Caldeira McDermitt pode conter uma das maiores reservas de lítio do mundo e mudar o jogo geopolítico da energia
Elon Musk e Jeff Bezos estão em rota de colisão por uma das áreas mais cobiçadas do planeta: a Caldeira McDermitt, um supervulcão extinto nos EUA, localizado entre os estados de Oregon e Nevada. Avaliado em mais de US$ 1,5 trilhão (cerca de R$ 8 trilhões), o local abriga uma das maiores reservas conhecidas de carbonato de lítio, mineral essencial para baterias de carros elétricos e dispositivos eletrônicos.
Estudos do Departamento de Energia dos EUA apontam que a região concentra aproximadamente 1,3 milhão de toneladas de lítio, o suficiente para alimentar até 600 milhões de veículos elétricos. Isso coloca a cratera pré-histórica no centro de uma disputa estratégica que vai além do mercado automotivo: envolve tecnologia, independência energética e poder global.
Por que o supervulcão atrai tanto interesse
A Caldeira McDermitt, formada por uma erupção vulcânica há milhões de anos, é hoje uma gigantesca cratera rica em minerais críticos. Atualmente, menos de 1% do lítio consumido pelos Estados Unidos é extraído domesticamente, o que torna essa reserva um trunfo geopolítico para reduzir a dependência externa — sobretudo da China, principal produtora global.
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Diante disso, a exploração da caldeira poderia reposicionar os EUA no mapa da transição energética, garantindo suprimento próprio para a fabricação de baterias em larga escala e acelerando a indústria de veículos elétricos no país.
Elon Musk já se moveu, mas Bezos quer a mesma fatia
De um lado, Elon Musk, CEO da Tesla, já deu início à construção de uma refinaria de lítio nas proximidades, com o objetivo de verticalizar sua cadeia de suprimentos. O plano é que a empresa controle desde a extração até a entrega da bateria pronta para seus carros.
Do outro lado está Jeff Bezos, fundador da Amazon, que também está atuando nos bastidores para entrar no jogo. Seu interesse vai além dos veículos: a Amazon e a Blue Origin, sua empresa aeroespacial, dependem cada vez mais de baterias de alta densidade energética, que também usam lítio em larga escala.
Quais são os obstáculos no caminho da mineração
Apesar do potencial econômico, a disputa encontra entraves relevantes. O maior deles é político: nenhum dos dois empresários tem boa relação com o atual presidente dos EUA, Donald Trump, o que pode dificultar a concessão de licenças federais.
Além disso, há forte resistência ambiental e social. Grupos indígenas vivem na região da Caldeira McDermitt e denunciam que a mineração em larga escala ameaça seus territórios e o equilíbrio ecológico local. ONGs e ambientalistas alertam que a exploração intensiva pode comprometer lençóis freáticos e desencadear desequilíbrios na biodiversidade local.
O que está em jogo na disputa pelo supervulcão extinto
A corrida pelo lítio da Caldeira McDermitt reflete um movimento maior de concentração de poder nas mãos de empresas privadas em torno de minerais estratégicos. A questão não é apenas quem vai lucrar, mas quem vai controlar a base energética do futuro.
Com o mundo acelerando a eletrificação e a demanda por baterias em disparada, possuir uma reserva como essa pode representar autonomia industrial, vantagem comercial e domínio tecnológico nas próximas décadas.
Você acha que o controle de recursos naturais críticos deve ficar nas mãos de empresas privadas? Quem deveria explorar uma reserva com esse valor estratégico? Deixe sua opinião nos comentários — queremos saber o que você pensa sobre essa disputa de gigantes.
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Olá, esse assunto estratégico deve ser alinhado com as condições do planeta pous estamos vivendo sérias consequências desse desastre que nos assola e que atinge a todos nós sem exceção (A GANÂNCIA POR PODER) isso sim deveria encontrar limites e traves para que possamos sair vivos e concientes dessa turbulência global…ativismo e ações concretas em busca de equilíbrio e PAZ…
Sim eu concordo que tem que ser as empresas para explorar e desenvolver fontes de energias limpas porque os governantes de todo mundo são ineficientes Pará tal .