1. Início
  2. / Geração de Energia
  3. / Após meses parada, UHE Rasgão volta à geração comercial: intervenção da Emae e a autorização da Aneel mudam o cenário energético paulista
Localização SP Tempo de leitura 5 min de leitura Comentários 0 comentários

Após meses parada, UHE Rasgão volta à geração comercial: intervenção da Emae e a autorização da Aneel mudam o cenário energético paulista

Escrito por Hilton Libório
Publicado em 28/10/2025 às 15:22
Hidrelétrica com estrutura de alvenaria e comportas sobre o rio, cercada por vegetação, representando geração de energia renovável em área rural.
Após meses parada, UHE Rasgão volta à geração comercial: como a intervenção da Emae e a autorização da Aneel mudam o cenário energético paulista/ Foto: UHE Rasgão
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

Confira como a Emae restabeleceu a operação da hidrelétrica UHE Rasgão em São Paulo após autorização da Aneel, marcando um novo impulso para a geração de energia no estado

A Unidade Geradora 2 da UHE Rasgão, localizada em Pirapora do Bom Jesus, interior de São Paulo, voltou à operação comercial em 28 de outubro de 2025, após meses de paralisação. A decisão foi oficializada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) por meio de despacho publicado no Diário Oficial da União e impulsiona o cenário energético.

Histórico da paralisação da hidrelétrica UHE Rasgão

A Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), responsável pela hidrelétrica, havia comunicado a retomada em 14 de outubro, após cumprir todas as exigências técnicas e regulatórias. Esse retorno representa um avanço importante para a segurança energética do estado de São Paulo.

A hidrelétrica UHE Rasgão, com capacidade instalada de 11 MW, teve suas operações interrompidas em março de 2024 devido à necessidade de substituição de componentes nos motores. Em junho, a turbina foi oficialmente desligada.

Embora a Aneel tenha autorizado a retomada em agosto, uma nova suspensão foi determinada após falhas no sistema OSCIP, voltado ao monitoramento de ocorrências graves e segurança cibernética.

A instabilidade operacional gerou preocupações sobre a confiabilidade da geração hídrica na região metropolitana. A paralisação prolongada impactou o fornecimento local e exigiu atenção especial das autoridades reguladoras e da operadora da usina.

Emae lidera recuperação técnica da UHE Rasgão

A Emae teve papel decisivo na reativação da UHE Rasgão. Após identificar os problemas técnicos e cibernéticos, a empresa implementou medidas corretivas e submeteu documentação técnica à Aneel.

A agência concluiu que a unidade estava apta para operar comercialmente, liberando a retomada da geração. A atuação da Emae foi essencial para garantir a segurança e a eficiência da retomada. Além disso, a empresa passou por mudanças estruturais significativas. Em abril de 2024, foi privatizada e adquirida por um fundo ligado ao empresário Nelson Tanure.

Em outubro de 2025, a Sabesp anunciou a compra de 70,1% da Emae por R$ 1,13 bilhão, consolidando uma nova fase de gestão integrada entre saneamento e energia. Essa transição de controle pode representar uma nova abordagem na gestão de ativos energéticos, com foco em eficiência operacional e sustentabilidade.

Regulação da Aneel e segurança cibernética no setor elétrico

A Aneel tem papel central na regulação da geração elétrica no Brasil. No caso da UHE Rasgão, a agência atuou com rigor técnico, exigindo conformidade com protocolos de segurança cibernética e disponibilidade operacional.

O sistema OSCIP foi determinante para identificar falhas e garantir que a retomada ocorresse com segurança. A autorização da Aneel reforça a credibilidade do sistema regulatório brasileiro.

A atuação da Aneel também evidencia a crescente preocupação com a segurança digital das infraestruturas críticas. Com o avanço da digitalização, usinas hidrelétricas e outras fontes de geração precisam estar protegidas contra ataques e falhas sistêmicas.

Impactos da retomada da hidrelétrica no cenário energético de São Paulo

A volta da UHE Rasgão à operação comercial traz benefícios diretos para o sistema elétrico paulista:

  • Reforço na geração hídrica local, reduzindo a dependência de fontes térmicas mais caras e poluentes.
  • Estabilidade no fornecimento de energia para a região metropolitana de São Paulo.
  • Integração com políticas de sustentabilidade, alinhadas ao Plano Nacional de Energia.

A reativação da UHE Rasgão contribui para manter o perfil limpo e sustentável da matriz energética brasileira. Além disso, o uso eficiente dos recursos hídricos são estratégias fundamentais para enfrentar os desafios climáticos e garantir o abastecimento energético em períodos de estiagem.

Desafios técnicos e operacionais para o futuro da UHE Rasgão

Apesar da retomada, o setor enfrenta desafios importantes:

  • Manutenção preventiva e modernização de ativos antigos, como a própria UHE Rasgão.
  • Segurança cibernética, cada vez mais relevante diante da digitalização das operações.
  • Gestão integrada entre energia e saneamento, especialmente após a aquisição da Emae pela Sabesp.

A reativação da UHE Rasgão é um passo, mas a evolução do setor exige planejamento contínuo. A usina, construída há décadas, precisa de investimentos em automação, monitoramento remoto e sistemas inteligentes para garantir sua competitividade e confiabilidade. A adoção de tecnologias como IoT e inteligência artificial pode melhorar a eficiência operacional e reduzir custos.

A hidrelétrica como vetor de desenvolvimento regional

A presença da hidrelétrica UHE Rasgão em Pirapora do Bom Jesus não apenas contribui para o abastecimento energético, mas também para o desenvolvimento local.

A geração de empregos diretos e indiretos, o estímulo à economia regional e a valorização da infraestrutura são efeitos positivos da operação da usina. A energia limpa gerada pela UHE Rasgão fortalece o compromisso ambiental do estado de São Paulo.

Além disso, a integração entre energia e saneamento, promovida pela nova gestão da Emae, pode gerar sinergias importantes para o uso racional da água e a preservação dos recursos naturais.

Perspectivas para o setor elétrico paulista após a retomada da UHE Rasgão

A reativação da UHE Rasgão representa mais do que a volta de uma turbina à operação. É um símbolo da capacidade técnica da Emae, da atuação regulatória da Aneel e da importância da hidrelétrica na matriz energética de São Paulo.

Com a integração entre energia e saneamento, o estado de São Paulo se posiciona como referência em gestão eficiente de recursos. A UHE Rasgão, agora em pleno funcionamento, é parte fundamental desse novo cenário.

A expectativa é que outras unidades de geração passem por processos semelhantes de modernização e reativação, contribuindo para a resiliência do sistema elétrico nacional. A atuação conjunta entre empresas, governo e sociedade será essencial para garantir um futuro energético sustentável e seguro.

Banner quadrado em fundo preto com gradiente, destacando a frase “Acesse o CPG Click Petróleo e Gás com menos anúncios” em letras brancas e vermelhas. Abaixo, texto informativo: “App leve, notícias personalizadas, comentários, currículos e muito mais”. No rodapé, ícones da Google Play e App Store indicam a disponibilidade do aplicativo.
Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Hilton Libório

Hilton Fonseca Liborio é redator, com experiência em produção de conteúdo digital e habilidade em SEO. Atua na criação de textos otimizados para diferentes públicos e plataformas, buscando unir qualidade, relevância e resultados. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras, Energias Renováveis, Mineração e outros temas. Contato e sugestões de pauta: hiltonliborio44@gmail.com

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x