Os petroleiros do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) pediram a interdição da plataforma da Bacia de Campos após declararem a falta de segurança no trabalho
Nesta terça-feira, 31, o Sindipetro-NF solicitou a interdição da plataforma P50 da Bacia de Campos após os petroleiros denunciarem uma série de irregularidades. A interdição da plataforma vai acontecer até que as condições operacionais, de saúde, segurança e meio ambiente sejam restabelecidas, sendo que o pedido foi feito aos órgãos e entidades da administração pública federal, estadual e municipal, de acordo com o site Correio Braziliense.
A denúncia aconteceu após os petroleiros da Bacia de Campos constatarem inúmeros riscos provocados pela plataforma P50 da Bacia de Campos, operada pela PetroRio. Segundo informações, as condições da plataforma se devem à falta de manutenção e de investimentos.
A petroleira Petrobras afirmou que está por dentro do ofício proposto pelo Sindipetro-NF que afirma que há um risco operacional se a plataforma da Bacia de Campos permanecer em funcionamento. De acordo ainda com a Petrobras, todas as informações estão sendo tratadas em conjunto com a nova operadora do campo de Albacora (PetroRio).
- Dinheiro fácil? Só que não! Golpe do Petróleo faz mais de 5 MIL vítimas e rombo de R$ 15 MILHÕES
- Brasil pode enfrentar escassez de combustíveis e isso deve ser o gatilho para Petrobras reajustar os preços, dizem analistas
- Quando se trata da maior reserva de petróleo do mundo, os EUA não se importam com sanções à Venezuela: Chevron e PDVSA ativam o primeiro de 17 poços de nova geração
- Petrobras investidora? Estatal brasileira vai minerar Bitcoin
CONHEÇA A PLATAFORMA DA BACIA DE CAMPOS
Riscos do funcionamento da plataforma P50 da Bacia de Campos
O pedido de interdição da plataforma da Bacia de Campos leva em consideração também os riscos que ela traz ao meio ambiente e à população a bordo, já que alguns petroleiros afirmam que na plataforma existem furos na linha de descarte da água oleosa, o que pode contaminar o ar e superfícies com os resíduos nocivos. Além disso, há ainda condições estruturais precárias para os petroleiros.
Valnísio Hoffmann, coordenador geral do Sindipetro do ES, afirma que: “o processo de venda de Albacora Leste foi muito acelerado, nesta etapa final, e houve grande pressão por parte da PetroRio a gerentes e órgãos fiscalizadores para conseguir liberação e licenças necessárias. Há informações de que várias pendências não foram cumpridas e mesmo assim a plataforma foi entregue à empresa”.
Também, os petroleiros afirmam que a solicitação de desembarcamento da P50 da Bacia de Campos um dia antes da posse do novo presidente da Petrobras Jean Paul Prates gerou um estranhamento geral. Para eles, é notável que o comprador tinha um receio que a venda da plataforma fosse reavaliada pela nova administração.