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Rombo do INSS entre 2020 e 2025 deixa milhões no prejuízo e governo pede ao STF que União não reembolse vítimas: veja como garantir sua aposentadoria sozinho em apenas 10 anos com investimentos mensais

Escrito por Jefferson Augusto
Publicado em 13/06/2025 às 10:50
Imagem com manchete do InfoMoney sobre Lula pedindo ao STF a suspensão de processos sobre fraudes no INSS, ao lado de influenciador financeiro com texto "Se aposente em 10 anos sem depender do INSS".
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Enquanto o governo Lula tenta barrar na Justiça o pagamento de reembolsos a aposentados lesados por fraudes nos descontos do INSS, especialistas mostram como qualquer brasileiro pode se aposentar por conta própria em uma década com aportes mensais planejados e disciplina.

Entre março de 2020 e março de 2025, milhares de aposentados e pensionistas do INSS foram vítimas de descontos indevidos em seus benefícios. Agora, o governo federal pede ao Supremo Tribunal Federal que a União não seja responsabilizada pelas fraudes, deixando em risco o ressarcimento dessas perdas. A proposta inclui, inclusive, impedir que decisões judiciais obriguem o pagamento em dobro das quantias subtraídas.

Diante desse cenário de insegurança jurídica e incertezas quanto à confiabilidade do sistema público de aposentadorias, cresce o interesse por alternativas. A boa notícia é que é possível sim construir uma aposentadoria particular, com total autonomia, aportando mensalmente valores acessíveis e aproveitando os juros compostos a seu favor. A seguir, mostramos o passo a passo criado pelo especialista em investimentos Alberto Tolvetti para se aposentar em 10 anos, mesmo sem contar com o INSS.

Como o governo quer evitar o pagamento aos aposentados lesados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou uma ação no STF pedindo a suspensão de todas as ações judiciais movidas por beneficiários do INSS que foram vítimas de descontos indevidos por associações fraudulentas. A solicitação, apresentada em conjunto com o advogado-geral da União, Jorge Messias, está registrada como Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF).

O governo pede que o Supremo declare inconstitucionais as decisões judiciais que obrigam o poder público a reembolsar aposentados. Além disso, busca impedir que a Justiça conceda devoluções em dobro, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor.

Para evitar um impacto fiscal no orçamento federal, o Planalto solicita autorização para abrir um crédito extraordinário, desde que isso não infrinja o teto de gastos. No entanto, esse valor não seria suficiente para cobrir os danos causados pelas fraudes em larga escala.

Segundo o Planalto, a explosão de processos estaria sendo incentivada por escritórios de advocacia oportunistas, que buscam lucros com ações em massa. A judicialização, de acordo com o governo, pode causar prejuízo aos cofres públicos e atrasar a resolução real dos problemas para quem foi lesado.

Perdeu dinheiro com desconto indevido? Veja como conquistar a aposentadoria por conta própria

Enquanto o ressarcimento pelo INSS se torna cada vez mais incerto, a construção de uma renda passiva por meio de investimentos mensais se mostra como alternativa viável e segura. O educador financeiro Alberto Tolvetti demonstra que, com R$ 2.912 investidos mensalmente por 10 anos, é possível atingir um patrimônio de R$ 600.000, suficiente para gerar R$ 5.000 mensais de renda passiva.

Essa projeção considera uma rentabilidade conservadora de 10% ao ano e foi baseada em ativos que historicamente cresceram muito acima da inflação, como ações, fundos imobiliários e renda fixa. Por exemplo, o Banco do Brasil teve uma valorização de 276% em 10 anos, enquanto a inflação acumulada no mesmo período foi de 69,42%.

A simulação aponta que, ao final do período, o investidor teria aplicado R$ 349 mil e o restante do patrimônio viria da multiplicação pelo efeito dos juros compostos. Mesmo que não seja possível aportar esse valor mensal, começar com menos já coloca você no caminho da liberdade financeira.

Quem consegue aportar R$ 5.000 por mês, por exemplo, teria ao fim de 10 anos um patrimônio de R$ 1.030.000, suficiente para uma renda mensal de R$ 8.583, corrigida pela inflação.

Rentabilidade conservadora, ativos reais e independência

A proposta é simples: trocar o modelo de dependência estatal por um plano pessoal de aposentadoria baseado em disciplina e consistência. Mesmo utilizando estimativas conservadoras, a rentabilidade média dos ativos listados no exemplo de Tolvetti foi de 26,38% ao ano nos últimos 10 anos — e ainda assim, a simulação considerou apenas 10% de retorno para evitar ilusões.

Entre os ativos analisados estavam ações de empresas sólidas, fundos imobiliários de alta liquidez e títulos de renda fixa que oferecem dividendos constantes. E mais: todos os ativos listados superaram amplamente a inflação, preservando o poder de compra no longo prazo.

A mágica dos juros compostos só funciona com tempo e aportes constantes. É por isso que começar o quanto antes, mesmo com pouco, faz uma enorme diferença. Há fundos que permitem aplicações a partir de R$ 10, tornando o início acessível para qualquer perfil de investidor.

Outro ponto crucial é que os aportes mensais não precisam ser eternos. Após 10 anos, com o patrimônio formado, o investidor pode parar de aportar e começar a viver da renda gerada pelo próprio dinheiro.

De vítima a independente: transforme a frustração em estratégia de longo prazo

Muitos aposentados hoje estão frustrados com o sistema, seja por fraudes como as dos descontos indevidos do INSS, seja pelo valor baixo de seus benefícios. Mas o exemplo prático demonstrado por Tolvetti mostra que a independência financeira é possível com planejamento e constância.

Não é um caminho fácil. A disciplina de investir todos os meses, mesmo em tempos difíceis, é o maior desafio. Muitas vezes, será necessário reduzir o consumo para garantir o aporte. Mas os resultados são duradouros e libertadores: uma renda mensal para o resto da vida, com valores ajustados pela valorização real dos ativos escolhidos.

Além disso, investir não depende de sorte nem de fórmulas mágicas. Tudo o que é necessário é educação financeira, tempo e decisões fundamentadas. E com tantas ferramentas digitais e conteúdos acessíveis hoje, aprender sobre o tema nunca foi tão fácil.

A maior vantagem? Você sai da dependência de decisões judiciais, de políticos e de promessas. E assume o controle da sua aposentadoria.

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Jefferson Augusto

Profissional com experiência militar no Exército, Inteligência Setorial e Gestão do Conhecimento no Sebrae-RJ e no Mercado Financeiro por meio de um escritório da XP Investimentos. Trago um olhar único sobre a indústria energética, conectando inovação, defesa e geopolítica. Transformo cenários complexos em conteúdo relevante sobre o futuro do setor de petróleo, gás e energia. Envie uma sugestão de pauta para: jasgolfxp@gmail.com

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