A Aneel afirma que as baterias devem ter uma maior presença no mercado elétrico no próximo ano, fomentando o uso de energia solar e energia eólica. A entidade já se prepara para a realização dos regulamentos
As baterias devem chegar com uma força maior no mercado nacional, fomentando o uso de energia solar e energia eólica a partir do próximo ano, na visão do presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Papitone, que regula o setor elétrico. De acordo com o presidente, na última segunda-feira (29), durante um evento realizado pela Huawei, empresa chinesa de tecnologia, este será o ano das baterias, e a Aneel trabalhará para a construção da regulação necessária. No Reino Unido, já acredita-se que as baterias podem tomar o lugar do petróleo.
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Baterias são essenciais para fomentar a energia solar e a energia eólica
Segundo o dirigente, o armazenamento de energia é uma parte importante para a expansão das fontes de energia renovável, como a energia solar e a energia eólica.
O diretor da Aneel ressalta que o Plano Nacional de Energia, que é uma estratégia que aponta as prioridades do Brasil em relação aos investimentos no setor elétrico, projeta um aumento da participação destas fontes limpas na matriz energética para cerca de um terço do total.
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As baterias exercem o cargo de regular a carga no sistema, tendo em vista que a energia eólica e a energia solar são intermitentes. O diretor da Aneel também ressaltou a precisão de desenvolver a regulação da chamada geração distribuída, um modelo que é muito utilizado pelo segmento de energia solar, onde a geração de eletricidade ocorre de forma descentralizada em pequenos sistemas como, no caso, dos painéis de energia solar instalados em telhados de casas e prédios.
Aneel comenta sobre a geração distribuída na energia solar
Há uma questão tributária que impossibilita a venda de energia por pessoas físicas. Atualmente, os sistemas de geração distribuída, que são utilizados na energia solar conectados à rede elétrica, ganham créditos que podem ser descontados na tarifa energética que não recebem ICMS.
Sendo assim, não é possível vender energia gerada por painéis de energia solar residenciais, por exemplo. Para o diretor da Aneel, as mudanças que o setor elétrico passa, fará com que os consumidores de eletricidade se tornem gestores, mudando a relação com as distribuidoras.
Novas tecnologias de geração, como a energia eólica e a solar, aliadas a sistemas de inteligência artificial e de dados, tornarão possível o surgimento de modelos de contratação de energia e de tarifas diferenciados.
Aneel aprova projeto de energia em baterias de larga escala
No último mês, a entidade aprovou o primeiro projeto de armazenamento de eletricidade em baterias de larga escala do sistema nacional. O projeto tem previsão para ser construído na subestação Registro, em São Paulo, que é responsável por abastecer energia para o litoral sul paulista.
Vale ressaltar que a Receita Anual Permitida, por conta da instalação do empreendimento, será de R$ 27 milhões, de acordo com a Isa Cteep. Serão instaladas baterias de lítio em uma área de aproximadamente 4 mil m², com uma potência instalada de 30 MW e o equivalente cerca de 30 contêineres, o que garante o atendimento da demanda máxima do Litoral Sul, que é cerca de 400 MW, beneficiando no mínimo 2 milhões de pessoas