Com capacidade para até 174 passageiros e entrega prometida já em 2025, o avião da China C919 promete revolucionar o mercado aéreo brasileiro, desafiando o duopólio de Airbus e Boeing e trazendo inovação com rapidez e eficiência.
A Total Linhas Aéreas acaba de fechar um contrato com a Comac para operar o avião da China C919, o mais novo concorrente dos gigantes Airbus e Boeing. Será que o Brasil está preparado para essa inovação?
O C919, produzido pela Comac (Commercial Aircraft Corporation of China), é uma aeronave de corredor único e fuselagem estreita, projetada para competir com modelos como o Airbus A320 e o Boeing 737. Ele tem capacidade para até 174 passageiros e já acumulou mais de 10 mil horas de voo desde sua entrada em operação em 2023.
Ficha técnica do avião da China e capacidade operacional e concorrência com Airbus e Boeing
Com alcance de até 5.555 km e velocidade de cruzeiro de 834 km/h, o C919 combina eficiência com tecnologia de ponta. Seu design prioriza economia de combustível e conforto, características que o tornam uma escolha promissora para companhias aéreas que buscam modernizar suas frotas.
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Embora o mercado seja dominado por fabricantes ocidentais, o C919 surge como uma alternativa viável, especialmente em tempos de gargalos de produção na Airbus e Boeing. O modelo chinês promete encurtar prazos de entrega, algo essencial para empresas com planos de expansão agressivos.
Por que escolher o C919?
De acordo com Paulo Almada, sócio-controlador da Total, a decisão foi motivada pela disponibilidade imediata do avião chinês. Enquanto Airbus e Boeing oferecem prazos de entrega que chegam a ultrapassar cinco anos, a Comac prometeu fornecer uma unidade do C919 já em 2025.
Além de voos fretados, a Total planeja retomar operações regulares, aproveitando o momento de baixa concorrência e alta demanda por aeronaves. A aquisição do C919 é vista como um passo estratégico para consolidar a presença da empresa no mercado brasileiro.
O papel da Anac no processo
Antes de o C919 levantar voo no Brasil, ele precisará ser homologado pela Anac. Esse é um processo rigoroso, mas a Total acredita que o trâmite será ágil devido aos benefícios mútuos entre Brasil e China no setor aeronáutico.
A parceria com a Comac também reflete o fortalecimento dos laços comerciais entre os dois países. Segundo Almada, a fabricante chinesa está disposta a “furar a fila” para atender o mercado brasileiro, o que demonstra o interesse da China em expandir sua influência global no setor.
Modalidade ACMI: Aposta inovadora
A Total planeja usar o C919 na modalidade ACMI, em que a aeronave é alugada a outras empresas juntamente com tripulação, manutenção e seguro. Essa prática é comum na Europa e ajuda as companhias aéreas a atenderem picos de demanda sem adquirir novos aviões.
Com a flexibilidade do modelo ACMI, a Total pode explorar o potencial do C919 sem depender exclusivamente de rotas regulares. A ideia é oferecer o avião como solução temporária para grandes companhias, enquanto a Total se consolida como referência nesse modelo de negócios.
O impacto do C919 no setor aéreo brasileiro
A chegada do C919 pode inaugurar uma nova era para a aviação brasileira. Com preços competitivos e entrega rápida, ele tem potencial para quebrar o domínio de Airbus e Boeing, diversificando as opções de aeronaves disponíveis no mercado.
Empresas menores, como a Total, ganham uma oportunidade única de modernizar suas frotas sem enfrentar os desafios logísticos e financeiros impostos pelas fabricantes tradicionais. Isso pode criar um efeito cascata, estimulando a concorrência e melhorando os serviços para os passageiros.
O avião da China C919 representa mais do que uma alternativa tecnológica para o mercado aéreo brasileiro. Ele simboliza uma mudança de paradigma, desafiando gigantes da indústria e abrindo novas possibilidades para empresas locais. Será que estamos à beira de uma revolução nos céus do Brasil? O futuro dirá, mas, com a Total na liderança, os ventos da mudança já começaram a soprar.
Boa, mas só acredito vendo… O C919 já esta homologado no Brasil???
A matéria ficou devendo comentários sobre como fica esse mercado com a participação da Embraer neste cenário.
A china não é vista com bons olhos referente à qualidade de seus produtos. Será que esse tipo de produto trará credibilidade para ter passageiros ?
Eu mesmo tenho minhas reservas.