Nesta sexta-feira (1º), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que ordenou a movimentação de submarinos nucleares após novas ameaças da Rússia envolvendo o sistema conhecido como “mão morta”, um mecanismo automatizado de retaliação nuclear criado na Guerra Fria.
A escalada diplomática entre os dois países se intensificou nas últimas semanas, com trocas públicas de acusações entre Trump e Dmitri Medvedev, atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia. O confronto verbal ganhou novos contornos com a menção explícita à arma russa considerada apocalíptica.
O sistema “mão morta” foi desenvolvido para garantir uma resposta nuclear russa mesmo em caso de aniquilação de sua liderança política e militar. Segundo especialistas, ele pode ser ativado manual ou automaticamente, a depender da gravidade do ataque recebido.
Trump reagiu à citação da arma com o envio imediato de submarinos nucleares a áreas estratégicas, como medida preventiva. A movimentação é vista como sinal de alerta máximo, uma vez que tais plataformas são peças-chave da tríade nuclear americana, capazes de lançar mísseis intercontinentais com ogivas múltiplas.
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A tensão aumentou desde o dia 28 de julho, quando Trump impôs um prazo de 10 dias para cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia. Ele ameaçou impor novas sanções ao governo russo caso o ultimato não fosse respeitado. A declaração foi interpretada como provocativa por Moscou.
Em resposta, Medvedev declarou nas redes sociais que Trump estava “caminhando em direção à guerra”. O líder americano respondeu chamando o político russo de “fracassado” e alertando sobre as consequências de seus comentários. Dois dias depois, Medvedev voltou à carga com um aviso: Trump deveria “lembrar de quanto a mão morta pode ser perigosa”.
Esse tipo de retórica entre potências nucleares reacende preocupações internacionais sobre uma possível escalada incontrolável. O uso simbólico do termo “mão morta” em declarações públicas indica que o debate já não se limita ao campo diplomático, mas envolve também elementos de dissuasão militar direta.
O sistema russo, oficialmente conhecido como “Perímetro”, permanece em operação segundo especialistas em defesa. Embora raramente mencionado em comunicados oficiais, ele segue sendo um dos pilares da doutrina de retaliação estratégica da Rússia, especialmente em cenários de guerra total.
Conforme divulgado pelo canal O Povo, a recente troca de ameaças teve início com exigências americanas e culminou com referências explícitas a armamentos nucleares de resposta automática. Especialistas alertam que esse tipo de discurso pode alimentar corridas armamentistas e comprometer tratados internacionais de não proliferação.