O assunto em questão, potencial, vantagens e condições de mercado do biogás foram assuntos relatados no primeiro evento do ciclo de webinar
Promovido pela organização da Fenasucro & Agrocana, em parceria com a Dassault Systèmes, o primeiro evento do ciclo de webinar tratou da revolução do biogás na cadeia, do seu potencial, vantagens e condições de mercado.
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O setor de produção de biogás no Brasil, segundo o site Energia que fala com você, até 2019, contava com 524 plantas de usinas em operação produzindo 1,3 bilhão de m³. No entanto, especialistas advertem que o uso do biocombustível é subdimensionado, já que existe um potencial de produção de biogás. O valor, por sua vez, chega a ser de 84,6 bilhões de Nm³/ano, sendo que o setor sucroenergético tem capacidade para gerar o correspondente a 41,4 bilhões Nm³/ano. Já o setor da agroindústria a 37,4 bilhões Nm³/ano.
Contudo, o biocombustível também apresenta condições para ser associado à produção de energia elétrica. A estimativa é de um potencial de produção de 190 mil GWh/ano, equivalente a 20% do consumo nacional. Ou, para ser adotado como substituto para 45 bilhões de litros de diesel, cerca de 35% do consumo brasileiro.
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De acordo com Alessandro Gardemann, presidente da ABiogás (Associação Brasileira de Biogás), “as expectativas são boas. Atualmente, existe a tecnologia para o uso do biogás como combustível em veículos pesados. A Scania e alguns modelos chineses já oferecem essa tecnologia no mercado. Além disso, em vistas do RenovaBio, programa que valorizará a produção com menores emissões de gases de efeito estufa, o biogás contribui para aumentar a nota de eficiência da usina por meio da emissão de um número maior de créditos, os CBios, e aumentar a receita advinda do programa”.
Em relação à revolução do Biogás no setor de bioenergia, Daniel Rossi, CEO da ZEG Energia Renovável diz que “à medida que ocorra a redução do desconhecimento do produto, o biogás pode ser utilizado na produção de energia. Assim, reduzindo em 95% a emissão de C0² em relação ao diesel e de 70% em comparação com o gás natural. Uma das soluções é orientar sobre a produção in loco. A região do centro-oeste, por exemplo, tem uma vocação para ser um grande produtor de gás. Temos um mapeamento com potenciais postos de produção de gás no interior e acredito que estamos próximos a um processo de revolução. Bem como foi a utilização do bagaço de cana para a produção de energia elétrica”.
Ainda, referente à eficiência, os projetos contribuem para o seu aumento nas usinas, principalmente, em relação às paradas de produção. João Vicente R. Ferreira, consultor de processos de negócios sr. Da Dassault Systèmes, “As empresas devem se adaptar a essa nova realidade para serem competitivas. O investimento em tecnologia vem para habilitar essa transformação de forma sustentável. É essencial para a sociedade não depender de uma única fonte e a energia renovável é um diferencial. Em países como a Alemanha, China e Estados Unidos existem várias iniciativas buscando alternativas. A grande vantagem é que no Brasil temos uma capacidade de diversificação única em relação a outros países”.