Primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu apresenta imagens CGI de Gaza reconstruída com arranha-céus futuristas, ferrovias e plataformas de petróleo.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu surpreendeu o mundo ao divulgar imagens CGI mostrando Gaza transformada em um assentamento urbano e rural futurista. A proposta ambiciosa, apelidada de “Gaza 2035”, pretende reconstruir a região com arranha-céus modernos, ferrovias e uma economia baseada em livre comércio.
No entanto, o projeto não contempla o retorno da população palestina deslocada, o que gerou duras críticas de líderes internacionais. A ideia foi apresentada logo após Donald Trump revelar sua visão para transformar a Faixa de Gaza na “Riviera do Oriente Médio”, um conceito que, para muitos, ignora as complexidades políticas e sociais da região.
A proposta de reconstrução de Gaza por Benjamin Netanyahu
Os planos de Benjamin Netanyahu para reconstruir Gaza foram apresentados ao lado de imagens detalhadas de como a região poderia se tornar uma cidade moderna e economicamente vibrante. No entanto, o anúncio veio acompanhado de uma proposta polêmica: os palestinos deslocados não retornariam ao território e seriam reassentados em outro local.
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Essa ideia se alinha com os planos anteriormente revelados por Donald Trump, que afirmou que Gaza seria entregue aos Estados Unidos no final do conflito, enquanto os palestinos receberiam novas moradias “seguras e modernas” em outra parte da região.
Essa visão foi recebida com forte oposição de países árabes e grupos humanitários, que consideram a proposta um plano de deslocamento forçado e uma tentativa de remodelar a região sem a participação da população palestina.
O projeto ‘Gaza 2035’ e sua ambição futurista
A proposta batizada de “Gaza 2035” pretende transformar a devastada Faixa de Gaza em um centro de desenvolvimento econômico e inovação. As imagens divulgadas mostram um cenário futurista, com:
- Arranha-céus modernos dominando a paisagem
- Ferrovia de 211 quilômetros conectando Gaza à cidade futurista NEOM, na Arábia Saudita
- Plataformas de petróleo offshore e campos de energia solar, tornando a região um polo de energia renovável
A ambição do projeto é imensa, e a comparação com Dubai e Cingapura é inevitável. No entanto, os críticos apontam que essa utopia urbana não inclui os palestinos que historicamente viveram ali, tornando-se um projeto com fortes implicações políticas e humanitárias.
Fases do plano e a criação de uma ‘zona segura’
Para que a reconstrução de Gaza aconteça, o plano prevê uma série de etapas estratégicas, começando pela eliminação do Hamas e pela criação de um ambiente seguro para investimentos e desenvolvimento.
Fase 1 (12 meses): Israel garantiria que a região estivesse livre do Hamas, estabelecendo uma zona de segurança do Norte ao Sul da Faixa de Gaza. Durante esse período, a ajuda humanitária seria supervisionada por países como Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes Unidos.
Fase 2 (5 a 10 anos): Seria criada a Autoridade de Reabilitação de Gaza, um órgão internacional responsável pela reconstrução da infraestrutura e gestão financeira da Faixa. Um “Plano Marshall”, semelhante ao que reconstruiu a Europa após a Segunda Guerra Mundial, seria implementado para atrair investimentos.
Fase 3: A governança de Gaza seria finalmente entregue a um governo palestino autônomo, sob a condição de que os líderes aceitassem os Acordos de Abraão e firmassem relações diplomáticas com Israel.