Após prever a COVID-19 anos antes, bilionário afirma que há uma chance de até 27,5% de uma nova pandemia nos próximos 10 anos e alerta: “Não aprendemos nada com 2020!”
Bill Gates, um dos maiores visionários do mundo da tecnologia, já provou que suas previsões devem ser levadas a sério. Em 2015, ele alertou sobre o risco de uma pandemia global e, poucos anos depois, a COVID-19 paralisou o planeta. Agora, o bilionário voltou a soar o alarme: há uma probabilidade de 10 a 15% de uma nova epidemia até 2030, e o mundo continua despreparado para enfrentá-la.
Se há algo que a história nos ensina é que desconsiderar os avisos pode ter consequências graves. Segundo Gates, a pandemia da COVID-19 deveria ter servido de aprendizado, mas governos e instituições parecem ter ignorado essa oportunidade. Ele alerta que, sem um plano sólido, poderemos repetir os mesmos erros—com um custo ainda maior.
O alerta do bilionário sobre novas pandemias
A preocupação de Bill Gates não é baseada em suposições vagas, mas sim em dados concretos. Durante uma entrevista ao The Wall Street Journal, ele destacou que o risco de uma nova pandemia é real e iminente. Modelos de risco da empresa Airfinity, por exemplo, indicam uma chance de 27,5% de que o mundo enfrente outro surto de magnitude global nos próximos dez anos.
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Diante dessa previsão alarmante, surge a pergunta: o que estamos fazendo para evitar que isso aconteça? A resposta de Gates é clara e preocupante: nada ou quase nada.
“Não estamos nem um pouco preparados”
Ao ser questionado sobre os avanços na preparação para novas pandemiias, o bilionário foi categórico: “Não estamos nem um pouco preparados”. Para ele, os erros cometidos durante a pandemia de COVID-19 continuam sendo repetidos, e o mundo não está se movimentando com a rapidez necessária.
Gates defende que, em vez de ficarmos apenas reagindo às crises, deveríamos ter um plano de ação global eficiente. No entanto, ele lamenta que essa iniciativa não esteja sendo levada a sério por líderes mundiais. Segundo ele, apesar do impacto devastador da última pandemia, não há consenso sobre quais ferramentas precisam ser aprimoradas ou desenvolvidas para evitar um desastre semelhante no futuro.
O que tira o sono de Bill Gates?
Se tem algo que tira o sono do bilionário, é a inércia da humanidade diante de uma ameaça tão grave. Ele argumenta que, com tantos avanços tecnológicos e investimentos trilionários na última crise, era esperado que o mundo estivesse mais preparado. Mas, na realidade, os mesmos desafios permanecem.
Segundo ele, a chave para evitar uma nova pandemia está no investimento contínuo em pesquisa científica, na criação de mecanismos de resposta rápida e na colaboração internacional. No entanto, esses pontos continuam sendo deixados de lado em nome de outras prioridades políticas e econômicas.
A pandemia foi um aviso ignorado
Para Gates, a pandemia de COVID-19 foi um alerta que deveria ter servido para fortalecer os sistemas de saúde, aprimorar a vigilância epidemiológica e garantir um financiamento adequado para pesquisas. No entanto, o que se vê é o oposto.
Um dos pontos mais preocupantes mencionados pelo bilionário é o corte de financiamento em projetos de pesquisa, especialmente nos Estados Unidos. Ele critica o ex-presidente Donald Trump por seus planos de reduzir investimentos em estudos sobre doenças mortais, como o HIV, e o desenvolvimento de novas vacinas.
Na visão de Gates, tais cortes podem custar milhões de vidas no futuro. Ele destaca que os Estados Unidos desempenham um papel fundamental no fornecimento de medicamentos para milhões de pessoas ao redor do mundo, e qualquer interrupção nesses programas pode ser catastrófica.