O preço e o tempo de recarga dos carros elétricos não serão mais um problema para a Nissan
A Nissan está disposta a resolver os dois grandes problemas dos carros elétricos, que impedem muitas pessoas de adquiri-los. Nos próximos anos, a montadora planeja encarar os obstáculos de preço e tempo de recarga com o seu protótipo 50% mais barato, que carrega em até 7 minutos. Essa aposta surpreendente da marca japonesa conta com baterias de estado sólido.
Baterias de estado sólido e densidade energética das células
Durante uma entrevista para a revista britânica Autocar, o vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento da Nissan afirmou que as baterias de estado sólido carregam três vezes mais rápido, chegando a 400 kW. Sendo assim, um carro elétrico com 50 kW de capacidade de bateria pode ser carregado em apenas sete minutos e meio.
As baterias de estado sólido utilizam eletrólitos (minerais que carregam uma carga elétrica) sólidos no lugar dos eletrólitos líquidos das baterias de íon-lítio. Assim, elas permitem uma maior densidade energética, o que garante o uso de menos matéria prima para que a mesma autonomia seja alcançada.
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De acordo com o AutoEsporte, a Nissan está buscando formas de dobrar a densidade energética das células, para que na fase de produção as células tenham o mesmo tamanho de um notebook. Para completar, a montadora japonesa também tenta reduzir o custo do carro elétrico em 50%, a fim de torná-lo acessível a um maior número de pessoas.
Previsões para a chegada do novo carro elétrico no mercado
O primeiro modelo comercial com esse tipo de tecnologia da Nissan está previsto para chegar ao mercado em 2028. Entretanto, os testes e experimentos com o novo carro elétrico já devem começar em 2025, e o trabalho de engenharia está previsto para acabar em 2026.
O grande desafio para a utilização da tecnologia das baterias de estado sólido pela montadora está associado aos custos, à sensibilidade à pressão e à temperatura e aos detritos de lítio, que podem superaquecer a bateria e causar incêndios.
Para finalizar, o vice-presidente garantiu a presença das atuais baterias, que terão uma nova geração em 2025 e versões em cobalto em 2028. Enquanto isso, os motores a combustão continuarão relevantes, especialmente em países como o Brasil, mas não serão atualizados para atender a norma de emissões Euro7.