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Após anos de paralisação, Petrobras enfrenta pressão ao retomar fábricas de fertilizantes na Bahia e em Sergipe com Engeman

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 16/09/2025 às 11:39
A Petrobras retoma as fábricas de fertilizantes da Bahia e Sergipe em parceria com a Engeman, após anos de paralisação. A medida promete reduzir a dependência externa do agronegócio brasileiro, mas traz desafios econômicos e ambientais.
A Petrobras retoma as fábricas de fertilizantes da Bahia e Sergipe em parceria com a Engeman, após anos de paralisação. A medida promete reduzir a dependência externa do agronegócio brasileiro, mas traz desafios econômicos e ambientais.
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Após anos de paralisação, a Petrobras volta ao setor de fertilizantes e aposta em parceria com a Engeman para recuperar unidades estratégicas do Nordeste

A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (16) a contratação da empresa Engeman para operar e manter as fábricas de fertilizantes nitrogenados localizadas na Bahia e em Sergipe, paralisadas há anos. Segundo comunicado da companhia, o contrato terá validade de até cinco anos e representa “um marco importante na retomada da Petrobras ao setor de fertilizantes”, especialmente na região Nordeste.

De acordo com informações do UOL, a previsão é que a posse das fábricas seja restabelecida no próximo mês, quando a atual arrendatária Unigel deverá concluir a desmobilização de suas equipes e encerrar o contrato de arrendamento. A medida recoloca a Petrobras como protagonista em um segmento estratégico para a segurança alimentar e energética do Brasil.

Por que a Petrobras retoma o setor de fertilizantes

As duas unidades da Petrobras, conhecidas como Fafen-BA (Bahia) e Fafen-SE (Sergipe), foram desativadas nos últimos anos devido a dificuldades operacionais e altos custos de produção.

A decisão gerou forte dependência do Brasil em fertilizantes importados, principalmente da Rússia e do Oriente Médio.

Com a retomada, a Petrobras pretende reduzir a vulnerabilidade externa do país, ampliando a oferta de insumos agrícolas em meio a um cenário de instabilidade global nos preços.

O retorno das fábricas no Nordeste é considerado essencial para garantir competitividade ao agronegócio brasileiro, principal setor da balança comercial do país.

O papel da Engeman no processo

A Engeman será responsável por garantir a operação e manutenção das unidades, em contrato de cinco anos.

A empresa já atua em diversos projetos de suporte técnico e engenharia no setor de óleo, gás e energia, e agora assume um papel central na recuperação das fábricas de fertilizantes.

Segundo a Petrobras, a parceria com a Engeman permitirá acelerar a reativação das plantas industriais e garantir padrões de segurança e eficiência compatíveis com a nova estratégia da estatal.

Esse movimento também gera expectativa de criação de empregos diretos e indiretos nas regiões afetadas pela paralisação.

Pressão e desafios para a Petrobras

Apesar do otimismo, a Petrobras enfrenta pressões políticas e de mercado.

O setor agrícola cobra rapidez na retomada da produção, enquanto especialistas alertam para os desafios de viabilidade econômica das fábricas, que antes operavam com custos elevados.

Há expectativa de que a empresa invista em tecnologias de baixo impacto ambiental, já que a produção de fertilizantes nitrogenados está associada a emissões de carbono.

A pressão por sustentabilidade se soma à cobrança por eficiência econômica, colocando a Petrobras no centro de um debate estratégico.

Impactos para o agronegócio brasileiro

O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, mas ainda depende fortemente da importação de fertilizantes.

Com a volta das fábricas da Petrobras, parte dessa dependência pode ser reduzida, especialmente no fornecimento para culturas como soja, milho e cana-de-açúcar.

Analistas afirmam que, se a retomada for bem-sucedida, o país pode se tornar menos vulnerável às oscilações do mercado internacional.

A medida fortalece a segurança alimentar, mas exigirá planejamento de longo prazo e integração com políticas agrícolas.

A reativação das fábricas da Petrobras na Bahia e em Sergipe marca um passo decisivo para a política de fertilizantes do Brasil, mas também expõe os desafios econômicos e ambientais que acompanham a iniciativa.

O sucesso do projeto depende não apenas da Engeman, mas também da capacidade da estatal em equilibrar custos, sustentabilidade e pressão do agronegócio.

E você? Acredita que a retomada das fábricas de fertilizantes pela Petrobras será suficiente para reduzir a dependência externa do Brasil? Ou vê riscos de repetir os problemas do passado? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem acompanha de perto o impacto dessa decisão.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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