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Início Áreas-chave da Petrobras estão em disputa. PT, formado pelos aliados de Lula, busca fazer parceria para aumentar o seu alcance e ter mais influência nas decisões da estatal

Áreas-chave da Petrobras estão em disputa. PT, formado pelos aliados de Lula, busca fazer parceria para aumentar o seu alcance e ter mais influência nas decisões da estatal

4 de março de 2023 às 01:33
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O objetivo do conselho do Cade é verificar possíveis impactos e irregularidades da privatização das refinarias e seus contratos com a Petrobras. O órgão verificará se os preços do petróleo cru estão sendo elevados para as instalações privatizadas.
Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

O comando da Petrobras foi assumido por Jean Paul Prates, do PT, e internamente estão acontecendo disputas para saber quem vai dominar sobre as áreas-chave da estatal. Os aliados de Lula buscam apoio nos partidos que detém mais poder de voto e mobilizam parcerias.

De acordo com fontes internas, a Petrobras está passando por um momento de grandes disputas internas visando, principalmente, o controle sobre as áreas-chave da estatal. O PT, partido ao qual Lula, atual Presidente da República, é filiado, estaria buscando traçar estratégias para superar o poder de outros partidos e, assim, ser maioria entre os outros associados.

Intenção é ter o controle das áreas de decisão da estatal sobre questões como preços de venda e distribuição de lucros

Atualmente, o setor de petróleo e gás está gerando grandes discussões devido ao preço de repasse para a população.

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Os altos valores têm dado espaço para manifestações por parte do público e, enquanto isso, a Petrobras, que é uma das grandes estatais do segmento, também enfrenta disputas de forma interna.

Isso se dá por uma movimentação liderada pelo PT, o Partido dos Trabalhadores, ao qual o presidente Lula e o atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, são filiados.

O grupo está buscando dominar as áreas-chave da empresa para ter mais controle sobre áreas importantes, que vão desde os contratos de serviços até a influência nos preços de repasse dos combustíveis e até mesmo a distribuição de lucros aos acionistas.

O partido está fortemente investido em se opor aos partidos de centro-direita, como o PSD e o União Brasil, que também demonstram interesse em expandir seu poder no contexto. À luta, soma-se toda a base sindical, agrupada na CUT e nas organizações de petroleiros.

Em números, os partidos citados — PSD e União Brasil — possuem mais relevância, já que, juntos, resultam em 20% dos votos na Câmara. O percentual é superior ao que é conquistado pela junção entre PT, PCdoB e PV, cujo somatório é igual a 16% dos votos disponíveis no plenário dos deputados.

Embate e busca por poder se estende para o Conselho de Administração. Os nomes foram recomendados e devem ser avaliados em breve, enfrentando resistência dos adversários

O Conselho de Administração da Petrobras começou a receber os nomes para indicação. Ao todo, foram sete recomendações feitas e a votação para fazer a escolha final deve acontecer na segunda quinzena de abril, por uma assembleia geral.

Dos sete indicados, quatro foram sugeridos pelo PSD e União Brasil, algo que vem enfrentando resistência direta da Federação dos Petroleiros. O órgão, vinculado ao PT, considera que todos os nomes citados são “ligados ao bolsonarismo, ao mercado financeiro e à favor de privatizações”, o que, de acordo com eles, resultaria em “obstáculos para o cumprimento do programa de governo”, caso algum dos nomes citados seja escolhido.

Para além da Petrobras, a disputa entre os partidos se estende também para o Ministério das Minas e Energia, comandado por Alexandre Silveira, do PSD.

É válido mencionar que o ministério em questão tem relação direta com a Petrobras, principalmente em relação à taxação das exportações de petróleo cru, um processo que está sendo decidido pelos profissionais envolvidos no segmento, assim como pelo próprio Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O embate e a própria resistência do PT em relação ao poder de outros partidos na Petrobras é algo comum, considerando que deter influência sobre áreas-chave é um objetivo básico. Não significa que os eleitores de Lula, necessariamente, consigam o que querem, já que os outros partidos envolvidos possuem superioridade numérica.

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