A inovação dos cientistas suíços pode acabar com o incômodo barulho do ar condicionado! Veja como esse material revolucionário é capaz de reduzir o ruído a quase zero e transformar a experiência de conforto em qualquer ambiente!
Imagine um mundo onde o constante ruído dos trens, o zumbido incômodo dos compressores e até o som dos aparelhos de ar condicionado fossem reduzidos a níveis quase imperceptíveis.
Esse futuro está mais próximo do que nunca, graças a cientistas suíços que estão desenvolvendo um material revolucionário. Recentemente, uma equipe da ETH Zurich criou um composto inovador que promete transformar a maneira como lidamos com a poluição sonora, reduzindo drasticamente os ruídos em nosso ambiente.
Ruídos e vibrações, além de incômodos, podem danificar equipamentos e até prejudicar nossa saúde. Tradicionalmente, para amenizar esses efeitos, os engenheiros utilizavam materiais de amortecimento como espumas e borrachas. Porém, esses materiais costumam aumentar o volume e o custo das aplicações, limitando sua utilização em larga escala.
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Entretanto, a equipe da ETH Zurich deu um passo além, criando um novo tipo de material que combina rigidez e uma forte capacidade de amortecimento, duas características que raramente coexistem.
O novo material é composto por finas camadas de materiais rígidos, como vidro ou silício, intercaladas por camadas ultrafinas de um polímero semelhante à borracha. Essa combinação única é comparável a um “mil-folhas”, com as camadas rígidas representando a massa e o polímero, o recheio que absorve as vibrações.
O Processo de desenvolvimento e os primeiros resultados – Ar condicionado silencioso
A criação desse material começou com uma série de cálculos realizados pela estudante de doutorado Ioanna Tsimouri. Usando modelos de computador, Tsimouri determinou que as camadas de polímero deveriam representar menos de 1% do volume total do material para obter as propriedades desejadas.
Com base nesses cálculos, a equipe criou diferentes variações do composto em laboratório, utilizando vidro semelhante ao encontrado em smartphones e uma mistura de polímero PDMS para as camadas de amortecimento.
Os resultados dos testes foram impressionantes. Uma placa feita com o novo material, ao ser deixada cair sobre uma mesa, produziu muito menos ruído em comparação com uma placa de vidro comum, além de não saltar. “Quando experimentei a queda pela primeira vez, fiquei impressionada com a diferença. O contraste entre o som ensurdecedor do vidro e o som abafado do nosso material foi marcante”, afirmou Tsimouri.
Aplicações futuras e a produção em larga escala
O potencial do novo material é vasto. Ele pode ser utilizado em uma ampla gama de aplicações, como janelas, gabinetes de máquinas, peças automotivas, tecnologia aeroespacial e até em sensores.
Além disso, ele se destaca por ser resistente a uma ampla faixa de temperaturas, o que o torna adequado para diferentes indústrias e ambientes. Outro ponto positivo é a possibilidade de reciclagem, algo que aumenta ainda mais seu apelo sustentável.
De acordo com o professor Walter Caseri, que também participou do desenvolvimento, a produção industrial desse material em larga escala é viável. Ele explica que painéis de vários metros quadrados poderiam ser fabricados com as máquinas certas.
Embora o controle da espessura das camadas ainda seja um desafio, os resultados obtidos até agora são extremamente promissores.
Com a produção em grande escala, esse material inovador poderá reduzir significativamente a poluição sonora e vibratória em ambientes urbanos e industriais, melhorando a qualidade de vida e a durabilidade de equipamentos.
A inovação desenvolvida pela equipe da ETH Zurich pode estar mais perto do que imaginamos de revolucionar o nosso ambiente sonoro.