Apple planeja renovar sua linha de iPads de entrada em 2026, trazendo avanços de hardware, novo posicionamento de armazenamento e mantendo o preço inicial estável, o que promete movimentar o mercado de tablets e surpreender consumidores da marca.
A Apple já trabalha para ampliar sua linha de tablets com a chegada de dois novos iPads de entrada previstos para 2026, marcando uma das maiores atualizações no segmento desde a reformulação do design em 2022.
Segundo informações obtidas por veículos internacionais especializados em tecnologia, a empresa se prepara para lançar a 12ª geração do iPad básico, agora com tela de 11 polegadas, novo processador e um reposicionamento no portfólio de armazenamento, o que já desperta reações no público fiel da marca.
O projeto, atualmente identificado internamente pelos códigos J581 e J582, segue em estágio avançado de desenvolvimento nos laboratórios da empresa em Cupertino, Estados Unidos.
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A principal novidade para 2026 está na eliminação do modelo de menor capacidade de armazenamento, que hoje é de 128 GB.
Dessa forma, a linha passará a oferecer apenas opções com armazenamento superior, movimento que reflete uma tendência vista em outros produtos da companhia e na indústria global de dispositivos móveis.
De acordo com informações apuradas por Mark Gurman, jornalista reconhecido por cobrir o universo Apple, a companhia manterá a estratégia de entregar um produto robusto, porém acessível, sem abrir mão das características que fizeram do iPad de entrada um sucesso mundial.
O design deverá permanecer próximo ao visto no iPad 11, lançado em março de 2025, com corpo em alumínio, sensor de impressão digital Touch ID e tela de 11 polegadas, mas sem o Face ID, tecnologia de reconhecimento facial que segue restrita aos modelos Pro.
Outra alteração significativa envolve o desempenho.
A nova geração deve abandonar o processador A16 Bionic, adotando um chip inédito e mais avançado, que pode ser o A17 ou até mesmo um chip da linha M voltado para dispositivos de entrada.
A escolha permitirá que o novo iPad acompanhe o ritmo de evolução do iPadOS 19, sistema operacional já confirmado para os modelos que chegam em 2026.
Este salto tecnológico é visto como essencial para garantir compatibilidade com recursos como Stage Manager, multitarefa otimizada e integração aprimorada com a Apple Intelligence — pacote de ferramentas de inteligência artificial embarcada apresentado pela Apple em junho de 2024.
A previsão de lançamento está marcada para março ou abril de 2026, mantendo o tradicional intervalo de um ano entre as principais atualizações da família iPad.
O cronograma coincide com o ciclo observado nos lançamentos recentes da marca, como ocorreu com o iPad 11 e o novo iPad Air, ambos apresentados ao público no início de 2025.
Novos iPads de entrada em 2026: design, desempenho e armazenamento
Entre os diferenciais já confirmados para a nova geração está o suporte ao Apple Pencil (pelo menos na segunda geração), além da compatibilidade com o Magic Keyboard, recursos que aproximam o modelo básico de outros dispositivos mais caros da linha, como o iPad Air e o iPad Pro.
Especialistas apontam que a Apple mantém o foco em produtividade, oferecendo ferramentas voltadas tanto ao entretenimento quanto ao uso educacional e profissional, cenário que reflete o crescimento do uso de tablets em escolas e empresas nos últimos anos.
Outro aspecto relevante é o preço.
Informações recentes indicam que a Apple pretende manter o valor inicial próximo de US$ 349 nos Estados Unidos, algo em torno de R$ 3.199,90 no Brasil, considerando o câmbio praticado em junho de 2025.
Apesar do reajuste no hardware e das novas funcionalidades, a política de preços deve ser mantida para garantir competitividade diante da crescente oferta de tablets Android no mercado nacional e internacional.
Para o consumidor brasileiro, a notícia pode ser recebida com certa ambiguidade.
Por um lado, o iPad de entrada se consolida como alternativa de preço relativamente acessível dentro do portfólio da Apple, especialmente em comparação com o iPad Air, que chega a custar mais de R$ 21 mil em sua versão topo de linha, conforme consulta realizada em grandes varejistas nacionais no mês de junho.
Por outro lado, a retirada do modelo de 128 GB pode restringir o acesso de parte do público que busca opções mais econômicas ou não necessita de grandes volumes de armazenamento.
Impacto no portfólio Apple e no mercado de tablets
A atualização dos iPads de entrada em 2026 faz parte de um movimento mais amplo da Apple para fortalecer sua participação no segmento de tablets, área em que a empresa ainda lidera com folga.
Dados recentes da consultoria IDC apontam que a Apple detinha cerca de 36% do mercado global de tablets no primeiro trimestre de 2025, índice que se mantém estável mesmo diante da concorrência de marcas como Samsung, Lenovo e Xiaomi, que investem em modelos com preços competitivos e características similares.
No Brasil, a situação é marcada pela disparidade de preços em relação ao mercado internacional, reflexo de impostos, custos de importação e variação cambial.
Mesmo assim, o iPad de entrada figura entre os dispositivos mais procurados em plataformas de ensino à distância e uso corporativo, justamente por oferecer integração completa com o ecossistema Apple, atualização garantida do sistema operacional e vida útil prolongada, fatores destacados em levantamentos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre uso de tecnologia no país.
Outro fator que chama a atenção é o impacto das novas funcionalidades do iPadOS 19 e da Apple Intelligence, que prometem transformar o tablet em uma ferramenta ainda mais versátil para criação de conteúdo, edição de imagens, tarefas de produtividade e até mesmo automação de rotinas, algo que ganha relevância diante da crescente busca por dispositivos multifuncionais em ambientes domésticos e profissionais.
Estratégia Apple e tendências para tablets em 2026
A estratégia de lançar dois novos iPads de entrada em 2026, mesmo com mudanças pontuais na oferta de armazenamento, reforça o compromisso da Apple com a democratização do acesso à tecnologia, mas também evidencia uma movimentação da empresa em resposta às tendências do mercado e às demandas dos usuários.
Ao eliminar o modelo mais básico, a companhia sinaliza uma aposta em produtos mais duradouros e adaptados às exigências de aplicativos cada vez mais robustos, sem abrir mão do controle de preços.
Esse reposicionamento pode influenciar o comportamento de compra de consumidores que ainda buscam custo-benefício, especialmente em um cenário de inflação global e instabilidade econômica em diversas regiões.
Para muitos usuários, a chegada de um iPad de entrada com chip inédito, tela de 11 polegadas e integração total com o ecossistema Apple pode representar o melhor ponto de entrada no universo dos tablets premium.
O que muda para quem já tem iPad antigo ou pretende trocar
Com a chegada da 12ª geração, usuários de modelos anteriores podem esperar melhorias de desempenho, mais opções de conectividade e maior durabilidade, graças à evolução do hardware e à integração com as funções de inteligência artificial lançadas recentemente.
Entretanto, a decisão da Apple de eliminar o modelo com menos capacidade de armazenamento pode impactar quem busca opções mais acessíveis no curto prazo, pressionando o mercado de usados e reacondicionados.
Diante das mudanças anunciadas, a pergunta que fica é: a eliminação do modelo básico de 128 GB e a manutenção do preço quase congelado farão com que mais consumidores migrem para o ecossistema Apple, ou o mercado brasileiro seguirá priorizando alternativas mais baratas de tablets Android?