Banco do Brasil fechou 2024 com lucro bilionário, mas a inadimplência no agronegócio acendeu um alerta vermelho! Com centenas de produtores entrando em recuperação judicial, o impacto nas projeções para 2025 pode ser significativo.
O setor agropecuário brasileiro, historicamente um dos pilares da economia nacional, vem enfrentando desafios que têm repercutido diretamente no mercado financeiro.
O Banco do Brasil (BBAS3) divulgou seu balanço de 2024, revelando um crescimento expressivo nos lucros, mas também um aumento preocupante na inadimplência do setor agro.
A situação tem acendido alertas entre investidores e especialistas, que observam de perto os desdobramentos desse cenário.
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O banco reportou um lucro líquido ajustado de R$ 37,9 bilhões em 2024, um crescimento de 6,6% em comparação com o ano anterior.
Esse desempenho garantiu um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 21,4%.
No último trimestre do ano, o lucro foi de R$ 9,6 bilhões, representando uma alta de 0,7% em relação ao terceiro trimestre e de 1,5% frente ao mesmo período de 2023.
Crédito e inadimplência no agronegócio
A carteira de crédito ampliada do banco, que inclui títulos e garantias, atingiu R$ 1,278 trilhão, um aumento de 15,3% em relação ao último trimestre de 2023 e de 6,1% na comparação com setembro de 2024.
No entanto, esse avanço não foi uniforme entre os segmentos atendidos. O agronegócio se destacou negativamente, com um crescimento preocupante na inadimplência.
O indicador de atrasos acima de 90 dias subiu para 3,32%, fortemente influenciado pelo setor agropecuário.
Segundo Geovanne Tobias, CFO do Banco do Brasil, cerca de 20% desse aumento é consequência do crescimento dos pedidos de recuperação judicial por produtores rurais e empresas do agronegócio.
Em 2024, aproximadamente 250 produtores e empresas agropecuárias entraram com pedidos de recuperação judicial, refletindo dificuldades financeiras que afetam não apenas os empresários rurais, mas também as instituições que concedem crédito ao setor.
Mesmo assim, o saldo total de financiamentos para o agro cresceu 2,9% no trimestre e 11,9% no ano, alcançando R$ 397,7 bilhões.
Crescimento em outras frentes
Enquanto o setor agropecuário enfrenta dificuldades, outras áreas do Banco do Brasil apresentaram crescimento sólido.
A carteira de crédito para pessoas físicas avançou 2,4% no trimestre e 7,3% no ano, somando R$ 336,0 bilhões.
O destaque ficou para o crédito consignado, que cresceu 1,1% no trimestre e 9,8% no ano.
Tobias destacou que o banco espera um desempenho ainda mais forte nessa modalidade em 2025, impulsionado pelo aumento do consignado para trabalhadores do setor privado.
As operações voltadas para empresas também registraram avanços expressivos. A carteira empresarial cresceu 9,4% no trimestre e 18,0% no ano, totalizando R$ 461,1 bilhões.
Entre as modalidades que se destacaram estão as operações de recebíveis, com avanço de 36% no trimestre, e as linhas de financiamento para investimentos, que cresceram 25,9% em 12 meses.
O banco também expandiu suas operações de crédito sustentável, que atingiram R$ 386,7 bilhões em dezembro de 2024, um crescimento de 12,7% em um ano.
Desse total, 28,7% estão ligados a boas práticas socioambientais, com destaque para investimentos que somaram R$ 49,6 bilhões.
Monitoramento do agronegócio
Apesar do crescimento nas carteiras de crédito e dos bons números em outras frentes, o aumento da inadimplência no setor agropecuário tem chamado a atenção da diretoria do banco.
A região Centro-Oeste, epicentro da produção agropecuária nacional, apresentou um crescimento acentuado nos atrasos de pagamento.
Para mitigar esses riscos, o Banco do Brasil adotou estratégias específicas de monitoramento e renegociação de dívidas.
“Implementamos ações específicas para normalizar essa situação e garantir a sustentabilidade da nossa carteira agro“, afirmou Tobias.
Além disso, a instituição pretende ser mais criteriosa na concessão de novos financiamentos ao setor.
Perspectivas para 2025
Para 2025, o Banco do Brasil projeta um crescimento mais moderado da carteira de crédito, adotando critérios mais rígidos na seleção de perfis para concessão de empréstimos ao agronegócio.
O banco também aposta no avanço das linhas de crédito sustentável e na ampliação do crédito consignado como formas de compensar eventuais impactos negativos no setor agropecuário.
O cenário para o agronegócio ainda é incerto, mas especialistas ressaltam que as políticas adotadas pelo Banco do Brasil podem ajudar a estabilizar a carteira de crédito e reduzir os riscos associados ao segmento.
A expectativa é que 2025 seja um ano de ajustes e maior cautela na concessão de financiamentos.
Pois eu pensava que o banco repassava recursos federais para os produtores.
Matéria RASA e TENDENCIOSA.
Quer dizer que o agronegócio, responsável pelo CRESCIMENTO do país e DESENVOLVIMENTO de regiões inteiras, é AGORA o responsável pelo prejuízo do bancão estatal?
A matéria inexplicavelmente esqueceu de mencionar que os desastres climáticos (enchentes no RS, seca e incêndios no Norte e Centro-Oeste) fizeram muitos produtores perder TUDO, não sendo ajudados pelo governo, que quebrou mais uma promessa. Vão pagar como?
A matéria também esqueceu do ROMBO da Previ, que impacta no resultado do banco e as inúmeras FRAUDES, de que o banco é vítima, exatamente quando é gerido pela esquerda.
Este Click Petróleo e Gás está decepcionando em algumas matérias…