reconstruções. A suspensão de pagamentos de dívidas já alcançou R$ 3,1 bilhões em 50,4 mil operações, enquanto as garantias somam R$ 2,4 bilhões distribuídas em 2.882 operações.