O cenário das apostas esportivas e jogos online no Brasil, as bets, está demonstrando um poder de arrecadação impressionante.
As bets geram quase R$ 4 bi em seis meses em tributos para o governo, um feito que não apenas supera as expectativas, mas também impulsiona o governo a considerar um aumento na tributação.
Com o mercado regulado, o setor mostra um dinamismo fiscal notável, superando segmentos tradicionais da economia e abrindo um novo capítulo na arrecadação federal.
Bets geram quase R$ 4 bi em seis meses: o boom da arrecadação fiscal
Os números são contundentes e revelam a força econômica do setor de apostas online no Brasil.
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A arrecadação com a tributação das casas de apostas no Brasil já acumulou R$ 3,8 bilhões para o governo nos seis primeiros meses do ano.
Este montante é um salto espetacular em relação ao ano anterior, representando uma alta de 28.017% em relação a 2024, segundo dados oficiais da Receita Federal.
Tal crescimento vertiginoso não só valida a regulamentação do mercado de apostas, mas também o posiciona como um novo e robusto pilar para as finanças públicas.
Esse desempenho extraordinário sublinha como a legalização e a estrutura fiscal aplicada ao setor estão começando a colher frutos.
Antes da regulamentação, grande parte desses valores circulava em uma zona cinzenta, sem trazer benefícios diretos para o Estado.
Agora, o fluxo financeiro gerado pelas apostas está sendo canalizado para os cofres públicos, com potencial de impactar áreas diversas da administração.
Mercado regulado: setor de apostas supera gigantes da economia tradicional
O impacto da regulamentação vai além dos números brutos.
Com o mercado regulado, o desempenho do setor com tributos superou o de segmentos tradicionais da economia brasileira.
Para se ter uma ideia da dimensão, a arrecadação gerada pelas bets nos primeiros seis meses de 2025 superou o montante de tributos de setores consolidados como educação, comércio varejista e fabricação de máquinas e equipamentos.
Essa comparação evidencia o potencial latente das apostas online como uma nova fonte de receita para o país.
A capacidade de um setor relativamente novo, mas em rápida expansão, de gerar volumes de impostos superiores a indústrias com décadas de história e forte presença nacional demonstra a velocidade com que o mercado de apostas esportivas e jogos online tem se consolidado e contribuído para a economia formal.
Governo mira arrecadação maior: aumento da alíquota no horizonte
Diante de um cenário de arrecadação tão promissor, o apetite fiscal do governo não se fez esperar.
A Receita Federal e as instâncias governamentais já observam com atenção o desempenho do setor, e o governo planeja elevar a alíquota cobrada das empresas.
A ideia é que, com um mercado já estabelecido e em crescimento, haja margem para aumentar a participação do Estado nos lucros das plataformas.
Atualmente, o modelo de tributação em vigor é de 12% de imposto sobre a receita bruta das plataformas, subtraídos os prêmios pagos aos apostadores.
Essa base de cálculo visa taxar a margem de lucro real das operadoras.
No entanto, a alta nos valores arrecadados nos primeiros seis meses de 2025 sugere que mesmo com a alíquota atual, o volume de transações é gigantesco.
A discussão sobre o aumento da alíquota visa maximizar o potencial de arrecadação, canalizando ainda mais recursos para investimentos públicos em diversas áreas.
O futuro da tributação das Bets no Brasil
A evolução da arrecadação com as bets marca um momento importante para a economia brasileira.
A regulamentação do mercado de apostas não apenas trouxe mais segurança e transparência para os apostadores, mas também se revelou uma fonte de receita significativa para o governo.
O desafio agora é encontrar um ponto de equilíbrio na alíquota de tributação: garantir que a arrecadação aumente sem, contudo, inviabilizar o desenvolvimento do próprio mercado ou afugentar investimentos.
Os próximos meses serão cruciais para acompanhar as discussões sobre o possível aumento da alíquota e como essa medida impactará o setor.
O fato é que as bets geram quase R$ 4 bi em seis meses em tributos para o governo, e essa nova realidade fiscal chegou para ficar, redefinindo parte da paisagem econômica do Brasil.