Tarifas impostas por Donald Trump elevam preço da carne nos EUA, afetando consumidores e exportações brasileiras, com impacto previsto também no mercado interno
O preço das carnes nos Estados Unidos disparou poucos dias após a entrada em vigor das tarifas impostas por Donald Trump a dezenas de países. Brasileiros que vivem no país relataram que a carne bovina foi a mais impactada, com bandejas chegando a custar US$ 69.
Segundo noticiou o portal Itatiaia, uma brasileira mostrou nas redes sociais que uma bandeja de frango com osso custa US$ 12,28 e sem osso, US$ 20. “A carne está caríssima e não tive coragem de pagar”, disse.
Já a carne bovina, optou por comprar apenas uma bandeja pequena para uma refeição, pagando US$ 11. “Uma bandeja maior eu vi a US$ 45”, contou.
-
Lula manda Exército devolver área de R$ 40 bilhões em Brasília para financiar VLT e outros cinco projetos de trens pelo país
-
Professor da USP propõe estatal para bebidas alcoólicas: modelo tipo Petrobras arrecadaria bilhões e controlaria qualidade desse mercado no Brasil
-
Bolsa Família 2025: pagamentos de outubro começam dia 20 com NIS final 1; benefício médio é de R$ 600 e segue até 31
-
Quer viver ou empreender na Itália? Vila na Toscana paga até R$ 127 mil para novos moradores e negócios
Em outro mercado, um brasileiro registrou valores ainda mais altos. “Antes comprava por US$ 16 ou US$ 17, agora está US$ 69”, disse ao mostrar a embalagem com alguns pedaços de carne bovina. A carne para bife passou dos US$ 50.
Cenário da carne bovina brasileira
O Brasil ocupa a liderança nas exportações de carne bovina para os EUA. Em 2024, foram enviadas 229 mil toneladas, com 60% destinadas à produção de hambúrguer. Para 2025, a expectativa do setor era alcançar 400 mil toneladas.
Os Estados Unidos são o segundo maior comprador da carne brasileira. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), a suspensão dessas exportações pode gerar prejuízo de até US$ 1 bilhão.
Impacto no mercado interno
No Brasil, a tendência é que o boi fique mais caro no médio e longo prazo, devido ao aumento dos custos de produção. “A tarifa do Trump tem o impacto do curto prazo e, no médio e longo prazo, o mercado volta a equilibrar”, explicou Thiago Bernardino, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Especialistas destacam que, embora o choque de preços seja imediato nos EUA, o reflexo para o consumidor brasileiro pode vir de forma gradual.
O cenário mostra que medidas comerciais de grandes economias afetam diretamente a vida de consumidores comuns, tanto no exterior quanto no mercado doméstico.
Com informações de Itatiaia.com.