O cenário da inteligência artificial em smartphones está prestes a ganhar um capítulo decisivo. A Apple Inc., que já vinha reforçando sua suíte Apple Intelligence, agora estaria buscando a ajuda da Samsung Electronics para dar um salto competitivo em sua linha de entrada — mirando diretamente os modelos mais acessíveis dos iPhones. Segundo informações publicadas pela SamMobile, a Apple solicitou que a Samsung amplie o fornecimento de módulos de memória LPDDR5X, indicando que a versão básica do próximo iPhone deve pular para 12 GB de RAM para suportar operações de IA diretamente no aparelho.
Por que justamente 12 GB de RAM?
Atualmente, os modelos Pro e Pro Max da Apple já operam com 12 GB de RAM, enquanto a versão base traz cerca de 8 GB. A exigência de memória maior decorre do que se espera da computação de IA local — sem depender exclusivamente da nuvem —, o que demanda maior largura de banda e capacidade de memória para rodar modelos de inferência e tarefas complexas com agilidade. A SamMobile destaca que a Samsung só fabrica módulos de 12 GB e 16 GB em LPDDR5X, reforçando o indício de que a Apple está prestes a subir o patamar do seu modelo de entrada.
A jogada estratégica — base versus flagship
Esse movimento deixa claro que a Apple enxerga sua linha de entrada como vulnerável à concorrência da Samsung no segmento premium. Ao elevar o desempenho técnico do iPhone mais simples, a empresa pretende reduzir a distância entre os flagships Android equipados com IA avançada. Por outro lado, recorrer à Samsung como fornecedora estratégica significa fortalecer uma parceria com quem também é o seu maior rival no mercado global de smartphones.
-
Como o Vale do Silício foi criado: A impressionante jornada que transformou uma missão espanhola no maior polo tecnológico do planeta
-
Uma nova cor nos semáforos está prestes a mudar tudo e fazer dos carros autônomos os verdadeiros controladores do trânsito urbano
-
Austrália transforma 12 milhões de toneladas de cinzas e vidro em telhas ecológicas que reduzem 13% das emissões de CO₂ e resistem ao fogo
-
Nova pesquisa científica revela conexão entre explosões nucleares e OVNIs: fenômenos luminosos aumentaram 45% nos dias de testes atômicos, segundo estudo revisado por pares
Impacto para o usuário final
Para o consumidor, essa mudança pode gerar três impactos diretos.
Primeiro, a experiência em recursos de IA, como resumos automáticos, geração de conteúdo e otimização de fotos, deve ficar mais fluida mesmo no modelo mais acessível.
Segundo, a menor dependência de computação em nuvem favorece a privacidade e reduz o tempo de resposta.
E terceiro, o custo mais alto dos módulos LPDDR5X pode elevar o preço final ou reposicionar o iPhone de entrada em uma faixa de valor superior.
O que isso indica para o futuro do smartphone
O movimento da Apple confirma duas tendências principais no mercado: a inteligência artificial local está se tornando um diferencial até nos aparelhos básicos, e a disputa entre Apple e Samsung passa a incluir o domínio sobre a tecnologia de memória e eficiência energética. A batalha pelo smartphone mais inteligente não se limita mais à câmera ou ao design — agora, envolve arquitetura de hardware voltada à IA.
Além disso, o fato de a Samsung fornecer à Apple os mesmos módulos usados em seus próprios modelos Galaxy mostra o nível de complexidade do setor. Enquanto uma busca avançar tecnologicamente, a outra lucra como fornecedora de componentes. No fim, ambas se beneficiam: a Apple ganha capacidade técnica e a Samsung reforça sua posição de liderança na cadeia de suprimentos.
Em resumo, a Apple quer atingir a liderança em inteligência artificial nos smartphones e, para isso, decidiu atacar seu ponto mais vulnerável: o desempenho dos modelos de entrada. Equipar o futuro iPhone básico com 12 GB de RAM e tecnologia LPDDR5X da Samsung é uma jogada que revela o novo foco da empresa. A decisão é uma resposta direta à era Galaxy AI e mostra que a próxima geração de iPhones pode inaugurar uma nova base de poder no mundo da IA móvel.



Seja o primeiro a reagir!