Eike Batista ressurge com um projeto ambicioso! Agora, ele aposta na “supercana”, uma inovação que pode triplicar a produção de etanol. Com um investimento bilionário dos árabes, a promessa é revolucionar o setor de biocombustíveis e embalagens biodegradáveis. Será que ele vai dar a volta por cima ou repetir os erros do passado?
O empresário brasileiro Eike Batista, conhecido por seu histórico nos setores de petróleo e mineração, anunciou que investidores do Golfo Pérsico estão prestes a aportar US$ 500 milhões em seu novo projeto de cana-de-açúcar modificada, a chamada “supercana”, visando aumentar a produção de combustíveis sustentáveis.
Este investimento se soma aos US$ 500 milhões já assegurados junto ao banco de desenvolvimento privado Brazilinvest, sediado em São Paulo.
Batista revelou que espera concluir esta semana um acordo com um investidor estratégico dos Emirados Árabes Unidos, consolidando um total de US$ 1 bilhão para o empreendimento.
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O que é a “supercana”?
“A supercana é a nossa revolução”, afirmou Batista em entrevista recente.
O projeto prevê a utilização de uma variedade de cana-de-açúcar, denominada SC157070, que cresce mais de cinco metros de altura e permite um plantio mais denso.
Segundo o empresário, essa variedade pode produzir de duas a três vezes mais etanol e de sete a doze vezes mais biomassa do que a cana tradicional.
Com uma área plantada de 70 mil hectares, a iniciativa tem como meta produzir mais de 1 bilhão de litros de etanol e aproximadamente 979 mil toneladas de embalagens biodegradáveis a partir da biomassa processada.
Além disso, o etanol será utilizado para fabricar mais de 500 milhões de litros de combustível de aviação sustentável (SAF).
A planta será construída no estado do Rio de Janeiro, e Batista planeja eventualmente lançar um total de 20 módulos de 70 mil hectares cada em diversas regiões do país.
Ceticismo no setor
Apesar das ambiciosas projeções, o projeto enfrenta ceticismo de figuras proeminentes da indústria de etanol do Brasil.
Rubens Ometto, fundador da gigante Cosan, expressou dúvidas, mencionando experiências anteriores com tecnologias semelhantes que não cumpriram o prometido.
Batista rebate, afirmando que a tecnologia atual beneficia-se de décadas de avanços e que sua “supercana” passou por mais de uma década de testes.
O histórico de Eike Batista
O histórico de Batista também levanta questionamentos.
O empresário já foi considerado o homem mais rico do Brasil, com investimentos em petróleo, energia, portos e mineração.
Contudo, seu império entrou em colapso há mais de uma década.
Em 2017, foi preso sob acusações de pagar propinas para obter contratos com o governo do estado do Rio de Janeiro, acusações que ele nega.
Em 2021, foi condenado e multado por uso de informação privilegiada e manipulação de mercado envolvendo a OGX, sua principal empresa de petróleo.
Atualmente, Batista afirma não buscar abrir o capital de seu novo empreendimento, preferindo contar com recursos de grandes investidores diretos.
Além disso, ele e sua equipe estão trabalhando na fase piloto de uma criptomoeda, chamada $EIKE, que está avaliando o interesse de investidores fora do Brasil.
O uso potencial da criptomoeda para financiar o projeto chamou a atenção da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que está revisando o $EIKE.
No entanto, Batista ressalta que o token não é imediatamente destinado ao uso no Brasil.
“A legislação do mundo inteiro ainda está muito confusa. A SEC americana não tem ainda as regras muito claras e acho que o Brasil não permite fazer isso”, comentou Batista, acrescentando que espera que a tecnologia blockchain revolucione os negócios ao eliminar intermediários como bancos e corretoras.
O futuro da supercana
O empresário acredita que, nos próximos anos, os produtores de açúcar e etanol no Brasil substituirão as variedades atuais de cana pela “supercana”, devido ao seu potencial de produção superior.
“Na minha visão, os usineiros hoje no Brasil, nos próximos 5, 10, 15, 20 anos, vão trocar toda a cana plantada hoje no Brasil por essa cana que tem um motor diferente”, afirmou.
O projeto de Batista surge em um momento em que o mundo busca alternativas mais sustentáveis de energia.
O etanol e o SAF são vistos como combustíveis que podem reduzir significativamente as emissões de carbono, contribuindo para a luta contra as mudanças climáticas.
No entanto, especialistas alertam que a implementação de novas tecnologias em larga escala enfrenta desafios, incluindo a aceitação do mercado, a adaptação de infraestruturas existentes e a garantia de que os benefícios ambientais sejam realmente alcançados.
Batista permanece otimista e confiante no potencial transformador de sua “supercana”.
Ele acredita que, com o apoio de investidores estratégicos e a adoção de tecnologias inovadoras, é possível posicionar o Brasil na vanguarda da produção de combustíveis sustentáveis.
A trajetória de Eike Batista é marcada por altos e baixos, com sucessos empresariais e desafios legais.
Seu retorno ao cenário empresarial com um projeto de energia sustentável demonstra sua resiliência e disposição para inovar.
Resta saber se a “supercana” cumprirá as promessas e transformará a indústria de etanol no Brasil.
Diante desse cenário, você acredita que a “supercana” de Eike Batista tem potencial para revolucionar a produção de combustíveis sustentáveis no Brasil? Compartilhe sua opinião nos comentários!