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Bioeletricidade se destaca e ultrapassa térmicas a gás na geração de energia em 2022

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 14/03/2023 às 18:12
Atualizado em 15/03/2023 às 00:47
Bioeletricidade
Bioeletricidade (foto/divulgação)

Conforme relatório divulgados pela Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia, a produção de bioeletricidade para a rede elétrica nacional somou 25,5 mil GWh em 2022, representando 4,3% da geração total de energia. 

Todas as informações sobre o relatório “Bioeletricidade em Números” – com 2022 como ano base – já está disponível no Observatório Cana-de-Açúcar e Bioenergia e mostra como esse tipo de energia vem crescendo no país.

Conheça mais sobre a Bioeletricidade

Excluindo a bioeletricidade produzida para autoconsumo industrial, a matriz energética de 2022 é composta por diversas fontes de biomassa, incluindo subprodutos da cana-de-açúcar, biogás, lixívia, resíduos de madeira, entre outros.  Essa geração de biomassa garantiu a terceira colocação no ranking, com crescimento de 0,5% em relação a 2021. De forma impressionante, superou as termelétricas a gás, cuja produção da rede ofereceu 22.826 GWh em 2022.

Segundo o superintendente de bioeletricidade da Unica, Zilmar Souza, os 25.500 GWh fornecidos pela bioeletricidade à rede em 2022 representam 26% da geração de energia da usina de Itaipu ou 48% da geração de eletricidade do Complexo de Belo Monte em 2022.

“É essencial testemunhar que as fontes de biomassa geram energia para a rede de maneira não intermitente, principalmente após a colheita da cana-de-açúcar na região centro-sul do país. Dessa forma, acaba coincidindo também com o mês de maio/novembro, período em que o setor elétrico brasileiro está no auge da seca e com momentos críticos”, comentou Souza. Em 2022, 82% da eletricidade gerada a partir de biomassa na rede é fornecida exatamente entre maio e novembro.

Segmento responderá por mais de 70% da oferta até 2022

No ano passado, o setor sucroenergético forneceu 18.400 GWh de eletricidade à rede. Apesar da queda de 8,9% na geração de eletricidade em relação a 2021, a bioeletricidade açucareira forneceu 72% da produção total, seguida do licor negro com 20% e do biogás com 4%.

Os 18.400 GWh equivalem a 26% da eletricidade gerada pela Usina de Itaipu, 50% da geração de eletricidade do Complexo de Belo Monte ou 81% de toda a geração termelétrica a gás em 2022, segundo dados da pesquisa. As emissões de CO2 são estimadas em cerca de 4 milhões de toneladas, nível que só pode ser alcançado com o plantio de 27 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos”, finaliza Souza.

Nestes últimos 15 anos (2008-2022), a bioeletricidade reunida de energia açucareira conectada à rede foi de 238.105 GWh. Esta geração é energia suficiente para alimentar o mundo por 4 dias; 31 dias da União Europeia; 16 dias da China; 22 dias dos Estados Unidos; 281 dias do Reino Unido; mais de quatro anos de Portugal; dois anos da Argentina e quase seis meses do Brasil ou um ano no Sudeste.

Portanto, esse é um mercado que ainda precisa de bastante incentivo, mas com grande potencial de crescimento, tanto aqui no Brasil como em outros países do mundo, onde cada vez mais o uso de energias sustentáveis vem sendo inseridas no dia a dia da população, contribuindo com o meio ambiente.

Como ele é produzido e gera bioeletricidade e biometano?

via Raízen

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 2.300 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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