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Após reforma no cais 3, Porto de Imbituba conseguirá receber navios de grande porte em seu terminal

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 13/07/2022 às 21:24
O Porto de Imbituba será o mais novo porto a ter potencial para receber navios de maior porte. O terminal portuário construído há mais de 40 anos passará por reformas em seu cais 3 que serão divididas em quatro fases e estão previstas para serem concluídas em 30 meses.
Fonte: SCPAR/Divulgação

O Porto de Imbituba será o mais novo porto a ter potencial para receber navios de maior porte. O terminal portuário fora construído há mais de 40 anos, e agora passará por reformas em seu cais 3 que serão divididas em quatro fases e estão previstas para serem concluídas em 30 meses.

Na última segunda-feira, (11/07), foi anunciado que o Cais 3 do Porto de Imbituba passará por reformas que vão possibilitar que o terminal passe a ter potencial para receber navios de grande porte. O porto é responsável por cerca de 30% da movimentação de cargas na zona de Imbituba, terá uma maximização das suas operações.

Para que o trabalho pudesse ser realizado, foi necessário que o edital fosse relançado

Nesse sentido, o diretor-presidente da SCPAR do Porto, Fábio Riera, salientou que, por o terminal portuário de Imbituba ser de multipropósito, ele consegue operar todos os tipos de carga, apesar de ter sido constatada a predominância de movimentação de granéis no Cais 3, ele não é exclusivo para essa finalidade.

“Em 2021, 51,4% da movimentação atendida nesse berço foi de coque de petróleo (importação e exportação). O ranking dos maiores volumes de cargas movimentadas no local, no último ano, seguiu com desembarques de sal, fertilizantes e milho, além do embarque de minério de ferro e demais produtos”, afirmou Fábio Riera.

A obra deve ser realizada em quatro fases, Riera relatou que deverão ser construídos dois dolfins de atracação/amarração, de forma a possibilitar a continuidade da operação de navios no local durante as primeiras fases da obra. Riera também afirma que as atividades do Cais 3 só serão interrompidas na última etapa da reforma, a expectativa é que a previsão de para seja de até cinco meses. 

Ainda de acordo com Riera, outras reformas contingenciais já estão sendo programadas, como a disposição de um dolfim na ponta do Cais 2, amplificando a área de acostagem dos berços 1 e 2 e, dessa forma, proporcionando uma opção de atracação para os navios que utilizam o Cais 3. Também está avançando o estudo para transformar o costado do Cais 2 em um novo berço.

Conheça um pouco mais sobre a movimentação e quais investimentos serão feitos na reforma do porto

No ano de 2021, o Cais 3 atendeu a cerca de 32,5% do volume de cargas do terminal portuário de Imbituba, representando aproximadamente 2,24 milhões de toneladas de toda a movimentação registrada pelo porto neste período, confirmando a importância do terminal para a região. 

“No Cais 3, atualmente, podemos receber navios com até 205 metros de comprimento (LOA). As embarcações atendidas têm diversas origens e destinos, dependendo das cargas atendidas. Se olharmos para 2021, por exemplo, o coque teve como principal origem e destino os Estados Unidos. Já o sal é importado do Chile e o malte de cevada, milho e trigo foram, sobretudo, desembarques da Argentina e Uruguai”, declarou Riera.

Já sobre a estimativa de investimentos, o diretor-presidente da SCPAR ressaltou que o valor não pode ser divulgado  em função de restrição estabelecida pelo artigo 34 da Lei 13.303/2016 (Lei das Estatais). De acordo com ele, a empresa vencedora terá que realizar restauros superficiais e profundos no concreto.

Além disso, a empresa também deverá colocar o pavimento rígido em parte da retroárea e ainda fazer o reforço estrutural das estacas de sustentação, o que fará alargar o berço em aproximadamente 2,5 metros, além de readequar a drenagem e de construir dois dolfins de atracação/amarração de embarcações. Ele confirma que a obra não será barata, mas que garantirá muita eficiência.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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