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Bioenergia – A nova revolução do Biogás no setor, expectativas e relação da eficiência com produção

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 10/06/2020 às 19:31
Biogás, energia, produção
Biogás, energia, produção

O assunto em questão, potencial, vantagens e condições de mercado do biogás foram assuntos relatados no primeiro evento do ciclo de webinar

Promovido pela organização da Fenasucro & Agrocana, em parceria com a Dassault Systèmes, o primeiro evento do ciclo de webinar tratou da revolução do biogás na cadeia, do seu potencial, vantagens e condições de mercado.

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O setor de produção de biogás no Brasil, segundo o site Energia que fala com você, até 2019, contava com 524 plantas de usinas em operação produzindo 1,3 bilhão de m³. No entanto, especialistas advertem que o uso do biocombustível é subdimensionado, já que existe um potencial de produção de biogás. O valor, por sua vez, chega a ser de 84,6 bilhões de Nm³/ano, sendo que o setor sucroenergético tem capacidade para gerar o correspondente a 41,4 bilhões Nm³/ano. Já o setor da agroindústria a 37,4 bilhões Nm³/ano.

Contudo, o biocombustível também apresenta condições para ser associado à produção de energia elétrica. A estimativa é de um potencial de produção de 190 mil GWh/ano, equivalente a 20% do consumo nacional. Ou, para ser adotado como substituto para 45 bilhões de litros de diesel, cerca de 35% do consumo brasileiro.

De acordo com Alessandro Gardemann, presidente da ABiogás (Associação Brasileira de Biogás), “as expectativas são boas. Atualmente, existe a tecnologia para o uso do biogás como combustível em veículos pesados. A Scania e alguns modelos chineses já oferecem essa tecnologia no mercado. Além disso, em vistas do RenovaBio, programa que valorizará a produção com menores emissões de gases de efeito estufa, o biogás contribui para aumentar a nota de eficiência da usina por meio da emissão de um número maior de créditos, os CBios, e aumentar a receita advinda do programa”.

Em relação à revolução do Biogás no setor de bioenergia, Daniel Rossi, CEO da ZEG Energia Renovável diz que “à medida que ocorra a redução do desconhecimento do produto, o biogás pode ser utilizado na produção de energia. Assim, reduzindo em 95% a emissão de C0² em relação ao diesel e de 70% em comparação com o gás natural. Uma das soluções é orientar sobre a produção in loco. A região do centro-oeste, por exemplo, tem uma vocação para ser um grande produtor de gás. Temos um mapeamento com potenciais postos de produção de gás no interior e acredito que estamos próximos a um processo de revolução. Bem como foi a utilização do bagaço de cana para a produção de energia elétrica”.

Ainda, referente à eficiência, os projetos contribuem para o seu aumento nas usinas, principalmente, em relação às paradas de produção. João Vicente R. Ferreira, consultor de processos de negócios sr. Da Dassault Systèmes, “As empresas devem se adaptar a essa nova realidade para serem competitivas. O investimento em tecnologia vem para habilitar essa transformação de forma sustentável. É essencial para a sociedade não depender de uma única fonte e a energia renovável é um diferencial. Em países como a Alemanha, China e Estados Unidos existem várias iniciativas buscando alternativas. A grande vantagem é que no Brasil temos uma capacidade de diversificação única em relação a outros países”.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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