Isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil será prioridade no segundo semestre. Proposta pode ser votada nos próximos dias e deve beneficiar cerca de 10 milhões de trabalhadores
A ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais deve ser uma das principais pautas econômicas do segundo semestre no Congresso Nacional. A medida já passou por comissão especial com aprovação unânime e, segundo parlamentares, o ambiente político é favorável para votação em plenário nos próximos dias.
Atualmente, a faixa de isenção contempla trabalhadores com renda de até R$ 3.036. Caso o novo limite seja aprovado, aproximadamente 10 milhões de contribuintes deixarão de pagar o tributo, o que, na prática, pode representar um alívio significativo no orçamento de famílias e aumento do consumo interno.
Como funcionará a mudança
O texto prevê que todo trabalhador com renda bruta mensal de até R$ 5 mil fique livre da cobrança do IR. O impacto direto será um ganho de renda líquida, já que valores que hoje seriam recolhidos ao fisco poderão ser destinados a despesas como alimentação, saúde e educação.
-
Apple é condenada a indenizar brasileiro por tela trincada de MacBook Pro após 3 anos de disputa
-
Nubank está vendo mais clientes atrasarem o pagamento das dívidas no Brasil, especialmente aqueles que ficam mais de 90 dias sem pagar
-
Com meta de 17 milhões de famílias atendidas, gás de cozinha de graça será distribuído em todos os municípios do país até 2025
-
Empresas brasileiras receberam em reais, mas o Brasil amarga o calote de R$ 8 bilhões da Venezuela em obras do BNDES
Para compensar a perda de arrecadação, o projeto cria um imposto de renda mínimo para rendimentos anuais acima de R$ 600 mil. Essa tributação adicional busca equilibrar as contas públicas sem comprometer o ajuste fiscal.
Efeitos econômicos esperados
Especialistas avaliam que a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda pode impulsionar setores do comércio e serviços, já que parte do valor que deixará de ser tributado deve ser revertida em consumo. Além disso, a medida pode contribuir para reduzir a carga tributária sobre a classe média e corrigir parcialmente a defasagem histórica da tabela do IR, acumulada ao longo de anos sem atualização compatível com a inflação.
No entanto, economistas alertam que o impacto fiscal precisa ser monitorado de perto, pois a renúncia de receita será significativa. O êxito da compensação dependerá da efetividade da cobrança sobre as faixas mais altas de renda e de ajustes no orçamento federal.
Trâmite e perspectivas
Com apoio expressivo na comissão especial e clima favorável entre as lideranças partidárias, a expectativa é que a votação ocorra ainda neste mês. Se aprovado pela Câmara, o projeto seguirá para o Senado antes de entrar em vigor.
A medida atende a uma demanda antiga de trabalhadores e entidades de classe, que reivindicam a atualização da tabela como forma de aliviar o peso do imposto sobre quem ganha menos. Caso seja sancionada sem alterações, a nova regra poderá valer já no próximo exercício fiscal.
Você considera justa a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para até R$ 5 mil? Essa mudança pode gerar mais benefícios ou riscos para a economia? Deixe sua opinião nos comentários.