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Revelada a nova devastadora arma nuclear testada pela Rússia e considerada uma das mais mortais do mundo, intitulada ‘Satan II’, o modelo possui imensa capacidade de destruição

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 18/10/2024 às 09:47
Revelada a nova devastadora arma nuclear testada pela Rússia, considerada uma das mais mortais do mundo, intitulada 'Satan II', com imensa capacidade de destruição
Foto: DALL-E

Considerada a mais letal do mundo, a nova arma nuclear da Rússia, ‘Satan II’, pode carregar até 16 ogivas nucleares, com poder de devastar múltiplos alvos simultaneamente.

O cenário bélico internacional ganhou um novo destaque com a recente tentativa da Rússia de lançar sua mais poderosa arma nuclear, o RS-28 Sarmat, mais conhecido como “Satan II”. Imagens de satélite, divulgadas em setembro, trouxeram à tona a preocupação global com o arsenal russo, mostrando um teste que aparentemente resultou em falha, mas que, ainda assim, ressaltou as capacidades destrutivas dessa nova arma nuclear da Rússia.

O que é o ‘Satan II’ da Rússia?

O Satan II é um míssil balístico intercontinental que, em termos simples, é um dos maiores e mais letais já construídos. Com impressionantes 35 metros de comprimento, essa nova arma nuclear da Rússia é capaz de carregar até 16 ogivas nucleares, o que lhe confere um poder destrutivo sem precedentes.

O míssil foi criado para substituir o RS-20V Voevoda, uma arma criada ainda nos tempos da Guerra Fria. Apesar de ter sido revelado pela primeira vez em 2014, sua produção e lançamento sofreram vários atrasos. Em outubro de 2023, o presidente russo Vladimir Putin anunciou que o RS-28 estava praticamente pronto para ser implantado em combate, afirmando que faltavam apenas “procedimentos administrativos” para que ele entrasse em operação.

As capacidades destrutivas da nova arma nuclear da Rússia

Uma das maiores preocupações com o ‘Satan II’ da Rússia é o alcance e o poder que ele possui. O míssil tem um alcance estimado de 18.000 km, o que significa que ele pode atingir praticamente qualquer ponto do planeta. Seu poder de destruição é potencializado pela capacidade de transportar até 16 ogivas nucleares, o que faz dele uma arma capaz de causar devastação em múltiplos locais simultaneamente.

Os especialistas militares russos não hesitam em chamar o Satan II de a “arma nuclear mais letal do mundo”. E não é para menos. O impacto de um míssil desses em um cenário de conflito seria devastador não só para o alvo, mas para toda a estabilidade global.

Falhas e sucessos no teste do ‘Satan II’

Apesar das declarações de Putin sobre a prontidão do RS-28, a situação não parece ser tão simples. Um teste recente, realizado na base de Plesetsk, no norte da Rússia, terminou em uma aparente falha. Imagens de satélite mostram uma cratera gigante no local de lançamento, levantando dúvidas sobre a eficácia do míssil. Se confirmado, este seria o quarto teste fracassado da arma, sendo que o único lançamento bem-sucedido do Satan II ocorreu em abril de 2022.

Imagens de satélite revelam cratera gigante no local de lançamento do ‘Satan II’

Essas falhas no desenvolvimento da nova arma nuclear da Rússia levantam questões sobre o estado real do programa de modernização militar russo, que é parte essencial da estratégia de Vladimir Putin. Mesmo com os desafios enfrentados, o presidente russo continua afirmando que o míssil será implantado em breve, sugerindo que a produção em massa está a caminho.

O contexto político e estratégico da nova arma nuclear russa

A criação e possível implantação do ‘Satan II’ da Rússia ocorrem em um momento delicado das relações internacionais, especialmente no que diz respeito à questão nuclear. Putin já afirmou que o RS-28 serve como uma resposta às ações dos Estados Unidos, que, embora tenham assinado o Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares, nunca o ratificaram.

Em novembro de 2023, a Rússia retirou sua própria ratificação do tratado, uma ação que Putin disse ser um reflexo da posição dos Estados Unidos. Esse movimento da Rússia, combinado com o desenvolvimento do Satan II, demonstra uma escalada nas tensões nucleares globais. Com várias potências nucleares ao redor do mundo ainda se recusando a assinar ou ratificar o tratado, fica claro que os testes de armas nucleares continuarão a ocorrer, intensificando o clima de incerteza e preocupação.

O futuro da arma nuclear russa

A introdução do Satan II é vista como um marco na estratégia militar da Rússia. De acordo com Matt Korda, pesquisador do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI), a implantação desse míssil seria “politicamente significativa” para Vladimir Putin, especialmente em um momento em que a Rússia busca reafirmar sua posição como uma das principais potências militares do mundo.

Imagens de satélite também mostram que a Rússia está acelerando os preparativos para a implantação do Satan II em várias bases. O primeiro regimento da 62ª Divisão de Mísseis, no sul da Sibéria, já está em fase avançada de construção, e outros locais de implantação deverão seguir em breve.

O impacto global do ‘Satan II’

A chegada do ‘Satan II’ da Rússia traz implicações profundas para o equilíbrio de poder global. O míssil é uma das armas mais avançadas já desenvolvidas, capaz de mudar drasticamente a dinâmica de qualquer conflito nuclear. Seu poder de fogo imenso e a capacidade de escapar de sistemas de defesa antimísseis tornam essa arma nuclear um componente fundamental na dissuasão russa.

O desenvolvimento do Satan II pode levar outras potências nucleares, como os Estados Unidos e a China, a intensificar seus próprios programas de modernização de armas. Isso pode, por sua vez, desencadear uma nova corrida armamentista, semelhante àquela observada durante a Guerra Fria.

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Débora Araújo

Escrevo sobre energias renováveis, automóveis, ciência e tecnologia, indústria e as principais tendências do mercado de trabalho. Com um olhar atento às evoluções globais e atualizações diárias, dedico-me a compartilhar sempre informações relevantes.

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