A Marinha do Brasil dá um salto estratégico com a construção do SCPN, seu submarino nuclear capaz de deslocar 6 mil toneladas e atingir profundidades de até 350 metros.
Marcando um passo significativo para o fortalecimento da defesa nacional, a Marinha do Brasil deu início à construção do Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN). A emblemática cerimônia do Corte da Primeira Chapa aconteceu no Complexo Naval de Itaguaí, consolidando um momento histórico para a evolução naval brasileira.
Projeto do submarino nuclear está gerando milhares de empregos
O evento, organizado pela Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha do Brasil, foi presidido pelo Almirante de Esquadra Petronio Augusto Siqueira de Aguiar. A cerimônia contou com a presença de autoridades civis e militares, assim como representantes da área nuclear, acadêmica e empresarial.
Durante o evento, o Contra-Almirante (EN) Marcio Ximenes Virgínio da Silva esclareceu a importância da Seção de Qualificação, destacando que, apesar de não fazer parte do submarino final, é essencial para a homologação do processo construtivo. Esta seção permitirá avaliar a capacidade do país, único no hemisfério sul, de construir um submarino nuclear.
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Representação de uma das iniciativas estratégicas mais ambiciosas da Marinha do Brasil
O SCPN é o pilar do Programa de Desenvolvimento de Submarinos e representa uma das iniciativas estratégicas mais ambiciosas da Marinha do Brasil. O programa não apenas capacita o país a projetar e construir submarinos avançados, entretanto também promove a transferência de tecnologia, a nacionalização de equipamentos e a capacitação de pessoal.
Atualmente, o projeto emprega cerca de 1.500 trabalhadores, com potencial para gerar até 24 mil empregos diretos e 40 mil indiretos no futuro. O presidente da Itaguaí Construções Navais (ICN), Renaud Poyet, expressou seu orgulho em fazer parte desse projeto monumental.
O executivo enfatizou que o país está elevando sua tecnologia naval ao nível de potências globais como a França, China, Estados Unidos, Inglaterra e Rússia. Com a Marinha do Brasil no comando deste submarino nuclear, o Brasil estará bem equipado para proteger seu enorme litoral.
Como funciona um submarino nuclear?
Concluindo a cerimônia, o Almirante Petrônio destacou o salto tecnológico que o programa representa para o país que está navegando rumo à conquista de um sonho, o Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear.
Este submarino é visto como uma aspiração legítima para um país determinado e garantir sua soberania e proteger suas riquezas e seu povo. O projeto do SCPN, que começou a ser desenvolvido em 1979, foi batizado de Álvaro Alberto, em homenagem ao ex-vice-almirante da Marinha do Brasil e cientista brasileiro que faleceu em 1976.
Ele foi professor de química e explosivos da Escola Naval e defendia que o desenvolvimento científico e tecnológico estava intimamente ligado com a prosperidade do Brasil.
O submarino nuclear gera energia pela quebra de núcleos atômicos e dispensa o oxigênio para a queima do diesel. Isso faz com que o submersível tenha mais autonomia de navegação, visto que não é mais forçado a emergir periodicamente para reabastecer o oxigênio. O projeto indica que o submarino será capaz de manter autonomia por até três meses ininterruptos.
Embarcação pode mergulhar até 350 metros
A embarcação se movimenta mais rápido e cobre uma área maior em relação aos modelos tradicionais. A Marinha do Brasil indica ainda que o submarino nuclear brasileiro será capaz de deslocar 6 mil toneladas, capacidade de mergulhar até 350 metros e poderá chegar aos 26 nós de velocidade.
Nesta primeira etapa da construção do submarino nuclear, ainda em testes, a empresa Itaguaí Construções Navais deve confeccionar um setor de 100 toneladas. Essa construção será essencial para avaliar a competência técnica da empresa para o projeto por engenheiros, técnicos e operários, antes da produção do submarino em si.