Recursos do Novo Banco de Desenvolvimento serão destinados a projetos do Novo PAC para transportes e logística em três grandes regiões do país.
O Governo Federal fortaleceu sua parceria com o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco do BRICS. Uma reunião em Xangai debateu um financiamento de US$ 500 milhões, ou R$ 2,7 bilhões. O valor visa impulsionar projetos de infraestrutura do Novo PAC. O encontro contou com a presença do ministro Waldez Góes e da presidente do banco, Dilma Rousseff.
Encontro em Xangai fortalece cooperação para desenvolvimento regional
O Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, reuniu-se com Dilma Rousseff, presidente do Banco do BRICS. A reunião ocorreu nesta quinta-feira (14), em Xangai, na China. O objetivo foi pactuar novas linhas de financiamento.
Durante o encontro, foi apresentada uma carteira de projetos. Eles serão financiados pelo empréstimo bilionário. Waldez Góes afirmou que a parceria é sólida e trará impacto concreto. “Acreditamos que esses projetos respondem a desafios estruturais”, declarou o ministro. Ele também reforçou a disposição para o diálogo técnico.
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Projetos priorizam logística, transporte e transição energética
A presidente do Banco do BRICS, Dilma Rousseff, ressaltou a prioridade de alguns temas. Projetos ligados ao plano de transformação ecológica e à transição energética são o foco. A meta é levar infraestrutura para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
“Estamos discutindo, fundamentalmente, como levar infraestrutura logística, portos, terminais e rodovias”, afirmou Dilma. Ela destacou a importância de uma transição energética justa. Isso inclui o uso de biocombustíveis e o desenvolvimento de cidades inteligentes.
Recursos do Novo PAC e a seleção de iniciativas estratégicas
A carteira de projetos foi elaborada com cuidado. Eduardo Tavares, secretário Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros, explicou o processo. Houve um mapeamento conjunto com a Secretaria Especial do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em parceria com a Casa Civil.
Foram identificadas iniciativas com foco em logística, transporte e sustentabilidade, com um enfoque especial para a Amazônia. Entre os projetos estão concessões rodoviárias e terminais ferroviários, como os da Transnordestina, Fico e Fiol. Hidrovias e portos também fazem parte da lista.
Captação de recursos e alinhamento com a agenda da COP 30
Este financiamento com o Banco do BRICS faz parte de uma estratégia maior. A Secretaria Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros já negocia um total de US$ 1,833 bilhão. A captação envolve outros quatro organismos multilaterais.
Segundo o secretário Eduardo Tavares, a meta é acelerar a seleção dos projetos. A expectativa é que novas linhas de financiamento sejam anunciadas no segundo semestre de 2025. O cronograma está alinhado com a agenda da COP 30, que ocorrerá no Brasil. A iniciativa também fortalece as relações bilaterais com a China.