Veredito da ANP, que analisou a operação no Campo de Búzios, reforça o compromisso das empresas, como a Petrobras, com ética da exploração.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) deu um importante passo para o avanço da exploração no pré-sal brasileiro ao liberar a operação do FPSO Almirante Tamandaré, unidade que atuará no campo de Búzios, na Bacia de Santos, cujo consórcio de exploração é liderado pela Petrobras.
Neste acordo, junto à empresa brasileira, estão duas iniciativas chinesas: CNOOC e CNODC, além da Pré-Sal Petróleo (PPSA).
O FPSO Almirante Tamandaré: capacidade e tecnologia
Com uma capacidade impressionante de produção de até 225 mil barris de petróleo por dia e 12 milhões de metros cúbicos de gás, o FPSO Almirante Tamandaré é considerado o maior do Brasil até o momento.
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Fabricado no estaleiro chinês CMHI, o navio chegou ao Brasil em outubro de 2024 e passou por rigorosas inspeções realizadas pela ANP, sendo duas delas feitas no estaleiro de construção e uma no ambiente offshore, onde se encontra atualmente.
A análise também incluiu uma verificação de toda a documentação envolvida na operação.
O Almirante Tamandaré integra a produção no Campo de Búzios junto a outras cinco unidades flutuantes já em operação: os FPSOs P-74, P-75, P-76, P-77 e Almirante Barroso.
A instalação dessa unidade visa aumentar a produção no campo, reforçando a importância da região para a economia e a segurança energética do Brasil.
Compromisso com a sustentabilidade
Além de sua impressionante capacidade de produção, o FPSO Almirante Tamandaré conta com avançadas tecnologias de descarbonização, como um sistema de flare (queima, em tradução livre) fechado e equipamentos de recuperação de calor.
Esses dispositivos têm como objetivo otimizar o consumo de energia, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e contribuir para a sustentabilidade do processo de extração de petróleo.
A configuração, tão inovadora, é uma resposta direta aos desafios ambientais enfrentados pela indústria de petróleo e gás.
Conheça o Campo de Búzios, a maior reserva de águas ultraprofundas do mundo
Com uma produção histórica e crescente, o Campo de Búzios, oficialmente marcado como o maior campo de águas ultraprofundas do mundo, é considerado um dos maiores ativos da Petrobras.
Em abril de 2024, o campo atingiu a incrível marca de 1 bilhão de barris de petróleo equivalente produzidos desde o início de suas operações, em 2018.
Esse número destaca a importância estratégica da região para a produção nacional e internacional de petróleo.
Saiba mais sobre a ANP, órgão que atua na regulação e supervisão do setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis
A ANP é uma autarquia vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME) com a missão de regular, contratar e fiscalizar as atividades relacionadas à indústria de petróleo, gás natural, biocombustíveis e hidrogênio no Brasil.
À ela, cabe regular um vasto conjunto de atividades, que vai desde a exploração de petróleo e gás até a comercialização de combustíveis no mercado, incluindo o refino, transporte, distribuição e revenda.
O órgão também supervisiona a produção de biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel, além de garantir a qualidade dos combustíveis no mercado. A ANP monitora cerca de 137 mil empresas no setor, assegurando que as normas sejam cumpridas de maneira eficiente.
Além disso, a agência é responsável pela realização de licitações para áreas de exploração, cálculo dos royalties de petróleo e gás, e pelo desenvolvimento de projetos de pesquisa e inovação no setor de energia.
Sua função inclui ainda a fiscalização das atividades relacionadas à distribuição de combustíveis, bem como o controle da qualidade e a defesa da concorrência.
Com a missão de atuar “do poço ao posto”, a ANP desempenha papel fundamental na gestão dos recursos naturais do Brasil, garantindo tanto a produção de energia quanto o abastecimento eficiente e seguro de combustíveis ao consumidor final.